✥ CAPÍTULO I: MAKTUB

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betagem por: euluagabriela

MANSÃO CHOI-PARKBUSAN, COREIA DO SUL

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MANSÃO CHOI-PARK
BUSAN, COREIA DO SUL



Café da manhã em família às terças-feiras é como uma lei entre os Park. Considerando suas agendas semanalmente lotadas, decidiram reservar dias específicos para que pudessem se reunir e desfrutar das companhias uns dos outros. É quando estão lá como pais e filhos, não como médicos – razão pela qual se tornou um hábito sagrado. Tanto que, Seojoon e Jimin, embora já não vivessem com seus pais, atualmente possuindo seus próprios apartamentos, não se importavam em deslocar-se alguns quilômetros até a mansão na qual cresceram.

Naquele mês de abril, em específico, além dos quatro membros regulares da família, havia também a presença de halmeoni — apenas mais um incentivo para ambos os rapazes não se atrasarem por um único segundo.

Para os mais curiosos, Choi Seori é o que podemos chamar de personificação perfeita de uma avó coruja. Sendo os dois irmãos seus únicos netos — embora Seojoon não seja biologicamente seu, o amor que nutre por ele não difere nem um pouco do que tem por Jimin —, sempre os mimou, cedendo a cada pequeno capricho. Ouvindo uma reclamação aqui e outra ali, nunca importou-se de fato, afinal é exatamente esse o trabalho de uma avó. Para ela, eles foram e sempre serão os garotinhos da vovó, ainda que em figuras crescidas.

Mas claro, uma avó não deveria apenas mimar os seus netos, mas também avaliar os seus estados de saúde. E isso Seori faz muito bem. Como uma médica experiente — mas aposentada —, reconhecer o evidente cansaço em seus rostinhos não é uma tarefa árdua. Tampouco dar um puxãozinho de orelha aqui e acolá.

— Não deveriam trabalhar tanto. — Halmeoni observa, ao que ouve os irmãos compartilhando entre si suas agendas até o final de semana. — Isso não faz bem à saúde. E nem tentem negar, eu ouvi vocês.

Os irmãos imediatamente se entreolham, numa conversa silenciosa, até que o mais velho entre os dois se pronuncie.

— Pensei que não estava ouvindo muito bem, halmeoni. — Seojoon ergue uma sobrancelha. Há dois dias, no almoço de domingo, a senhora reclamou da sua perda de audição após ser chamada meia dúzia de vezes para verificar se a receita da sobremesa estava sendo seguida corretamente. A distância não era maior do que estão agora, seus olhos, naquele dia, vidrados em um livro de ficção que havia comprado recentemente. — Se lembro bem, até comentou sobre marcar uma consulta com o Dr. Chang, o otorrino.

— Oh... — A idosa soa pensativa, como se tentasse lembrar da ocasião. — A minha memória tem falhado bastante ultimamente...

— Sério, halmeoni? — Jimin move a sobrancelha. A expressão da Sra. Choi é engraçada o bastante para arrancar um riso de Yongjun.

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