Após o Apocalipse

O Desastre- 1

    𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 ~

O dia estava frio como em decorrência de linhas chuvas em uma tarde de verão, curiosamente o clima da região era seco e desértico, além do dia estar envolto em uma tristeza desconhecida, como hoje, que aconteceu o apocalipse. O Planeta que conhecíamos não é o mesmo a mais de 6 anos. Pessoas se matariam, lutariam por sua própria sobrevivência, vínculos familiares, relações afetuosas ou de amizades se soubessem que tudo isso aconteceria.
          Ninguém pensou que isso pudesse acontecer, mas de uma hora para outra, tudo mudou. A vegetação ficou escassa e começou a mudar, animais agora que não morrem possuem um extinto assassino pior que antes e os humanos....? Pouco se sabe.
          Mas como tudo isso aconteceu??? Seria a pergunta que eu mesma me perguntaria, mas ela ainda não foi respondida e nem será por um bom tempo. Quem decidirá o que será da humanidade, é futuro no final das contas.
           No silêncio da noite, eu penso como tudo poderia ter sido diferente.... Se os humanos não fossem seres tão egoístas......
           As celas estariam frias molhadas as "pessoas" que estariam nelas se matavam por simples pedaços de pão ou até mesmo simples migalhas que nem sustentavam sequer ratos.
         A prisão parecia que não  acabava se dividindo em vários subníveis um pior que o outro. Os experimentos mais perigosos e menos submissos ficariam no andar Al-4. Dividindo-se em A até B, considerado a ala mais segura, C até E nível médio e de Al-1 até Al-10 considerando o  nível do perigo.

Na ala Al-6/688 o paciente era analisado e estudado após haver sido capturado a aproximadamente 3 meses pelo doutor Ludwig e pelos seus "alunos"

-Como o garoto está indo?-Ludwig perguntou a seu aluno

-Acreditamos que teremos que mover ele para a Al-10 ou Al-9. Cada dia está mais descontrolado e as drogas e a contenção não irão o segurar por mais muito tempo- dizia o aluno

- Ele ainda anda falando aquelas coisas estranhas?- Ludwig perguntava enquanto olhava para a sala escura onde o experimento estaria

- Bem...senhor- ele engole seco- ele disse que hoje irá.....te matar e a todos que estão nessa instalação.

-Interessante, finalmente começou a demonstrar a sua verdadeira feição não é ratinho? Hahaha.

No escuro da sala como uma pequena  luz um olho se abria e possuía uma íris e uma pupila ambas em um tom azul que brilhavam no escuro

- Ele acord........- antes de terminar a frase o vidro da contenção voava em sua cara enquanto um punho ensanguentado voava em sua direção
Enquanto o alarme de contenção máxima se ligava

Os guardas presentes na sala em reposta ao iminente ataque lançam tiros com alguns volts "nocivos" ao corpo, que desmaiam o sujeito

-Sujeitinho atrevido......Vai pagar caro por isso- Dizia Ludwig limpando sua boca coberta de sangue

Eles o colocavam na cela novamente, tomando cuidado para não tocar nos vidros quebrados presentes no chão ,fazendo-os ficarem desatentos a qualquer tipo de furto vindo do sujeito aparentemente "desmaiado". Fechando a cela com fibras de metais superiores a do Titânio parecia impossível escapar o único que se podia ver naquele breu era só o olho do experimento que se abriria

-Aqueles idiotas- diz o experimento 688

-Finalmente vou conseguir sair dessa merda, ser usado como experimento para objetivos fajutos como dominação mundial realmente é uma MERDA!!!

Ele olhava para oque havia colocado em suas calças, era o controle das câmeras. Mesmo no escuro e com o efeito das drogas que inibiam seus pensamentos e intelecto além de suas habilidades ele conseguira focar-se em como funcionava as patentes naquela organização e como as câmeras daquele andar funcionavam por isso planejou aquele ataque tão previsível e "inútil" 

-Então é só eu botar em looping de 10 minutos.....depois disso seleciono outra cena para que não desconfiem. Isso me daria um total de 12 a 17 minutos para fugir e desativar essa porra toda e depois acho aquele tal de Ludwig e decepo a aquela cabeça de merda dele.

-Dizendo essas palavras ele apertava o botão com as configurações já feitas criando um Looping de certos dias, todos conectados parecendo um só vídeo.

-Agora o Cartão de passe do Guarda......ver com essa porra de olho azul além de ser difícil incomoda para um caralho pelo menos posso ver no escuro.....ainda sim me da náuseas infelizmente é o que tenho -Ele checava cada característica do cartão dizendo isso após isso tirava um isqueiro de seu bolso aparentemente disfuncional por não poder ser acendido por um aparente problema na engrenagem que disparava a faísca tornando-se "inútil" a olhos comuns.

-Esse sistema se não me engano é inato de "falhas" e relatos que eu ouvi, ao se ter um erro na sala os guardas vem me recolhem sedado por alguma coisa e arrumam o problema. Caso isso não aconteça 2 meses e meio de progresso irão pro lixo com minha morte- Dizia com um sorriso desesperado na cara.

-Abria com cuidado o frasco do Isqueiro não tentando derramar nada do líquido em sua roupa ou no chão, cortava um pedaço da manga esquerda de sua roupa e o enrolava em um tubo de ventilação acima da parede com auxilio de suas habilidades que perfuravam um pouco a parede com certa dificuldade enquanto derramava o liquido naquela parte do pano. Fazendo isso com a parte do controle que agora estava quebrada ele fazia contato elétrico com os fios de cobre causando pequenas faíscas sobre os pano.

-Caralho.......TA DEMORANDO MUITO PORRA........odeio fazer contato com fios de cobre. Era  a pior aula na minha escola.....umas das únicas que eu odiava com todas as forças- Enquanto ele tinha um "pequeno" flashback de sua antiga vida agora morta a faísca pularia para o pano incendiando por completo assustando o garoto fazendo o cair no chão de cabeça enquanto o alarme soava por conta da fumaça que se acumulara no ambiente.

-Como ação automática guardas de níveis C até B se dirigirem para o ambiente em "chamas"

-Porra essa doeu não vai demorar muito para eles chegarem....só tenho menos de 30 segundos para fingir que desmaiei-  Rapidamente ele se move para o meio da sala e deitava, segundos depois a porta abria, enquanto 4 guardas passariam pela porta armados até os dentes. Dois deles analisam o experimento 688 enquanto os outros dois tentam achar a fonte da fumaça

-Em questão de segundos, menos de um piscar de olho 688 se levanta e usa um de seus tentáculos sombrios que perfurava seu corpo matando um dos guardas e usando o mesmo como um escudo para se defender do que viria a seguir.

-Pelo grito recente escutado as suas costas como um reflexo automático que todo ser possui, apertam o gatilho enchendo o corpo de balas. Cinquenta, Cem, Duzentas, Trezentas, eram somadas mais de 469 cartuchos de bala de metralhadora M60 de 7,62MM cada deixando o corpo de seu ex-companheiro parecendo um saco de arroz todo esburacado e cheio de sangue.

-688 jogaria o corpo do soldado no chão enquanto daria um ultimo sorriso na frente daqueles homens enquanto a porta de sua cela se fechava e a escuridão cercara os 4 presentes na sala..........

-Um silencio é ouvido antes do caos incumbir o ambiente assim como a calmaria que anteveem a tempestade. Gritos de socorro e disparos de M60 são ouvidos por 3 minutos enquanto após isso um silencio cercara a sala.

A porta se abriria enquanto uma mão ensanguentada e uma feição de desleixo passaria por ela.....era a do 688

-Finalmente liberdade mas.........não acabou ainda, em alguns momentos eles virão e terei de agir rápido se não me engano este cartão irá me levar até a localização da sala de "recompensas dos capturados"- Diria isso olhando para o cartão cheio de sangue no qual pingava em sua calça sujando mais ainda o tom cinza da mesma 

-Antes da minha liberdade.......se "concretizar" só tenho uma coisa simples a dizer a todos- olhava para a câmera mais próxima no processo

-EU SOU A FAISCA DESSE BARRIL DE POLVORA E VOU MATAR TODOS VOCÊS!!!!