Capítulo 10

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Perdão, eu gostaria de dizer que vivo apenas para a escrita, mas tenho um trabalho que também amo tomando muito do meu tempo.

Não se preocupem quando eu demorar a atualizar a obra, não vou desistir dessa estória porque já tenho todo o enredo em minha mente.
Enfim, espero que me perdoem com esse capítulo ENORME.
Boa leitura 🖤

Elizabete

A semana passou voando e já era sexta-feira.

Marcus estava em uma cirurgia e eu não tinha mais compromissos até o horário da faculdade, isso me dava mais ou menos duas horas para ficar a toa.
Fui até a copa para tomar um café.

Clóvis estava lá com a senhora Tereza, ela balançava a cabeça negativamente enquanto sorria de algo que ele dizia.

— mas aquele homem é muito folgado, mamãe não deveria dar tanta liberdade em tão pouco tempo de relacionamento.

Sorri.

— o que o senhor Hugo fez dessa vez?

Perguntei me aproximando. Clóvis se virou com seu sorriso bonito de sempre, mas seu olhar ainda dizia sobre sua frustração.

— oi Liz - ele falou colocando seu copo sobre a mesa — pois é - sua expressão ficando mais carrancuda — ele dormiu na casa dela essa semana, eu soube por intermédio da senhora Davina, a vizinha fofoqueira.

Sorri do jeito rabugento que ele falou.

— você percebe que sua mãe é bem grandinha, sim?

Falei sorvendo um gole do meu café. A senhora Tereza estalou a língua em reprimenda.

— esse menino pensa que é o pai da mãe dele.

Ele bufou se recostando na parede.

— ela já teve algumas decepções, só não quero que ela sofra, ela embarca rápido demais nos relacionamentos dela.

Sorri compreendendo seus motivos e achando muito fofo ver o cuidado que ele tinha com a família. Era uma das coisas que mais admirava em Clóvis.

— eu acho muito louvável da sua parte cuidar dela da forma que você cuida, mas precisa deixar ela tomar as próprias decisões, confie no julgamento dela.

Ele assentiu cruzando os braços.

— dois namorados que só queriam morar na casa dela não me parece um bom julgamento.

Tereza balançou a cabeça duas vezes em negativa.

— deixe de ser intrometido menino, deixe essa mulher ser feliz como quiser e se não der certo pelo menos aquela mulher teve companhia.

— eu faço companhia sempre que posso, todos os dias passo lá para saber como ela está.

Tereza estalou a língua mais uma vez.

— não estou falando da companhia de um filho, você está mais lento que de costume.

Escondi meu sorriso porque sabia que Clóvis só queria o bem da mãe, não poderia julgar seu excesso de preocupação.

Tempos depois Muriel se junta a nós. Ela se aproximou colocando o braço dobrado sobre meu ombro.

— terminaram na sala de bichectomia, você pode enviar uma equipe para lá?

Clóvis assentiu.

— agora mesmo - ele me lançou um olhar simpático antes de se despedir — te vejo por aí Liz.

Estávamos apenas nós duas e ela se afastou pegando um copo.

— cunhadinha linda do meu coração, se eu fosse você tentaria manter distância desse menino bonito.

A Obsessão de MarcusOnde histórias criam vida. Descubra agora