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S/n point of view

Estava fugindo de um homem com uma agulha na mão,era enorme,eu sei que parece meio bobo,mas eu estava assustada e com medo do que poderia ter naquela agulha,eu corria,corria,corria e parecia que andava em círculos,o lugar em que eu estava parecia um labirinto,só que sem saída

Eu continuei correndo com esperanças de conseguir fugir desse lugar,mas o homem que conseguiu me pegar e me prendeu em seu braços

O meu amigo também foi pego por um outro homem, ele também estava com uma agulha enorme na mão

Meu amigo se contorcia nos braços dele,até que ele para ao sentir a agulha sendo aplicada em seu pescoço,ele vai perdendo os movimentos devagar

Henry! — eu grito,mas logo em seguida também sinto a agulha no meu pescoço

Eu perco a "noção" de tudo,e acabo desmaiando também, até que...

Eu escuto meu despertador tocando e me levanto rápido,aquilo era só um sonho

Eu saio da minha cama e me visto correndinho,eu já estava atrasada para o trabalho

Pego as chaves do meu carro e saio correndo,acho que até esqueci de trancar a porta

Chego em meu trabalho,e já escuto reclamações do meu chefe

— desculpa o atraso amados — eu digo deixando minha bolsa no meu armário e colocando meu avental

Meu trabalho era uma merda,sempre escutava reclamações de todo mundo,pessoas que entravam no local,meus colegas de trabalho,meu chefe,enfim,isso tudo era um porre pra mim.

Mas era aquilo que me sustentava,sem trabalho eu não iria ter oque comer e nem aonde morar,apesar do meu salário ser um pouco baixo,eu sozinha conseguia comprar oque precisava,seria mais complicado se tivesse mais gente comigo

Mas...uma coisa que ficou na minha cabeça pelo resto do dia,foi o sonho que tive essa noite

Eu me lembro desse evento na minha vida,mas faz muito tempo e não sei se isso foi algum tipo de déjà vu ou se foi só um sonho,mas era estranho porque eu me lembrava dele,eu me lembrava de Henry.

Eu não sei se o mesmo ainda está vivo ou se ele morreu lá,mas eu precisava dar um jeito de tentar encontrá-lo

— Ei! olha oque você tá fazendo! tá no mundo da lua?! — minha colega de trabalho diz me despertando dos meus pensamentos e paranóias, enquanto eu estava derrubando café por todo balcão

— Aí merda! — eu largo tudo em cima do balcão e vou pegar alguns guardanapos pra limpar a minha bagunça

— Você precisa prestar mais atenção S/n! No que você estava pensando?! — minha colega de trabalho ainda estava buzinando no meu ouvido,ela se preocupa demais com oque o nosso chefe pensa

A cada palavra que saia da boca dela o meu sangue fervia,e eu ficava mais irritada

— Eu já entendi que fiz merda,eu tô tentando limpar aqui! mas com você enchendo minha cabeça não dá! — eu bato os guardanapados com tudo em cima do balcão e ao mesmo tempo escuto um barulho alto nos fundos da cozinha

A minha colega de trabalho vai olhar,e eu fico lá limpando a bagunça,pouco se importando com esse barulho,poderia ser algum cozinheiro que se esbarrou com algo,seja lá oque for,não me interessa agora

Depois de cumprir meu horário de serviço,meu chefe me chamou pra conversar na sala dele

Eu vou pra sala dele reclamando de Deus e todo mundo,até pq o meu dia tava uma merda

Era a primeira vez que isso acontecia,meu chefe nunca me chamou pra sala dele assim do nada,ou será que não foi do nada mesmo,talvez eu tenha feito algo mas não sei,bem,eu vou descobrir agora né

— Me chamou? — eu falo,entrando na sala e olhando para ele que estava todo folgado em sua cadeira

— Sim,sente-se — ele diz se ajeitando na cadeira

— tá,oque foi? — eu digo me sentando e esperando o mesmo me responder

— Eu te chamei aqui porque você anda meio estranha esses últimos dias,está sempre chegando atrasada,está se distraindo demais e está havendo muitas reclamações sobre você que alguns de seus colegas fazem — ele diz cruzando os dedos da mão e colocando-os sobre a mesa

Aquelas cobras traidoras,como podem ser tão falsos assim?!

— tá,talvez eu só esteja cansada só isso,nada demais

— não me importo,você está demitida — ele diz se inclinado para trás na cadeira

— oque?! como assim?! não você não pode me demitir! eu só tenho esse trabalho! — eu digo me levantando e batendo as mãos na mesa indignada

— como eu disse,eu não me importo,pegue suas coisas e saia daqui,hoje foi seu último dia — ele diz tranquilo,e ele estava pouco se importando mesmo

— isso não é justo! não é! — eu pego minhas coisas e saio batendo a porta muito forte

Depois que eu saí da sala,eu escutei barulhos de papéis,como se tivessem jogado uma caixa cheia de papéis dentro daquela sala

Eu saio de lá muito brava,xingando Deus e todo mundo,aquele era oficialmente o pior dia da minha vida,não que eu já não tenha passado por coisas piores

Eu chego em caso e a única coisa que eu queria naquele momento era minha cama,e comida,muita comida

Eu peguei todas as comidas que tinha no meu armário e algumas coisas na geladeira e fui direto pra minha cama

Eu liguei a TV e fiquei assistindo algum filme enquanto me entupia de comida

Acho que aquilo era a única coisa que eu precisava naquele momento

Eu não consegui comer mais,então guardei o resto e desliguei a TV

Me encobri e fiquei pensando em milhares de coisas,coisas que aconteceram,que poderiam acontecer e que estavam acontecendo

Foi nesse momento que meus pensamentos voltaram para o sonho que tive essa noite,ou melhor,noite passada

Eu estava desconfiando de que oque aconteceu no meu dia hoje tem algo relacionado a ele

E os fenômenos que aconteceram,o barulho na cozinha,os papéis,será que... será que os meus poderes voltaram?

𝙢𝙮 𝙛𝙖𝙡𝙡𝙚𝙣 𝙖𝙣𝙜𝙚𝙡, 𝙃𝙚𝙣𝙧𝙮 𝘾𝙧𝙚𝙚𝙡 Onde histórias criam vida. Descubra agora