O Reencontro

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Eu passei mais de quatro horas no avião, havia poucos minutos que havíamos pousado em Paris. Eu estava com os fones de ouvido quando minha mãe me ligou.

-Olá mamãe.

-Oi querida, como está à viagem?

-Até agora está tudo bem, -olhei a hora no relógio- daqui provavelmente vinte minutos estarei no hotel.

-Hm... Só liguei para saber como você estava.

-Estou bem.

-Boa viagem querida, e... Descanse.

-Mamãe!

-Tá eu sei que você não é mais uma criança.

-Boa viagem se diz para pessoas normais.

-Você "é" normal... Só que de um jeito diferente.

-Está bem mamãe.

-Tchau querida.

-Tchau mamãe.

Foi muito difícil convencer minha mãe á me deixar ir morar em Paris, mas consegui convencê-la com a ajuda do papai.

-Não, você não vai.

-Mas mãe, eu já tenho 19 anos e você me permitiu ir morar sozinha.

-É... Permiti, mas não em Paris.

-Mas mãe! Eu não preciso de pro-te-ção, e você sabe disso.

-Eu sei, mas...

- Querida, deixe-a ir – falou papai – Ravena está crescendo, precisa aprender a viver no mundo, a se virar sozinha...nós dois sabíamos que esse dia chegaria, o dia em que ela "criaria asas" e iria voar para a liberdade, iria viver.

Olhei para meu pai confusa com o que ele havia falado, que forma mais esquisita dele convencer minha mãe – risos –, voar para a liberdade? Meu Deus, mas enfim.

-Mamãe eu venho visitar você e o papai em todos os verões.

-Promete?

-Prometo.

O meu pai havia comprado um apartamento em um condomínio próximo ao Trocadéro e a Tour Eiffel, apenas a três quadras do metrô. Mas, como eu chegaria tarde, reservei um hotel próximo ao condomínio e a Tour Eiffel, o Pullman Paris Tour Eiffel, apenas para passar a noite.

Cheguei ao aeroporto às nove da noite, minha sorte foi que logo ao sair do aeroporto Charles de Gaulle, vi um táxi disponível.

-Olá, bonsoir. – disse para o motorista do táxi.

-Boa noite mademoiselle, aonde deseja ir?

-Para o hotel Pullman, s'il vous plaît.

-Claro, pode entrar.

-C'est combien? – perguntei o preço.

- 35 euros.

-Ok, vamos?

-Vamos.

Não demorou muito tempo para chegarmos ao hotel. Quando cheguei ao hotel mostrei meu comprovante de reserva e um rapaz me deu um cartão dourado.

-Seu quarto é o quarto de número 320.

- Merci, boa noite.

-Bonsoir para você também mademoiselle.

Eu não me atrevi a desmanchar minhas malas, afinal no dia seguinte pela manhã eu iria para o condomínio, que afinal era bem perto dali. Apenas coloquei as malas ao lado da cama, abri a cortina, e admirei a vista maravilhosa que se tinha da Tour Eiffel, eu amara aquele quarto, tinha um maravilhoso aroma de lavanda.

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