Dúvidas

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Acordei enjoado, suando frio, com tremores pelo corpo, tentei levantar, mas Jin dormia pesadamente e seu braço me mantinha no lugar, então resolvi chamar por ele:

- Jin? Acorde por favor, não me sinto bem - ele abriu os olhos preocupados e percebeu o quanto eu tremia, colocou a mão em minha testa e sentiu o quanto eu estava frio:

- Por Deus Hobi! Você está congelando, nossa como eu sou idiota, era pra você ter sido examinado, o conteúdo da garrafa era apenas calmantes, para que... - ele se interrompeu, como pra não lembrar que era pra eu ter morrido afogado, ou simular um suicídio, só em pensar nisso, meu coração aperta, ele percebe meu desconforto e me abraça, fico mais calmo sentindo seu cheiro amadeirado, Jin ama perfumes assim, suaves mas com um toque amadeirado:

- Ei! Vamos pedir ao médico pra vir te ver -

ele liga pra gerência dos staffs, e em alguns minutos, ouvimos batidas na porta, Jin abre, cumprimentando o jovem médico rapidamente, ele deveria ter por volta de vinte e cinco anos, alto, pele pálida, cabelos lisos partido ao meio, um jaleco branco, por cima de uma camisa simples azul, e uma calça jeans, eram umas quatro horas da manhã, seu rosto um pouco inchado demonstrava o sono recente, ele se aproxima da cama, me encolho sob os lençóis, estou zonzo.

- Senhor Jung? Sou o doutor Euwoon, posso examiná-lo? - ele sorri gentil, nossa! Que homem bonito, podia perfeitamente ser um ídol, assinto e me sento na cama, encostando na cabeceira, empurrando o lençol até a altura da cintura, ficando apenas com a blusa do pijama de cetim vermelho a mostra, o doutor puxa uma cadeira e se aproxima de mim:

- Dê-me sua mão por favor - Faço o q foi pedido, e percebo Jin sentar ao meu lado na cama, segurando minha outra mão, sorrio fraco para o médico, ele está aferindo minha pressão, depois ele prende um objeto que parece um grampo de prender roupa em meu dedo indicador e vejo tirar um dispositivo que está ligado ao grampo por um fio onde ele olha fixamente, depois ele puxa o estetoscópio, e direciona aos seus ouvidos enquanto com a outra extremidade encosta no meu peito:

-Senhor Jung, respire e inspire cinco vezes - faço o que me é pedido, mas na terceira vez engasgo, minha cabeça dói e corro pro banheiro, botando tudo pra fora no vaso, sinto mãos alisando minhas costas, e ouço Jin :

- Vai ficar tudo bem querido, fique calmo - vou ficando melhor, me direciono a pia, lavo meu rosto, escovo meus dentes, e me olho no espelho, nossa! Estou horrível, algumas lágrimas teimosas, enxugo, Jin me encara pelo espelho com um olhar terno:

- Estou aqui, vamos voltar pra cama. - me deixo ser levado, e vejo o médico ainda sentado fazendo algumas anotações:

- Fico feliz que tenha colocado pra fora, isso evita uma lavagem, receitei apenas um calmante, pelo tempo que passou seu organismo já processou tudo e o que não conseguiu eliminou, aqui são alguns exames, e o número da doutora Lisa, marque uma hora com ela senhor Jung, o senhor passou por uma situação difícil, precisa de ajuda para digerir tudo isso.

O doutor me sorri terno, eu o encaro em silêncio, sorrio fraco e agradeço, Jin levanta e o médico também, estende a mão para Jin:

- Obrigada doutor, daqui eu cuido dele, muita gentileza nos atender nessa hora.

- Que é isso senhor Kim, esse é o meu trabalho, melhoras senhor Jung, tente descansar - ele me diz, olhando-me uma última vez antes de dá as costas e sair, Jin fecha a porta atrás de si e volta pra cama, sentando ao meu lado, continuo imóvel, olhando para o cetim do pijama como se de alguma forma eu pudesse ter todas as respostas apenas me mantendo em silêncio.

- Hobi? - Jin me chama e eu o encaro - não faz assim comigo, fala alguma coisa sol - o encaro me sentindo confuso, caótico, ele segura meu queixo e se inclina para selar meus lábios, me afasto e seus lábios encostam no meu rosto

- O que você está fazendo Jin? O que significa tudo isso, porque está agindo assim? Desde o show, após o show, enfim, acho que ao menos isso eu consigo entender se você me disser...

- Eu, eu... - ele levanta passando a mão nos cabelos, enquanto a mão imobilizada fica rente ao corpo, percebo agora que ele veste um pijama azul de cetim, ele vira pra mim e continua - eu ouvi quando você disse para o Tae que não conseguiria dançar sem mim.

meu coração acelera e aí eu lembro do que eu disse para o Tae, e sinto que posso desmaiar denovo, meu rosto esquenta, devo está vermelho.

- eu ouvi quando você disse que, nunca pensou que se sentiria assim, mas que sem mim no palco, não eram seus pés que erraram os passos, mas seu coração que erraria as batidas.

Meu corpo trava , e eu o encaro magoado, entendi o comportamento, todos me acham uma gay emocionada, eu sei que todos encaram minha alegria como o símbolo da boiolagem em pessoa, e que por nada eu me apaixono, como em todas as vezes que fui idiota, como da última vez, com Félix, baixo os olhos, estou cansado disso:

- Ah! Entendi! Então você achou divertido, brincar comigo, com minha cabeça, porque sou a gay emocionada,  eu não esperava isso de você hyung, pensei que ao menos vocês do grupo me conhecessem, se você que é o mais velho, pensa assim, imagina os outros! - falo enxugando algumas lágrimas que teimavam em cair...

Jin se senta novamente na cama, ele também estava chorando, ele pega as minhas mãos entre as suas e o encaro com o coração apertado.

- Não sol, por deus! Não você entendeu tudo errado! Eu... eu...

- Para Jin - me solto dele e me levanto - você não precisa fazer isso, obrigada por cuidar de mim, esqueça tudo o que aconteceu, foi só um momento de fragilidade, eu já estou bem - vou até a porta em um pedido mudo pra que se retire.

Ele levanta, parece entender meu pedido, mas em vez de passar pela porta ele fecha ela com a mão atrás de mim e me agarra a cintura com força, não me dando tempo reagir, me encara tão próximo que sinto sua respiração quente e me sinto débil com seu olhar, me beija, me puxando pra si e sequer e tento resistir, não sei o que está acontecendo, mas parece que espero por esse beijo há tempos, o beijo de volta aprofundando aquele gosto, quente, nossas línguas parecem se conhecer, me sinto duro e percebo que ele também, arfamos juntos em meio ao beijo, quando nossas ereções se tocam sob os tecidos finos e me sinto pronto a me entregar ali mesmo! Céus estou maluco só pode! Ele se afasta de mim e me olha profundamente:

- Não me peça pra esquecer isso, Hobi, porque eu simplesmente não serei capaz.

Abre a porta novamente e sai me deixando completamente, confuso, desnorteado e com uma ereção dolorosa, banho frio, de chuveiro dessa vez! Acho que estou num maldito Dorama gay! Que merda foi essa?

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Eita! Tá pegando fogo! Continuem aí ! Beijos da bapho 💜

A lua que eu guardeiOnde histórias criam vida. Descubra agora