~02~

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 Pov: Hinata

Eu acordei com o barulho do despertador tocando pela segunda vez, o que significava que eu estava atrasado. Me levantei e fui ao banheiro correndo, depois entrei direto na cozinha com o meu pijama e me sentei no balcão para tomar café.
 
— Bom dia senhor atrasadinho. — a minha mãe disse me beijando na testa

— Bom dia mãe. Desculpa eu estava muito cansado e

— Não precisa se explicar, todo mundo se atrasa uma vez na vida. Quer o que de café?

— Café? E... bolo! De morango!
 
— Tô com ele nessa, mas pra mim é suco se laranja ao invés de café. — falou a minha irmã sentando ao meu lado.

— Sim senhores. — minha mãe fez que estava batendo continência
 
Ela preparou um café pra mim e cortou dois pedaços de bolo, depois colocou suco para a minha irmã. Eu tomei o meu café o mais rápido possível e cortei um pedaço de bolo para levar pra escola, depois voltei para o meu quarto e arrumei a minha mochila. Pensei que estava esquecendo alguma coisa, então fui até o espelho de corpo que tem no meu quarto e percebi que ainda estava de pijama. Fui até o meu guarda-roupa e peguei a minha roupa favorita, a clássica camiseta branca e uma calça jeans preta, para completar peguei o meu moletom preto e coloquei os meus tênis, aproveitei e coloquei o meu uniforme por baixo da roupa. Então peguei a mochila e saí do quarto.
 
Ao sair do quarto eu dei de cara com o meu pai, ele estava bebendo cerveja sete horas da manhã, SETE HORAS DA MANHÃ! Eu ignorei ele e fui dar tchau para a minha mãe e pegar minha irmã para irmos logo. Assim feito, quando estava quase saindo de casa meu pai percebeu eu e minha irmã e falou com a gente:
 
  — Bom dia crianças, estão indo pra onde?
 
  — Escola, estamos completamente atrasados, desculpa. — eu nem esperei resposta, apenas arrastei minha irmã pra fora de casa.

  Eu e a Lay andamos o mais rápido que conseguimos para pegar o ônibus, e nos sentamos em dois bancos quaisquer. Ela estava mechendo no celular e rindo, algum garoto certeza, eu tentei espiar mas ela virou o telefone para fora da minha visão, eu bufei e fui mexer no meu celular. As únicas mensagens que tinham era do meu amigo, Noya, ele estava enchendo meu saco a noite e a manhã toda por causa de uma festa do terceiro ano que ele foi convidado, eu li as mensagens desesperadas dele, quais diziam "não sei que roupa usar", " me ajuda a fazer uma cantada!", dai pra pior. Eu respondi com algumas risadas e um "se vira🖕", e coloquei uma música pra escutar.

  Minha irmã continuava rindo para o telefone, até que deu a parada dela e a mesma foi se levantando se despedindo de mim, eu falei que amava ela e voltei a ouvir minha música olhando para a janela.      

  Naquele pequeno período dentro do ônibus muitas coisas se passaram pela minha cabeça, porém a mais recorrente era sobre ser um super-herói. Muitas crianças sonham em ser um herói e proteger quem ama, com muitos poderes e bla bla bla. Mas quando se é um herói de verdade você percebe o quanto é difícil, o medo constante de deixar algo passar, sempre protegendo os outros, se ferir inúmeras vezes. As vezes só queria desistir, porém eu prometi para mim mesmo que por mais complicado que fosse, eu não largaria isso por nada.

  Cheguei na escola e encontrei o Noya e o Tanaka na porta, me esperando. Eles eram 1 ano mais velhos, então não íamos para a mesma sala, mas eles faziam questão de me esperar. Eu fiz para entrarmos com a cabeça e fomos pelos corredores, peguei os meus livros e disse tchau pra eles, mas o Noya pegou o meu braço e falou:
 
  — Tem um aluno novo na sua sala.

  — Legal, o que eu tenho haver com isso? — eu perguntei sem graça

  — Vai que ele é um cara legal. Chama ele pro nosso grupo.

Uma paixão de Herói - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora