A Obsessão de Marcus

Capítulo 51

Como vocês estão?
Desejo que bem.

Meus amores, tenho um ateliê de vestidos de festa e com todas as festas de casamento, formatura... Estou com a agenda bem apertada, mas consegui madrugar escrevendo a conclusão dessa estória que tem todo o meu coração.

Preciso confessar que tinha muito mais drama envolvido nessa obra, mas vai ser um final de ano corrido e não é justo com vocês ficar demorando tanto entre uma atualização e outra.
Enfim.
Espero que gostem.
Muito obrigada por terem embarcado comigo nessa estória.
Obrigada, obrigada, obrigada!

Boa leitura ♥️

Marcus

Foi assustador ver todo o sofrimento da minha esposa. Frustrante não poder fazer nada. Sim, eu estive ao seu lado. Estive segurando sua mão enquanto ela apertava fortemente. Estive sussurrando palavras de conforto, mas me sentia impotente.

Já estava amanhecendo quando ouvi o choro estridente da nossa filha.

Eu estava atordoado, ainda estava na página onde minha mulher estava sofrendo, com dor.
Já Lizzie estava rindo completamente rendida a felicidade de ver o rosto da nossa filha. Como se não tivesse sofrido horrores, segundos atrás.

— você é tão perfeita - Lizzie disse quando Maitê surpreendentemente parou de chorar quando trouxeram ela para seus braços.

Olhei para o rosto amassado da nossa filha e também estou completamente rendido para tudo que ela já é para mim.

Sorri como um bobo contemplando seus traços delicados.

Sim, nossa filha era...  As palavras pareciam escassas para tanta beleza angelical.

Me curvei para me aproximar com cuidado dos dois seres mais especiais da face da terra.

Elas eram perfeitas. Meu peito estava cheio de amor e orgulho. Minhas pequenas.

— vocês são perfeitas, amo tanto vocês.

Beijo a testa da minha esposa.

— obrigado.

Digo para Lizzie e para todas as divindades responsáveis por me tornar o homem mais feliz e completo.

— amo você, Marcus. Amo o que estamos construindo. Amo nossa família.

SEIS SEMANAS DEPOIS...

Elizabete

Marcus me mostrou seu lado mais feio no começo, então suas pequenas ações, mesmo as mais simples me pareciam grandiosas.
Ele não era perfeito, mas tentava o seu melhor para ser um homem melhor a cada dia.

Ele me respeitava e confiava em mim. Havia diálogo e compreensão. Havia harmonia e toda a perfeição vinda de sua autoconfiança. Sim, o mais importante. Existia amor de sobra, amor real. O tipo perfeito de amor que te deixa tranquila e segura. Eu nunca me sentia diminuída, nunca me sentia insegura, porque, Marcus me fazia ter certeza do seu amor.

Deveria ter sido assim desde o começo, certo, simples, fácil, mas não foi e isso mudou minhas espectativas. Eu tinha me conformado com o tipo de amor abusivo, como eu pude me negligenciar tanto? Eu não sei e não desejo esses sentimentos para ninguém. No primeiro sinal de alerta, fuja. Nem todas as mulheres tem a mesma "sorte" que a minha.

Eu estava feliz de não ter me conformado por mais tempo. De ter me afastado no momento certo. Estava feliz que Marcus tenha procurado ajuda.
Marcus era quem deveria ser e não seria assim sem a terapia.

— sim, você é minha princesinha. A princesinha risonha do papai, é sim, minha princesa - sua própria voz continha o riso, então ele engatou em uma canção repetindo que ela era a princesa linda do papai, risonha e linda do papai.

Sorri ouvindo sua voz baixa, meu coração estava transbordando de felicidade, amor e todos sentimentos mais bonitos. Me apressei em me vestir para voltar para eles.

Marcus estava com Maitê em nosso quarto. Ele era tão cuidadoso, um pai de verdade, participativo como todos deveriam ser. Ele era um pai incrível, sim, não deveria ser um mérito, mas com tantas referências negativas de pais, bom, era natural ficar admirada quando um pai assumia seu papel de verdade.

Me junto aos meus dois amores. Marcus estava sentado na cama, costas recostadas contra a cabeceira. Ele estava segurando Maitê em seus braços.

— ela estava rindo a segundos atrás.

Eu sorri vendo que ela não tirava os olhos dele, tão bonita.

— eu pude ouvir do closet. Bonita canção, a propósito.

Ele me lança um sorriso desconcertado que eu quero arrancar a dentadas de tão bonito e fofo.

— não acredito que nós temos ela. Não acredito que eu tenho vocês. Vez e outra me pego refletindo sobre o quanto sou abençoado.

— somos abençoados - olhei em seus olhos tocando seu rosto — Maitê e eu temos muita sorte. Estava refletindo no banheiro sobre o quanto você evoluiu, em como é um homem incrível, pai admirável, você é um parceiro perfeito e eu tenho muita sorte porque você é todo nosso.

Ele sorri amplamente. Tão bonito e eu não me contenho. Toco seus lábios com os meus em um beijo breve, mas cheio de amor.

— amo você, Marcus. Amo a nossa história, mesmo as partes feias dela nos trouxeram até esse momento e eu estou ansiosa por tudo que ainda viveremos.

— para sempre parece muito pouco, talvez o universo se renda ao nosso amor e nos dê o tempo além do infinito?

Sorri da sua declaração fofa e um tanto brega, mas caramba. Até essas palavras vindas dele pareciam incríveis.

— sim, estou contando com isso.

Fim...