Um ponto final

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Fiquei na sala vendo televisão com o volume moderado para escutar qualquer som do lado de fora, Jun veio diversas vezes pedir para eu ir tomar banho e me trocar para dormir, neguei, não queria vestir nada dela, e muito menos dormir no mesmo quarto. Passeava entre os canais, não prestando atenção a nenhum deles com meus pensamentos voando entre Sn e o resgate. Escutei um barulho e olhei para os lados percebendo que não vinha de dentro, vi um relógio na parede e se passava de uma hora da manhã, fui devagar até a janela vendo vários homens todos de preto e armados vindo em direção a entrada da casa.

Fui até a porta devagar sem fazer um mínimo barulho, não sei se a Jun estava muito confiante de que eu não fugiria ou se é louca mesmo, a chave estava da fechadura, então abri de leve e todos apontaram a arma em minha direção, levantei as mãos em rendição e logo fui identificado. Me escoltaram para fora daquele inferno enquanto era liberada a entrada de mais polícias, olhei para trás na hora que escutei o primeiro tiro, corri me abaixando ao entrar no carro blindado, ele acelerou e eu vi as luzes piscando dos tiros trocados ficando cada vez mais longe.

Relaxei deixando meu corpo escorregar no banco, foi a primeira vez nesse dia que consegui respirar sem um peso no meu peito, na realidade é a primeira vez desde que esse inferno começou que consigo respirar aliviado. Uma lágrima começou a cair, e deixei a próxima rolar em minha pele chegando aos meus lábios que se encontravam em um sorriso, era um choro de alívio, alívio de toda essa merda acabar, que tudo iria voltar ao que era antes e eu finalmente poderia curtir o final da gestação do meu filho.

Taehyung - Pov.

Estava sentado no sofá junto com todos, eu e os meninos não queríamos ir para casa, não antes do nosso mais novo chegar. Se passava da uma da manhã quando o telefone do Bang PD tocou, todos ficaram alerta, perdendo aquela leve sonolência que se iniciava pelo tardar da madrugada. Jin Hyung se levantou já nervoso, ficou de braços cruzados olhando para o mais velho esperando uma resposta do resgate, e foi na hora que um sorriso de alívio brotou no rosto do Bang que todos nós respiramos ao mesmo tempo aliviados.

– Conseguiram, ele já está a caminho - se levantou abraçando o Jin Hyung que chorava - só foi um susto, se acalme.

Eu estava agarrado no Jimin com um consolando o outro em meio a choradeira, e sabia que quando o JK chegasse seria ainda pior. Nesse momento eu percebi o quão juntos e apegados éramos, uma família que foi criada pelo mesmo sonho e aqui estávamos chorando pela falta de um dos nossos, se me dissessem que isso iria acontecer no dia que entrei para esse grupo, eu não acreditaria, e ainda iria rir da piada.

Depois de duas horas da notícia estavam todos adormecidos no sofá, enquanto eu estava alerta com meus pensamentos na Yeji, por mais que ela tenha sido a culpada eu ainda tenho sentimentos por ela. Meu coração estava quebrado pela traição sofrida e mesmo assim em meio a esse sangramento sentimental eu ainda me importava com ela, me sentia um idiota por isso, mas era inevitável não pensar nela nesse momento.

Fui despertado do meu devaneio com o barulho da porta sendo aberta, vi aqueles par de olhos grandes olhando todos em volta, corri abraçando o mais novo e escutei ele reclamando, me afastei o suficiente para ver seu rosto e virei analisando cada detalhe.

– Não te machucaram né?

– Não, estou bem.

– Sai da frente, deixa eu ver meu filho - Jin Hyung me empurrou - por deus, quase morri sem você.

O abraçou forte e dessa vez ele não reclamou, um por um foi despertando e indo como imã para esse bolo que nos encontrava, até o Bang Hyung ficou entre nós. Como esperado foi aquela choradeira de novo, só que dessa vez estávamos completos, era os sete, juntos.

Quando Você perde a memória - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora