Hospital Central de Blüdhaven -Blüdhaven - 2025
Bruce não estava bem.
Estava cansado, com a cabeça tão quente que poderia explodir. Pensou que quando ficasse velho teria mais calma em sua vida, mas, ele estava totalmente errado. Cinquenta anos nas costas e mais e mais problemas viam ao Cavaleiro das Trevas.
Ele estava em seu carro, mas não era ele quem dirigia. Estava tão bravo e possesso que se pegasse no volante causaria algum acidente. O velho morcego só esperava que aquilo tudo só se resolvesse logo, ademais, já era para estar resolvido, mas seu filho insistia em lhe contrariar. Ele insistia em priorizar certas coisas que não eram tão importantes na visão do bilionário, e às vezes parecia que ele fazia aquilo só para provocá-lo. Mas, não havia muito o que fazer agora. Richard já era um jovem adulto, e podia fazer o que bem entendesse, mesmo que seu pai não aprovasse totalmente.
Finalmente, o Wayne havia chegado ao hospital. Bufou antes de sair do carro, frustrado, mas dando um pequeno sorriso quando recebeu um beijo na bochecha de seu "motorista", que queria que o homem se acalmasse um pouco. Saiu do carro, colocando seus óculos escuros para que ninguém o reconhecesse de primeira vista, ainda mais com os cabelos brancos aparecendo com mais frequência. Ele adentrou no hospital, querendo acabar logo com aquilo tudo e, com sorte, resolver aquele assunto.
Ele não procurou informações e nem falou com ninguém. Ele sabia o que queria e sabia onde encontrar.
Como um morcego na noite, Bruce foi até o elevador, apertando nos botões e esperando subir até o andar onde queria, se controlando mentalmente para não explodir. Finalmente, chegou à ala onde queria. A Maternidade. Assim que a porta do elevador se abriu, já foi possível ver o seu filho. Ele parecia um bobo de tão feliz que estava.
- Dick.
E por outro lado, Dick teve seu sorriso cortado quando ouviu a voz de seu pai.
Ele se virou, podendo ver o pai saindo do elevador, com sua típica feição que continuava séria, mesmo em um lugar tão adorável quando uma Maternidade cheia de recém-nascidos que berravam como se não houvesse amanhã. Mas, mesmo assim, o jovem rapaz não conseguia parar de sorrir para sua pequena filha, que estava deitada no berçário, ainda com apenas poucas horas de vida. Sua segunda filha, Ruby, tinha nascido há pouco tempo e Dick nem ao menos teve tempo de avisar a família. Mesmo assim, o velho Bruce havia vindo vê-lo, e ele sabia que não era para parabenizá-lo.
Richard sempre teve problemas com seu pai. Fosse pela aquela mania maldita dele de fazer um exército de adolescentes o qual ele e quase todos os seus irmãos e irmãs fizeram parte, ou por simplesmente, dele não aceitar que o filho havia feito a escolha dele. Dick não era mais herói. Havia abandonado seu manto quando sua primeira filha nasceu, e essa também era uma outra longa história.
Ele e Koriande'r, sua atual esposa e mãe de suas meninas, foram pais muito jovens, e para piorar a situação, ainda atuando com os Jovens Titãs. Quando Athena, a filha mais velha, nasceu, Kori havia dado uma pausa no manto de Estelar, e mesmo querendo aproveitar cem por cento de seu tempo com a ruiva e a filha, Dick foi insistido pelo próprio pai a continuar com a vigilância, já que o Wayne não havia ficado nem um pouco feliz de saber da notícia que seria avô. Brigaram, brigaram muito, desde que ele revelou a gravidez da ruiva até o nascimento de Athena, mas Bruce foi compreensível com seu filho até certo ponto. Porém, atualmente, dois anos depois, o Wayne foi surpreendido com a notícia de que Kori estava grávida novamente, e aquele foi o estopim para ele xingar Richard de todos os sinônimos de "irresponsável" que existiam. Mas, Dick já não se importava mais. Não se importava com o quê o pai dizia. Ele sempre quis ter sua família, e para ele, a esposa e as filhas eram a única coisa que importava, e deixaria aquilo bem claro para Bruce.
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Um Super Conto de um Bat-Casamento
RomanceAnos após uma vida conturbada como um jovem vigilante, Dick Grayson se vê, finalmente, vivendo a vida que sempre sonhou. Longe do manto de herói, agora ele era apenas um pai, um marido e principalmente, um homem normal. Sua vida estava tomando o rum...