PRÓLOGO

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BOA LEITURA.

BOA LEITURA

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THOMAS

Acabava de cruzar a porta do aeroporto internacional de Miami, e o meu celular apitou no bolso interno do meu terno.

"É sério isso?". Contrariado, eu atendi a ligação.

— Presumo que esteja em uma enrascada das grandes, visto que, nos últimos doze anos, nunca me ligou, senhor José Bernardi. — Decidi ir direto ao ponto com o meu pai.

Então ele deu início a uma infinidade de justificativas vazias do tipo: "não seja injusto, eu te amo, meu garoto". Mentiras irritantes.

O senhor do outro lado da linha, o ilustre meu pai, não ama mais ninguém além de si próprio. Uma das comprovações da minha acusação está no fato da formalidade como tratava os filhos. Ensinou a todos o chamarem pelo nome completo, e repreendia severamente quando rotulado como pai.

Entrei no táxi e sua conversa fiada persistia.

Seus irmãos, cientes da sua visita quando eu deveria ser o primeiro a ser avisado que viria à Miami. Por que não me ligou, Thomas? — Não demorou nada até o tom de sua voz magoado mudar para o costumeiro: autoritário.

O motorista aguardava o endereço do meu destino, então solicitei um segundo ao senhor falando sem parar do outro lado da linha.

— Pode me levar nesse endereço, por favor. — Informei a localização da Marina responsável por cuidar do meu iate.

— Sim senhor! — o motorista assentiu educado, e seguiu rumo ao meu destino.

Tanto tempo longe, programei aproveitar a noite estrelada de Miami navegando em meu barco, e claro: na agradável companhia de lindas mulheres. Contratei o conhecido, competente e antigo buffet simplesmente pelo fato de a empresa oferecer também, um exclusivo serviço de entretenimento adulto.

Contrariado, voltei a atenção ao senhor José Bernardi, mas engolindo as verdades querendo se libertarem.

— Essa sua cobrança não passa de hipocrisia — rebati indignado, e ele falava sem dar pausa. Impaciente, o interrompi: — Por acaso o senhor me ligou nos anos que estive em Nova York? — o desafiei, e ouvi seu rosnado de aversão. — O número do meu telefone continua o mesmo de doze anos atrás, sabia? — emendei.

Odeio desertores, e você abandonou a sua família. — Outra calúnia, e das grandes.

— Uma inverdade! Eu apenas me libertei da sua prisão.

Cometi alguns excessos, admito! Mas precisa ficar claro que foi por amor — insistia naquela ladainha de forma descarada. E não parou por aí, seguiu falando rápido, sequer respirava a cada palavra, e todas trilhavam em argumentos do cunho de falsos arrependimentos.

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