BirdieBoy

Haly, a Vagabunda

POV Bruce

Haly's Circus - Duas Horas Depois

Mais uma noite, mais um problema. Haviam se passado no mínimo, duas horas desde a tragédia no circo, e este que antes estava cheio de cor e pessoas alegres, agora estava cheio de peritos, jornalistas, e corpos mortos. O Comissário Gordon já havia chego ao circo, embora estivesse um pouco atrasado. Ele se atrasou pois esteve negociando com sua vizinha da frente para ela ficar de olho na sua filha, Bárbara, enquanto ela dormia. Como sempre um bom pai. Ele e os peritos estavam ajoelhados em frente aos corpos, os examinando, enquanto eram cercados por uma parte de jornalistas curiosos, já que a outra cercava a senhorita Haly, que não conseguia parar de chorar. Estranhei ao não ver a Vicki ali, ela como é já deveria ter entrevistado todas as pessoas desse circo atrás de informações; mas havia outra jornalista do jornal que ela trabalhava, a Gazeta de Gotham, preparando a matéria, e ainda com o estagiário dela. Algo que também estranhei foi o menino. Ele havia sumido. Quando voltei a tenda após o telefonema com Gordon, ele já não estava mais aqui. Haveria de ter fugido pra longe, para chorar em algum canto sozinho, assim como eu há tempos atrás.

Foi estranhamente perturbador ter aquela sensação de deja-vú novamente. Eu via a mim mesmo ali, mesmo se tratando de outra pessoa. Ver aquele menininho chorando assustado foi como um baque à minhas memórias, pois ao contrário de mim, que quando vi o assassinato dos meus pais apenas engoliu tudo o quê sentia e converteu em pequenas lágrimas, aquele garoto fez um escândalo. Era possível ouvir o choro dele do outro lado da rua, e ele não parava de gritar agoniado. Ao contrário de mim, ele não conseguiu esconder o quê sentia, e agora havia sumido. Me preocupava para onde ele possa ter se enfiado, pois ele está com um psicológico muito abalado e ainda mais por ser pequeno, o torna uma vítima muito fácil de ser manipulada. Eu tive Alfred, meu mordomo, quando perdi meus pais e mesmo assim permaneci abalado por muito tempo, mas aquele menino não tem ninguém. Precisava encontrá-lo.

- Bruce - Mas, fui cortado dos meus devaneios memoriais por Gordon, que havia me chamado. Ele se aproximou de mim, segurando algo em suas mãos cobertas pelas luvas de investigação - Os peritos acabaram de achar isto na estrutura, acho bom você dar uma olhada.

Jim me entregou o quê havia nas mãos, e eu não precisei nem de um minuto para me tocar do quê havia acontecido. Uma vingança, de dinheiro, da máfia. O quê o Comissário me entregou era uma abotoadura, folheada em ouro, com as iniciais F.A escritas; F.A vem de "Fat Anthony", o apelido de Anthony Zucco, também conhecido como chefe de umas das maiores máfias de Gotham, a Falconi. Já perdi as contas de quantas vezes enfrentei e prendi alguns de seus capangas, e também não tardei a ligar os pontos. Haly era rica, mas era mesquinha demais para gastar a sua fortuna com investimentos altos, como um de um circo; mas era louca o suficiente para construir um e pedir ajuda aos seus outros "amigos" ricos. Os animais desse circo viviam em péssimas condições, tanto que os peritos contataram a polícia ambiental quando chegaram aqui, era óbvio que aqueles bichos viam para cá de contrabando, contrabando de mafiosos, no mínimo, Haly recusou-se a pagar uma fortuna por algum dos animas e Fat quis vingança, tirando dela sua única atração que lhe dava dinheiro, a família Grayson. E como Zucco não é flor que se cheire, estava mais do quê óbvio que não mataria a família toda, pois sabia que Haly chorava horrores quando pisava sem querer numa formiga, e se culparia pelo resto da vida quando visse que destruiu a vida do filho do casal, e que provavelmente ficaria deprimida e o circo viria a falência, e Anthony recuperaria todo o dinheiro que perdeu com ele. Em poucas palavras, o assassinatos dos Graysons foi uma vingança; uma coisa que eu odiava do fundo da alma.