Uma paixão de Herói - Kagehina

~01~

Pov: Hinata

  Outro dia cansativo de trabalho pela cidade. Ser um super herói não é nada fácil, sempre temos que por a vida dos cidadãos antes da nossa, porque a vida deles é mais importante, já que o nosso trabalho é proteger eles. Não estou reclamando, adoro meu trabalho de proteger a cidade, mas fazer isso sempre sem nunca ser reconhecido é um saco. Ninguém pode saber as nossas identidades, isso seria muito perigoso para nós, os super-heróis, porém as vezes minha única vontade é contar para os meus amigos quem eu sou.
 
Estava voltando para casa, já no anoitecer, quando decido parar em cima de um prédio qualquer para admirar o pôr do sol, que estava completamente lindo, o laranja do sol se misturava com o azul da noite, transformando o céu em um quadro roxo.
 
Resolvi ir embora assim que o sol se pôs, me joguei do prédio, sabendo que a minha teia estava presa em um cano no último andar, e aproveitei a queda. Qualquer um que visse essa cena pensaria que era um garoto cometendo suicídio, porém eu usava o meu uniforme, então provavelmente ninguém pensaria isso.
 
Quando a minha teia me puxou para cima eu abri os meus olhos e olhei para o lado, onde vi um garoto com os cabelos escuros sentado na escrivaninha perto da janela, com certeza ele ouvia música, fones de ouvido na orelha, mas percebeu o barulho e olhou para mim, por um momento eu fiquei tranquilo, "até porquê ele só vai pensar que eu sou o homem-aranha, meu rosto está tampado", pior erro. Meu rosto estava descoberto. Eu tinha tirado para respirar um pouco. Mas ele nem pareceu notar a minha feição, pois apenas me olhou e lançou um sorriso gentil. Eu lancei um sorriso de volta e fiz o sinal de silêncio com o dedo nos lábios, ele concordou e continuou me olhando enquanto eu ia embora.
 

Senti a minha vida passar diante dos meus olhos, até porque se ele fosse do tipo fofoqueiro já era a minha identidade, mas eu rezei silenciosamente para que ele não falasse a ninguém sobre o que viu essa noite.
 
Cheguei em casa, dei de cara com os meus pais brigando, como de costume. Minha irmã definitivamente não estava em casa, já que se a mesma estivesse ela estaria no meio da briga para impedir ela. Eu apenas ignorei e fui direto para o meu quarto, me tranquei nele e comecei a ouvir música fazendo as minhas lições da escola, porque não bastava ser um super-herói, eu tinha de ser um ótimo aluno também, para mim só viver já era um desafio, quem dirá fazer mais de uma coisa e ter bons resultados! Ouvi a minha porta ser aberta devagar e me virei para olhar, minha mãe estava se sentando na cama, olhando para o chão.
 
— O que houve? Ele te bateu?! — eu perguntei chegando perto dela, tentando ao máximo manter a minha voz calma. Eu 'tolerava' eles brigarem, até porque todos os casais brigam, mas não o meu pai bater nela.
 
— Não querido, eu estou bem. Como você está? Chegou tarde essa noite de novo, eu sei que você já é um garoto crescido, mas ainda me preocupo.
 
— Eu estou bem, estava apenas andando pela cidade. — eu odiava mentir pra minha mãe, porém era necessário — Mãe, é sério, ele fez alguma coisa com você?
 
— Amor, eu estou bem. Prometo. — ela disse estendendo o dedinho, eu juntei os nossos dedos.
 
— A senhora deveria terminar, eu posso começar a trabalhar para ajudar nas despesas.
 
— Ele é seu pai Shoyo, não posso deixar sua irmã crescer sem um pai.
 
— Mãe, ela já tem 13 anos, ela vai entender, e não importa se ele é meu pai. Ele vive brigando com a gente e só sabe encher o cu se cachaça.
 
— Eu... eu não sei, vou pensar. Estou indo preparar a janta ok? Daqui a pouco te chamo.
 
Ela saiu do quarto em silêncio e tudo o que ficou lá foi um garoto completamente preocupado com a sua mãe.
 
Eu tentei ao máximo tirar os pensamentos do meu pai batendo na minha mãe da minha mente, me distraindo com as lições da escola, mas era impossível. De repente minha mente voltou para quando eu tinha 5 anos, eu estava sentando na sala, assistindo TV, quando os meus pais entram pela porta. Meu pai gritava sem parar com a minha mãe, ela apenas concordava sem retrucar nada, porém ele falou alguma coisa que deixou a minha mãe alarmada, ela levantou a cabeça e respondeu, no mesmo instante o meu pai deu um soco na cara dela. Aquele dia me assombrou em sonhos por anos, e ainda assombra. Eu prometi pra mim mesmo quando tinha 10 anos que nunca mais deixaria meu pai bater na minha mãe, nem que eu precisasse sair no soco com ele.
 
