Karaokê

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Sina Deinert

Noah marcou de me encontrar sete horas. São oito e ele ainda não chegou. Acha que eu tenho cara de palhaça? Odeio gente que se atrasa, principalmente quem se atrasa UMA HORA!

- OiOi- o garoto chega com um sorriso no rosto.

- Onde você estava? Eu fiquei uma hora aqui sentada te esperando!

- Calma, o lugar só abre oito e meia

- E então porque marcou de me encontrar ás sete?

- Só pra te irritar mesmo- o garoto sorri me fazendo revirar os olhos.

- Quando eu morrer, vou voltar só pra te assombrar- o garoto coloca a mão no peito como se estivesse ofendido e depois ri

Noah Urrea

A loira tinha um olhar curioso sobre o lugar que mais parecia im clube de stripper e parecia preocupa-la, afinal, eu era extremamente louco e exótico para escolher nossos passeios

- Você deve estar confusa- insinuei e então a garota me encarou

- Eu sempre estou confusa quando se trata de você- olhei para ela e sorri- Que lugar é esse?

- Dia cinco, cantar em um karaokê- Sina arregalou os olhos, logo percebi que ela não queria fazer aquilo

- Noah, pelo amor de Deus, eu morro de vergonha de cantar em público, sem chances- a loira cruzou os braços me fazendo rir

- Você tem que se permitir Sina, fazer tudo o que tem e o que não tem vontade, ultrapassar seus limites, superar seus medos e essas coisas

Sina me encarou com aqueles olhos azuis e então olhou mais uma vez para o lugar. Ela iria morrer e precisava curtir cada segundo da sua vida! Sina lançou um sorriso para mim, mostrando que estava tudo bem e então ambos descemos do carro.

Lá dentro era bastante escuro e o que iluminava as salas eram as luzes leis coloridas. Consegui uma sala só pra gente e acho que isso tranquilizava Sina, afinal, ela iria desmaiar se precisasse cantar na frente de muita gente.

Havia um telão no centro com um público e alguns microfones. Sentei em um dos sofás e então a garota sorriu. Era óbvio que ele a faria cantar primeiro e então ela sentia vontade de bater nele.

- Sério?Era você quem deveria começar!- ela cruzou os braços e eu sorri

- Agora já estou sentado! Como você está mais perto do palco, você começa.

Sina revirou os olhos e então gargalhou, eu sei que sou esperto. A garota caminhou até o notebook em sua frente e começou a olhar todas as opções de música até achar uma que ela conhecia e gostava.

A batida da música começou e depois de alguns segundos a loira soltou sua voz. Eu estava sorrindo vendo aquela cena enquanto Sina tentava performar no pequeno palco. A voz da garota não cem por cento afinada, mas era doce e combinava com a música então eu apenas apreciava o momento.

" Eu poderia ser uma garota bonita, vou usar uma saia pra você.
Eu poderia ser uma garota bonita, calar a boca quando você quiser.
Eu poderia ser uma garota bonita, nunca te deixarei triste.
Eu poderia ser uma garota bonita, eu vou me perder em você. "

Enquanto a garota cantava, eu prestava atenção naetra da música, era uma indireta? Ou quem sabe algum sinal? Bobagem. Ela ainda era ex do seu melhor amigo e jamais o enxergaria com outros olhos.

Assim que a loira terminou, eu a aplaudi e ela sorriu animada. Sina agora havia se soltado e pretendia cantar muitas outras músicas, mas agora ela queria escutar minha voz. Logo, eu subi no palco.

Sina sentou-se em meu lugar e então abriu uma das embalagens de batatinhas que estavam ao seu lado. Não demorei muito para escolher a música e assim que começei a cantar, Sina sorriu ao ouvir minha voz.

Acho que ela havia descoberto sobre meu talento no dia da festa fantasia e parecia que havia ficado impressionada e completamente apaixonada por minha voz. Acabei por sorrir enquanto cantava a música que talvez fosse uma indireta para ela, mas a garota jamais perceberia aquilo.

"Eu não sei se deveríamos ficar juntos sozinhos, eu ainda tenho uma queda, isso é óbvio.
Se não tem ninguém em volta, oque está nos impedindo? Onde quer que eu vá, você aparece, tanto faz.
Eu não me importo em compartilhar oxigênio, eu só quero ficar perdido em seus pulmões."

Mesmo que ela não entendesse, Sina sorriu para mim com o sorriso mais belo do mundo. Minha voz era um quanto angelical, confesso. Pela sua expressão, imagino que Sina poderia ficar o resto de sua vida me ouvindo cantar, no caso, os seus últimos dezesseis dias.

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