Do amor ao odio

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" Tudo passa, chuva passa, tempestade passa, até o furacão passa, difícil é saber o que sobra."

O restante da noite de sábado e domingo foram terríveis, chorei o suficiente pra encher um rio, tudo isso escondida é claro, eu não sou o tipo que demonstra quando tá sofrendo.

E acreditem eu estava sofrendo, a culpa e o arrependimento me corriam por dentro, eu ficava me perguntando e se tivesse feito isso ou aquilo diferente?  Eu não sabia que podia doer tanto assim, nem tinha percebido que tinha me apegado tanto a ele.

Por isso quando a segunda-feira chegou a última coisa que eu queria era ir pra escola e encara-lo, através de alguns storys do Instagram eu soube que ele ainda não tinha voltado pra casa então eu não precisava me preocupar em vê-lo no ônibus.

Mesmo assim eu não tinha escolha além de ir, afinal precisava entregar um trabalho escrito e apresentar um seminário hoje, então faltar estava totalmente fora de cogitasão.

Acho que em toda a minha vida eu nunca tinha acordado tão destruída, normalmente eu sempre acordava parecendo que tinha sido atropelada por um caminhão, mas hoje estava em um nível diferente, algo como 3 caminhões e dois trens.

Por mais deprimida que eu esteja não tem condição de sair assim e mostra pro mundo, com isso em mente tomei um banho e arrumei o cabelo deixei solto por que tava molhado e não gosto de prender quando tá molhado, minha situação tava tão crítica que tive que passar um pouco de maquiagem pra não parecer tão morta, não sou fã de passar maquiagem tão cedo  então passei o mínimo possível, foi mais corretivo e máscara de cílios e um glos por que meu batom de cacau acabou e meus lábios estavam rachando.

Enfim pra quem tinha acordado só o pó, agora eu tava até parecendo um ser humano de verdade, juntei minhas coisas passei meu perfume de sempre e fui tomar café.

Sim a jumenta esqueceu que ainda ia tomar café e escovar os dentes e passou glos, me julguem por que até eu estou me julgando pela burrisse.

Minha mãe vinha me encarando esquisito e eu fazia o possível pra parecer natural e evitar os olhares dela, já que eu sabia que se ela olhasse nos meus olhos apenas uma vez ela saberia de tudo.

Karura- aconteceu alguma coisa filha? Você tá estranha.

Tema- que? Não, eu tô normal.

Karura- tá qualquer coisa menos normal, eu te conheço sei que tem alguma coisa errada.

Rasa- o que tem de errado?

Tema- já tá acordado pai?

Rasa- sua mãe me pediu pra te acompanhar até o ponto do ônibus hoje, ela precisa arrumar umas coisas.

Karura- há sim, hoje vai ser um dia exaustivo e longo, tenho que preparar comida pra 700 pessoas hoje.

Tema- hã? O que vai ter hoje?

Karura- vai ter uma festinha lá na escola hoje a noite, me encarregaram de preparar o jantar.

Tema- há entendi.

Não falei mais nada, terminei de comer e escovei os dentes, meu pai me acompanhou até o ponto e ficou lá comigo até o ônibus chegar.

Graças aos céus as meninas teriam seminários hoje assim como eu, então todas estavam ensaiando suas apresentações por isso ninguém tocou no nome do Shikamaru, mas notei que Tenten me lançou alguns olhares estranhos.

O ônibus estava estranhamente vazio, muitos lugares ficaram vagos e eu só podia agradecer por poder fechar meus olhos e fingir dormir até chegar na escola e foi exatamente o que eu fiz.

As Coisas Que Odeio Em VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora