Corredor proibido

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Meu coração estava acelerado e minhas mãos suando. Alguém tentou machucar Harry. Meu pés se moviam rapidamente pelo terreno irregular que havia ao redor do castelo.

"Onde está meu irmão?"

"Será que ele está bem?"

"Quem fez isso?"

Estava perdida no furacão de perguntas que giravam em minha cabeça que quase nem senti alguém segurando meu braço.

— O que nós vamos fazer? — só então percebi que Oliver havia me seguido, mas por que ele ainda está aqui? Já entendi que quis se desculpar, mas já poderia ter ido embora.

Nós? Eu sei o que eu vou fazer. — virei as costas e andei mas alguns metros antes de parar novamente. — Olha... obrigada por me salvar e se desculpar, mas de verdade, não precisa fazer isso. Você não me deve nada.

Ele me encarou em silêncio, parecia pensar sobre o que eu acabara de dizer.

— Eu sei. — falou quase sussurrando. — Não estou fazendo isso porque acho que te devo algo. — provavelmente era mentira. — Acho que eu simplesmente quero te ajudar, e ajudar Harry. Acabamos de conseguir um apanhador, não quero perdê-lo. — talvez nessa parte ele tenha falado a verdade.

Ele não vai mudar de ideia, o que é de certa forma intrigante.

— Ok, pode vir. — ele deu um leve sorriso e continuou a andar, me deixando para trás.

Talvez não seja tão ruim ter Oliver Wood ao meu lado, e além do mais isso não durará por muito tempo. Só preciso descobrir quem foi o idiota que fez aquilo.

— Vai ficar aí parada a noite toda, Sienna?

Quando chegamos no salão principal a maioria dos alunos já não estavam lá. Perdemos o jantar. Começamos a andar pelas mesas procurando Harry.

— Olha só quem resolveu aparecer. — duas figuras se colocaram em minha frente bloqueando a passagem. Fred e George.

— Oi gente. — respondi um pouco nervosa, sei que vão me fazer uma enxurrada de perguntas, a última vez que os vi foi na aula de Snape e depois desapareci, devem estar preocupados. — Vocês viram meu irmão? — não posso perder tempo.

— Talvez. — respondeu George de mandei-te indiferente.

— É sério! Precisamos achar ele.

— "Precisamos"? — questionou o outro gêmeos. — Você e mais quem?

Ah, eles ainda não tinham percebido que Oliver estava comigo, concertada vão surtar. Óleo para trás meio cumeada indicando com a cabeça o garoto atrás de mim, eles se olharam com o queixo caído e Wood fez um breve aceno com a cabeça.

— Você vai ter que explicar isso para a gente. Desde quando anda com Oliver Wood? — falava Fred. — Você odeia ele.

— É uma longa história e eu prometo que vou contar tudo a vocês, mas eu realmente preciso achar o Harry. — estava praticamente a implorando.

— Ele saiu a alguns minutos, estava com Ron e Hermione. — eles se entreolharam. — Foram na direção do terceiro andar.

O que eles estariam fazendo lá?

— E... — George começou mas senti sua hesitação em continuar. Sem tempo para isso inclinei a cabeça para frente e pedi para que contornasse. — Escutamos eles conversando alguma coisa sobre uma sala secreta, e o corredor do terceiro andar do lado direito.

— Mas lá é proibido! — senti minhas pernas tremerem. — O que eles iriam fazer lá?

Os gêmeos deram de ombro, pelo visto não se preocuparam em perguntar. Como pode? Escutar seu irmão falando sobre invadir um corredor proibido e não fazer nada.

— Está bem. Obrigada meninos. — rapidamente me direcionei a saída e puxei Wood comigo.

— Sienna, eles não teriam coragem de invadir. Se alguém os pegasse seriam expulsos.

— Você não conhece meu irmão.

Corremos o meus rápidos que nossas pernas permitiam e finamente chegamos no corredor do terceiro andar. Andaimes cautelosamente lugar a dentro.

— Esse lugar é sinistro. — sussurrei. Parecia um filme de terror, estava tudo escuro e frio, além de cheirar o mofo.

— Tenho que concordar.

Involuntariamente nossos corpos se juntaram, agora alinhamos um ao lado do outro.

— Não consigo ver nada. — reclamou Wood.

— Eu resolvo. — peguei minha varinha. — Lumus! — criando uma luz na ponta da mesma.

Caminhamos mais alguns metros até que escutamos um barulho, ele vinha de uma porta a nossa direita, com passos cautelosos nos aproximamos. Oliver sacou sua varinha, preparado para lutar contra o que estivesse ali.

Coloquei minha mão na maçaneta e encarei o moreno ao meu lado.

— No três? — perguntei.

— No três.

Comecei a contar, 1... 2... 3... BOOM! Três figuras saíram de dentro da sala escura.

— Harry! O que raios estava fazendo aí? — esbravejei. — Ron? Hermione?! Não acredito que estavam mesmo no corredor proibido.

— Não dá tempo de explicar agora! — disse Ron ofegante. — Rápido. Vamos sair daqui logo.

As crianças puxaram a mim e Oliver para fora dali, continuaram correndo até sairmos da escuridão, parando na frente da escada.

— Que merda foi essa? — perguntou Wood. — O que aconteceu lá dentro? — ninguém respondeu.

— Vocês precisam nos dizer! — algo aconteceu lá dentro, eu sei. — Vamos lá gente...

Silêncio.

— A gente viu algo... — começou Hermione. — que não deveríamos ter visto.

— Como assim? — perguntei.

Ouvi outro barulho e um sombra apareceu. Um gato, ou melhor uma gata. Madame Norra, a gata de Argo Flich o zelador da escola. Se ela está aqui Flich também vai estar.

— Se escondam! — sussurrei.

Ron, Harry e Hermione se esconderam atrás de um grande estátua, mas não deu tempo para eu e Oliver nos esconder, Flich apareceu bem na hora.

— Peguei vocês. — o homem abriu um sorriso marcando que me fez estremecer. O que vamos fazer agora? Pegar detenção? Ser expulsos?

Nunca gostei dele, desde o primeiro ano fica no meu pé. Acho que é por eu ser filha de James Potter, ele era conhecido pelas confusões que se metia, me lembra Harry. Mas eu já sou mais parecida com minha mãe, estudiosa e raramente estou no olho do furacão.

Eu ainda estava imóvel, minha mente não era capaz de acompanhar o que estava acontecendo, meus músculos ficaram rígidos e a palma de minha mão começou a suar.

— Sr. Flich! — Oliver percebeu meu estado e começou a agir, ainda bem. — Desculpa, eu sei que não deveríamos estar aqui, mas sabe só queríamos um lugar mas reservado para conversar. — o garoto colocou sua mão em minha cintura, um gesto que causou um leve rubor em minha bochechas.

"Meu Deus. Espero que ele não tenha visto"

Conversar? Sei. — dizia com desconfiança.

Sabe, as colegas de quarto da Sienna não paravam de rir, mas estava ficando constrangedor. — senti sua mão apertar minha cintura ainda mais forte.

Já estava tarde e tenho certeza que Flich não queria passar metade da noite dando bronca em dois adolescentes que só queriam privacidade, eu espero.

Chega. — falou irritadiço. — Eu não quero saber. Só vão logo embora e se eu os vir por aqui novamente eu mesmo os levarei até a saída.

Saímos e logo depois o zelador com sua gata.

Nos escondemos e esperamos os meninos aparecerem.

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⏰ Última atualização: Dec 20, 2022 ⏰

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(EM HIATUS) Extraordinary | Oliver Wood Onde histórias criam vida. Descubra agora