Era um pouco irônico, eu sou um super-herói que presa pelo bem das pessoas e tenta protege-las ao máximo, quando dentro da minha própria casa minha mãe é violentada e meu pai só sabe encher a cara.

   Quando ganhei os meus poderes, eu pensei que poderia proteger minha mãe, mas ela sempre foi contra eu bater no meu pai, por medo de eu me machucar, ela não sabia dos poderes, então era razoável essa preocupação, mas eu odiava isso. A última vez que o meu pai bateu na minha mãe foi a 3 meses, eu cheguei bem na hora e tirei a minha mãe da sala, então voltei pra lá e confrontei o meu pai, ganhei dois socos na cara, depois ele foi embora beber. Minha mãe me fez prometer que eu não entraria em nenhuma outra briga, e eu fiz ela prometer que da próxima vez que isso acontecesse iríamos a polícia na mesma hora, nós dois prometemos e tentávamos ao máximo não estressar o meu pai, porém ele já fazia isso sozinho.
 
Fui tirado dos meus pensamentos quando a minha mãe me chamou para jantar, eu me levantei e fui até a sala de jantar, me sentando na cadeira ao redor da mesa. Minha irmã havia chegado e estava ao meu lado, meu pai e minha mãe estavam do outro lado da mesa. Meu pai bebia cerveja, como o de costume, minha mãe colocou refrigerante para nós três e se sentou novamente.
 
— Como vai indo a escola garotão? — perguntou o meu pai me olhando
 
— Normal.

  — Alguma namorada? Ou melhor, alguma ficante?
 
— Não e não sei na onde ter uma ficante é melhor que namorar.
 
— Larga de ser azedo, parece a sua mãe. 
 
— Bom, tem um garoto gostando de mim na escola. — disse a minha irmã
 
— Isso é incrível filha! Você gosta dele também? — perguntou a minha mãe rindo
 
— Si-
 
— Deve ser bom para o pai do garoto. — meu pai interrompeu ela
 
— Claro querido.  — disse a minha mãe concordando mesmo sem querer
 
— Depois você vai no meu quarto e nós conversamos. — eu falei em um sussuro na para a minha irmã.
 
— Ok.
 
Eu me levantei e fui para o meu quarto, com a clássica desculpa de ter lição para fazer, por sorte minha irmã pode vir logo atrás. Ela fechou a porta e se jogou com tudo na minha cama, ocupando a mesma inteira, eu me sentei no chão, olhando ela.
 
— E aí? — eu perguntei sério
 
— Ele gosta de mim, é incrível.
 
— Primeiro, ele é bonito? Segundo, você também gosta dele? Terceiro ele tem algum irmão ou irmão solteiro que seja mais velho? — Não era segredo para a minha irmã que eu gostava de meninos e meninas, ela não se importava tanto com isso, quando contei para ela, tudo o que recebi em resposta foi um " é você que vai dar o cu, não eu ".
 
— Ele é bonito e filho único. Eu acho que gosto dele. — ela disse a última parte em um sussuro.
 
— Quero foto!
 
— Sempre!
 
Eu e a minha irmã começamos a caçar o insta dele, atrás de fotos, ele realmente era muito bonito, mas parecia ser muito chato, a Lay apenas riu com o comentário.
Ficamos aos próximas 2 horas falando sobre o menino, quando a minha mãe batei na porta falando que era hora a Lay dormir, eu sabia que ela ficaria me mandando mensagem.
 
— Sim senhora. — a minha irmã disse animadamente

  — Boa sorte com o seu crush.
 
— Obrigada, você também, mesmo não gostando de ninguém. Aí meu Deus! SHO, ELE GOSTA DE MIM!! EU SOU FEIA E ELE É UM LINDÃO! COMO ELE GOSTA DE MIM?
 
— Você não é feia, muito pelo contrário, é linda.

  — Obrigada.
 
— Lay, vamos. — minha mãe insistiu do outro lado da porta

  Ela se despediu de mim e saiu do quarto fechando a porta. Eu voltei para a escrivaninha e continuei com as minhas lições, eram todas para amanhã, então não tinha como deixar para outro dia. Depois de algumas horas fazendo lição, eu terminei e fui me deitar, antes peguei o meu telefone e liguei na tomada, do lad9 da cama(o maior medo de todos os adultos, mas a maior gratidão de todos os jovens), fiquei vendo um pouco de insta e falando com os meus amigos pelo whats. Até a minha mãe mandar mensagem me mandando dormir.
 
Eu ri um pouco e larguei o telefone, então fechei os meus olhos pedindo ao máximo para dormir a noite inteira, mesmo sabendo que seria impossível.

                                   ○○○○

Bom, essa é o primeiro capítulo que escrevo de uma fanfic, e espero que esteja bom. Estou me esforçando ao máximo para por as minhas ideias na escrita, e não ficar só na minha cabeça kkkkkkkk
Muito obrigada e lembrem se votar, é muito importante para mim. E comentem muito também.

HASTA LA VISTA BABY 💫