Voltando

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Finalmente. Finalmente chegou o dia de voltar para Hogwarts, depois de longas férias com os Dursleys voltaria para casa para começar o meu terceiro ano. E o melhor o meu irmão vai comigo esse ano, ele iniciará seu primeiro ano na escola.

É muito bom ter Harry comigo, sempre ficava triste quando ia para a escola e ele era obrigado a ficar com nossos tios, mas agora isso é passado.

— Vamos Harry! — o chamei. — Os Weasleys já estão nos esperando na plataforma.

A família Weasley, são ótimos, foram eles que me ajudaram a chegar na plataforma no meu primeiro ano, sem eles certamente teria perdido o trem e voltado para aquela casa infernal. Fred e George estão no mesmo ano que eu e são meus melhores amigos, sempre estamos juntos, na verdade posso dizer que são da família.

— Não acredito que finalmente vai conhecê-los. — disse animada. — Eles são incríveis e tem um garoto da sua idade, seu nome é Ron. Acho que vão se dar bem. — ele sorriu.

Harry podia não demonstrar tanta empolgação mas sei que ele está feliz. Ele sempre ficou fascinado com as histórias daquele lugar e agora vai poder ver pessoalmente.

— Você acha que vou ser selecionado para mesma casa que você? — Harry perguntou e começou a me encarar com expectativa.

Grifinória. A casa dos bravos e cavalheiros, aqueles conhecidos pela coragem, honra, determinação e ousadia. É claro que o Harry seria selecionado para a Grifinória, eu acho.

— Eu acho que o chapéu seletor vai saber onde colocar você. E não importa pra qual casa você seja selecionado, só continue sendo esse menino incrível que você é. — o abracei rapidamente e voltamos a empurrar nossos carinhos.

Andamos por mais alguns corredores e finalmente chegamos na plataforma, onde avistamos a família Weasley. Assim que os vi abri um sorriso que vai de bochecha e bochecha, que foi retribuído por mais outros cinco sorrisos.

— Sienna! — Molly Weasley veio correndo a nosso encontro. — Olha como está grande! Está linda! — ela me apertava e me beijava.

— Obrigada Sra. Weasley. Oi Gina! — cumprimentei a ruiva que estava ao lado da mulher. — Também senti saudades. Ah, esse é o meu irmão, Harry.

Ela o olhou de cima a baixo e abriu um sorriso encantador.

— Harry Potter. É um prazer conhecê-lo. — ela também o beijou a abraçou. — Bom, sem mais demora. Vamos!

Formamos uma fila e esperando a vez de cada um para atravessar a parede para acessar a plataforma 9 ¾.

— Bom dia senhorita Potter. — disse Fred. — Não fala mais com os velhos amigos?

— Acho que elas nos trocou Fred. — disse George fingindo começar a chorar.

— Bobos. — demos risada.

Primeiro Ron e Harry atravessaram, depois foi a vez do Fred e George e finalmente eu. Corri em direção a parede e atravessei encontrando oficialmente a plataforma 9 ¾. Entramos no trem e nos direcionamos a um vagão vazio, Harry e Ron que aparentemente estavam se dando bem ficaram em um, enquanto Fred, George e eu entramos em outro.

A maioria dos vagões já estavam cheios, então tivemos que nos sentar no único vagão que caberia todos nós. E infelizmente a pessoa que ocupava um lugar não era alguém muito agradável de se conviver. Oliver Wood.

— Podemos nos sentar? — perguntei e o garoto deu de ombros. Revirei os olhos. — Vem gente, achei um lugar.

Nos sentamos e comecei a encarar o menino em minha frente. Wood, implica comigo desde o primeiro ano. Está sempre com um ar superior e um tanto arrogante, mas a coisa começou a piorar no ano passado, quando estávamos no segundo ano e abriram as vagas para participar do time de Quadribol. Ambos conseguimos, mas tivemos uma certa rivalidade que não foi nada bonita. Esse garoto é obcecado por esse esporte, não sabe falar de outra coisa, e se acha um espertalhão.

Mas esse ano estou disposta a deixar para trás essa briga de criança, talvez possamos ser amigos. Afinal estamos no mesmo time, na mesma casa e temos a grande maioria das aulas juntos. O que poderia dar errado?

— Então Wood... ansioso pra voltar para Hogwarts? — perguntei tentando puxar assunto.

Ele me olhou de cima a baixo, como se estivesse me analisando. Não gostei disso.

— Hmm é, claro. Estou super ansioso. — pude sentir o tom de ironia em sua voz.

Os gêmeos perceberam o clima estranho e tentaram amenizar a situação, mas escolheram o assunto errado.

— Vocês viram que esse ano podemos tentar a vaga para capitão do time da Grifinória. Super legal, não é?

Respondi tentando não deixar o assunto morrer.

"Qua o problema desse garoto? É tão difícil ser legal com as pessoas? ou pelo menos tentar". Pensei.

— Sienna, você vai tentar a vaga de capitã, não é? — perguntou Fred animado.

— Vou sim. Aliás já tenho ótimas estratégias.

— Duvido. — disse Wood baixinho, mas não baixo o suficiente para que eu não escutasse.

Virei o rosto lentamente, sentindo meu sangue borbulhar, como ele ousa?

— Come é? — perguntei me controlando para não pular em seu pescoço.

Ele abaixou a revista de Quadribol que estava lendo e olhou em meus olhos.

— Eu duvido que alguém como você seja capaz de ser capitã de um time. — falou de forma natural.

— Alguém como eu? Uma garota? — que machista.

— Não. Não sou nenhum machista se é isso que está pensando. Simplesmente alguém como você, ou melhor, você.

"Talvez possamos ser amigos" só que não. Jamais seria amiga de alguém como ele. Como ele pode achar que eu não daria capaz de me tornar capitã. Ele vai se arrepender de ter dito isso.

Eu apenas o encarei com ódio no olhar, se Oliver Wood acha que pode falar assim comigo está muito enganado. Ele comprou essa guerra, agora quero ser é capaz de vencer.

(EM HIATUS) Extraordinary | Oliver Wood Onde histórias criam vida. Descubra agora