Capítulo 2

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(Perdoem os erros)

Ando pelas ruas lentamente fazendo o mesmo caminho que faço todos os dias, com muito mais frequência nos últimos dias

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Ando pelas ruas lentamente fazendo o mesmo caminho que faço todos os dias, com muito mais frequência nos últimos dias. Acordo de manhã, tomo um banho e visto-me para o trabalho. Passo no apartamento da Amara para saber como ela está todos os dias desde que soube dos bebês, no começo precisava tocar a campainha até que consegui furtivamente fazer uma cópia da chave. Depois de vê-la, saber que está bem apesar das circunstâncias vou embora, passo na minha cafeteria favorita pegar o meu café e só então vou para o escritório. Essa é minha rotina diária, no final do dia volto ao apartamento da Amara para fazer o jantar, ela quase nunca está lá, mas sei que tem se alimentado bem porque quando volto pela manhã o jantar que fiz foi devorado sem hesitação.

Pareço um idiota aos olhos de muitas pessoas, eu sei disso, mas não quero ser mais um daqueles caras que deixa a mulher cuidar de tudo sozinha e não dá a mínima para a situação. Eu sei que serei pai, que isso exige muita responsabilidade, estou pronto para isso. Acho que é isso que a Amara ainda não entendeu, ela olha para mim e vê o Thomas de seis anos atrás com quem ela não podia contar. O idiota, jovem imaturo e irresponsável. Não sou mais esse cara, levei um tempo para amadurecer admito, mas sou diferente agora. Ela notaria se apenas parasse um minuto para prestar atenção e confiasse em mim.

Não estou pedindo um relacionamento para ela, eu sei onde estão os seus limites e apesar de querer muito, não vou forçar a barra ou impor alguma coisa. Se acontecer quero que seja porque tinha que acontecer, mas estando juntos ou não, preciso que ela entenda que pode contar comigo, que vou dar o máximo de mim para ajudar e ser o que nossos filhos precisam. Tenho tentado todos os dias dar o melhor de mim, procuro saber sempre como ela está, do que precisa e mesmo que suas respostas sejam na maioria das vezes "estou bem" "não precisa ficar me ligando" "eu posso cuidar disso", estou lá verificando e fazendo a minha parte, não só porque é minha obrigação, mas porque quero.

Quando conheci a Amara não foi amor à primeira vista, foi tesão e o fato de afetá-la com muita facilidade me chamou a atenção. A persegui por um tempo, fiz de tudo e até piada para os meus amigos virei, mas não liguei para nada disso. Eu queria estar com ela, mesmo que fosse uma vez e a cada encontro os sentimentos ficavam mais intensos até que explodiu. Na época nenhum de nós dois estava pronto para algo à mais além de sexo, era um acordo mutuo de ambas as partes, foi bom e gostoso. Isso rolou por dois anos, mas foi durante o segundo ano que notei algumas coisas e tudo mudou para mim.

Não contei sobre meus sentimentos para Amara, não faria diferença, já sabia sua resposta e de certa maneira não estava pronto para terminar, ainda não estou. Mas a realidade está batendo na minha porta e ela é cruel, a mulher que eu amo não me ama, ela não sente nada por mim e não posso culpá-la porque eu sabia onde estava me metendo quando me envolvi com ela, só não achei que fosse acontecer isso comigo.

- Sonhando acordado? – Jonas estala os dedos na frente no meu rosto, pisco depressa atordoado – Está parado em frente ao balcão olhando para a tabela por cerca de dez minutos completamente em silêncio, já atendi seis clientes e você não pediu nada ainda.

Sua delegada - Série "Café da Gloria" vol 5 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora