Jean sempre procurou por aquele rosto. Sardas, pele morena, olhos calorosos e um sorriso misterioso cujo a mente de Jean não conseguia imaginar.
No terceiro ano da faculdade, o Kirstein já está quase desistindo de achar o rosto que domina seus pens...
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Já nem importa mais quem falou que as pessoas deveriam seguir os próprios sonhos. Ela estava errada e isto era fato. E Jean sabia bem como ela estava errada.
Decidiu fazer artes visuais ainda no ensino médio. Desde pequeno sempre teve obsessão por quadros e pinturas, obsessão essa que se tornou cada vez maior, e Jean tinha quase certeza de que se daria bem naquela faculdade. Errado, completamente, totalmente errado e equivocado. A faculdade era um inferno, e se Jean não tivesse mãe, ele provavelmente já teria pulado de uma ponte.
— Que carranca. Bom dia, Jean.
A mulher de cabelos escuros e um pouco bagunçados cumprimentou o colega de classe. Mantinha um sorriso leve no rosto, como sempre fazia, e usava roupas tão leve quanto seu sorriso. Pieck era assim; dava uma sensação de leveza e tranquilidade para qualquer um que a tivesse em seu campo de visão. Exceto para Jean algumas vezes, principalmente nas manhãs.
— Dia, Pieck. Porque que bom não tem nada.
Ele resmungou. O sorriso de Pieck aumentou, embora ainda se mantivesse realmente discreto, e ela observou o relógio em seu pulso branco e fino. Assobiou e então voltou sua atenção para o de cabelos castanhos. Se pronunciou novamente.
— Ainda são sete da manhã, Kirstein. Porque o mal humor, hein?
Ela questionou, de forma curiosa. Ó céus, Jean adorava Pieck, mas não queria tê-la enchendo seu saco em plenas sete horas da manhã de uma segunda feira. Por fim, suspirou.
— Nada, nada. Só dormi mal.
Ele sempre dormia mal, para variar. Olhou ao redor. Aquele lugar era extremamente chato e entediante durante amanhã e não havia nada de diferente, a não ser o acidente leve de carro ali na frente. Voltou sua atenção para Pieck.
— Você sempre dorme mal.
Pieck apontou, ajeitando o cabelo. Jean revirou os olhos e então passou a mão pelo rosto, esfregando os olhos. Sim, ele sempre dormia mal, mas na noite passada ela não havia sequer piscado o olho.
— É Pieck, eu sei.
Alguma coisa estava o deixando ansioso. Seja o que fosse, Jean estava puto com ela. Como algo que Jean nem sabia o que era tinha a ousadia de roubar dele as suas preciosas seis horas de sono não diretas?
— Vamo' apressar o passo que eu quero chegar cedo na classe hoje.
Pieck agarrou o braço dele, aumentando o passo para que andassem mais rápido.
— Como se você ligasse mesmo pra pontualidade. — Jean começou. — Você só quer ir ver seu namorado.
— E tô errada?
Ela riu. Jean arqueou uma sobrancelha, também com um sorriso idiota no rosto, e então se virou para Pieck, afim de encher o saco dela também.
— Você sabe o quão é anti ético namorar o professor do seu curso? Se pegarem vocês dois, vocês estão fodidos.