Jean sempre procurou por aquele rosto. Sardas, pele morena, olhos calorosos e um sorriso misterioso cujo a mente de Jean não conseguia imaginar.
No terceiro ano da faculdade, o Kirstein já está quase desistindo de achar o rosto que domina seus pens...
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Sasha e Connie socorreram Jean, que havia se engasgado feio com o ar.
Não, não era possível um negócio daqueles. Jean estava delirando. Sim, ele estava delirando. Havia levantado cedo e não tinha dormido praticamente nada na noite anterior, seu cansaço estava provocando alucinações, ele estava certo disto.
Não era possível que o rosto que Jean estivera procurando desde os sete anos estivesse bem ali, na sua frente, vindo na direção de sua mesa. Com certeza não era possível.
Assim que se recompôs, respirou fundo e abriu a caixa de suco de laranja que Sasha lhe ofereceu. Levou seu olhar até o rapaz que se aproximou. Por Deus, ele era idêntico ao quadro que Jean viu quando criança.
- Bom dia.
O de sardas sorriu pequeno e sem graça. Nesse meio tempo, Jean se pôs a prestar atenção no garoto. Ele parecia ser apenas um pouquinho mais alto que o Kirstein, e trazia no ombro uma bolsa de pano surrada, cujo ele apertava a alça com a mão. Jean estalou a língua. Sim, ali estava a semelhança entre os irmãos; a personalidade pacata e meio introvertida.
- Pessoal. - Bertholdt chamou a atenção para si. - Esse é o Marco, meu irmão. Marco, esses são Ymir e Reiner que você já conhece, e aqueles são Sasha, Connie e Jean.
- Prazer em conhecer vocês. - Marco acenou com uma das mãos. - Como estão?
Marco questionou e se sentou à mesa, e apesar da curiosidade de Jean sobre ele, o Kirstein não fez nenhuma pergunta. Deixou esse serviço para Connie e Sasha, mesmo que Jean não tivesse realmente prestado atenção nas respostas.
Não sabia se estava incrédulo ou maravilhado. Talvez um pouco dos dois, para falar a verdade. Marco parecia exatamente com a pintura que havia visto quando criança, desde as sardas - que, cá entre nós, Jean observou ser o charme dele - até o olhar cativante.
Mas saber que o rosto que perseguiu Jean desde sua primeira infância, finalmente estava em sua frente, chegava a ser aterrorizante. Jean nunca esperou vê-lo, na verdade. Nunca pensou em ver aquela feição da pintura fora de seus pensamentos e sonhos - e suas cadernetas de esboços.
Em um determinado momento as perguntas pararam e a conversa se transformou em piadas sobre Reiner e Bertholdt, algumas perguntas sobre o casamento de Sasha e outras aleatoridades. O de sardas percebeu estar sendo encarado, e então voltou-se para Jean, lhe lançando um sorriso simples.
Não.
Foi a única coisa que Jean conseguiu pensar. Aquele não era o sorriso que ele queria. Na verdade, Marco havia dado algum sorriso que não fosse só por educação desde que chegou naquela mesa?
- Perdão. - Marco estendeu a mão para Jean. - Nós já nos vimos antes?
Perguntou, em tom calmo. Jean demorou alguns segundos para raciocinar que Marco falava com ele. Limpou as mãos de repente suadas - porque raios ele havia ficado nervoso? - e estendeu a mão para Marco, o cumprimentado.