Ingratidão

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Por que sou tão ingrata aos esforços dos meus pais?

Por que estou tão infeliz e estressada?

O que eu quero realmente?

Acho que sou um incômodo para as pessoas.

Tenho medo que me julguem mal, e acabam me julgando pelo que sou mesmo.

Arrogante, me acho melhor que os outros, egoísta, provo da dor que causei nos outros.

Carma.

Sofro por antecedência – maldita ansiedade – e depois também.

Gostaria de ser uma pessoa de luz, mas será que elas existem mesmo?

Pessoas que se sentem bem consigo mesmas, são felizes com coisas simples, provocam sentimentos positivos nas outras pessoas.

Será que já fui isso para alguém?

A resposta é tão óbvia que me dói.

Nunca serei especial para ninguém. Nunca terei o selo de número um.

Sou a segunda opção, ou a terceira, ou a última para meus amigos. Nada mais justo, pois foi com essa mesma indiferença que os tratei.

Amigos esses que fiz no passado, quando era criança e sabia lidar bem com pessoas.

Hoje não sou mais aquela menina.

Olho no espelho e não me reconheço mais.

Fiquei bonita no exterior, mas no meu interior sinto podridão.

Eu só queria ser uma pessoa boa.

Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.Me desculpe.


Pare.

Por favor.

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