Martyrdom

1.0

No passado, as criaturas perversas perambulavam entre os humanos temendo que as identidades fossem expostas ao sol. Agindo nas sombras com cautela e apreensão, matando e dissecando às presas sem deixar rastros que interligasse a atrocidade consigo.

Seu Verdadeiro Nome era seu único fim.

Caísse em línguas com más intenções, e seria atormentado por qualquer que fosse a maldição.

Os maiores inimigos de tais sugadores de sangue eram os Filhos de Deus, pessoas comuns que foram abençoadas pelos céus. - Havia poucas limitações em suas habilidades, sendo praticamente invencíveis contra o mal que assolava a terra.

[...] No entanto, não foram aqueles olhos divinos que viram através de sua carne o nome cravado nos ossos. Hua Cheng decaiu devido o amor entregue a uma pessoa maliciosa, que além de lhe corromper a alma estraçalhou o pobre coração.

A confiança demasiada na bela dama resultou nos dias atuais. Fadado a viver nesse castelo, desafiando as leis naturais já que sua dependência por sangue finou-se no momento do aprisionamento (supostamente) eterno.

Quem presumiria que, uma figura bondosa iluminaria a escuridão do rapaz sem esperar recompensas.

— Saaaaan Laaaang, onde estás? O anoitecer em breve chegará. — Aumentou a voz esperando alcançar o destinatário em algum desses corredores.

— Gege... não quero que façamos isso. — Disse o homem agachado dentro do salão de pinturas, onde o rosto de Xie Lian está pincelado em cada quadro.

— Havíamos já conversado, o que há? Não diga que nossos planos foram ditos dos lábios para fora.

O mais novo ajoelhou-se na beira do outro, puxando o rosto entre as palmas gélidas. Aquele olho banhado na cor sangue enfim encontrara o mais límpido mar.

— Não quero correr risco de perdê-lo.

— E não vai. Por quanto tempo estamos procurando uma solução, uh? Tenha fé.

O cansaço não os venceu, e persistiram, somando os meses disponíveis com os estudos de anos passados.