Capítulo- 04.

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Notas: Mais um capitulo, eu espero que gostem e tenham uma ótima leitura meus amores!!!

OBS: A música mencionada no capítulo é Runninf On Faith - (Eric Clapton)


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Casa do Kinn (Imagem Meramente Ilustrativa)

— Você quer fazer o favor de parar, estou ficando tonto desse jeito! — Vegas reclamou dobrando as mangas da sua camisa de seda vermelha, deixando-as na altura dos cotovelos

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— Você quer fazer o favor de parar, estou ficando tonto desse jeito! — Vegas reclamou dobrando as mangas da sua camisa de seda vermelha, deixando-as na altura dos cotovelos.

Seu amigo perambulava de um lado para o outro todo arrumado, talvez ele conseguisse a proeza de abrir um buraco no assoalho escuro de madeira polida. As empregadas passaram próximo dos alfas sustentando bandejas em suas mãos, o bendito jantar seria realizado no jardim perto da piscina, porque Pete considerou que seria mais agradável lá fora, alegando que soaria menos formal também.

— É só nervosismo, nada demais! — Justificou desconversando, camuflando a ansiedade que ia se apoderando do seu íntimo aos poucos, sentindo uma revoada de pássaros imaginária fazendo seu estômago dar verdadeiras cambalhotas – era como ter trapezistas em sua barriga dando um show particular. — Será que eles vêm mesmo? — Questionou-se conferindo as horas pela milionésima vez, achando que o moreno alto e sua família estavam quase vinte minutos atrasados do horário combinado. — Porque parece que as pessoas se esquecem como pontualidade realmente importa? Não é possível... — Resmungou rabugento.

— Você nervoso é novidade... — Alfinetou sorrindo sugestivo, servindo-se duma dose de uísque, revirando os olhos nas orbes achando que o mais velho dava muita bandeira – ele não tinha conhecimento exato do quase beijo que protagonizaram - porém, o neurologista conseguia ser transparente demais em relação aos seus próprios sentimentos, e acabou deixando escapar que ambos dividiram um momento deveras estranho, Kinn nunca confessou abertamente que desejou beijar o garoto, mas o comportamento suspeito dele dispensava qualquer explicação elaborada, Vegas entendeu. — A quem está tentando enganar? Eu não sou cego, então vejo as coisas como elas realmente são... — Comentou encarando-o, sabendo que havia tocado em um ponto sensível, assistindo várias reações diferentes passando pela face alheia: era óbvio.

— Eu nunca mais conto nada sobre minha vida, se for para você ficar usando contra mim depois, sua peste! — Acusou atirando uma almofada contra o mais novo, que desviou gargalhando da sua irritação sem motivos. — Quero ver você assumir que gosta do meu irmão. — Ele provocou achando aquela brecha, porque o pediatra era uma verdadeira rachadura na armadura intransponível do obstetra, este que sentiu o golpe, ainda que tentasse disfarçar, lhe oferecendo uma expressão contrariada em troca.

— Você sabe que eu não presto, mas fica se fazendo de ofendido porque quer, de qualquer maneira, não é minha situação amorosa inexistente que está em discussão aqui... E sabe o que todo esse estresse significa? Uma clara falta de sexo bom! — Provocou quase recebendo uma nova almofada bem no meio da sua cara, precisou desviar outra vez, ou seria atingido. — Agora falando sério, eu posso ter meus defeitos e ser cafajeste para um caralho, mas nunca enganei ninguém, sempre faço questão de prezar pela honestidade, então te conheço o suficiente para saber que somos completamente diferentes no modo de agir, você jamais foi do tipo que esconde bem as coisas, estou percebendo faz tempo o quanto anda confuso, nesse caso eu aconselho que resolva isso logo, antes que fique pior, pode conversar comigo quando quiser! — Assegurou sorrindo genuíno, porque costumava passar horas ouvindo reclamações, ou lamentações dos seus pacientes, serem médicos também lhes dava um pequeno respaldo no campo da psicologia. — Nós dois somos amigos antes de tudo, sei que seu casamento está na beira do precipício... Mas agora sendo sincero contigo, faça um favor para si mesmo... Apesar de que eu não ter nenhuma afinidade alguma pela seu marido, ainda não acho que ele mereça passar por algo assim, então peça o divórcio, assuma as consequências das suas escolhas e, vá ser feliz com seu garoto e o filhote de vocês. — Queria dar um conselho diferente: dizer que o seu amigo lutasse pelo seu matrimônio e reconquistasse o companheirismo junto a Tawan. Mas na vida existem caminhos que não tem volta. Tinha consciência de que aquilo não terminaria bem, e alguém sairia machucado, no entanto, nenhuma decisão lhe cabia, apenas os envolvidos poderiam decidir o rumo daquela história.

Amor Acidental (KinnPorsche Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora