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Maya🍭

No outro dia cedinho Gustavo me levou para casa, tinha perdido a aula na faculdade de hoje, então não tive nem pressa pra ir embora.

—Quando que vamo se ver de novo? — perguntou segurando meu rosto entre suas mãos, e eu neguei rindo.

—Tu é malucão né? Se alguém ver cê me agarrando assim, eu tô fodida. — falo, e ele curvou o corpo me dando um selinho e se afastando em seguida, encostando no banco do carro.

—Mané fodida o quê, se tu ver que aquele pau no cu tá de graça pro teu lado pode me chamar, que eu tô doidinho pra arrumar caô com ele. — ele arma um bico com cara de bravo que só deixa ele mais gostoso, minha xereca chega a chorar.

—Tudo bem, tenho que ir agora e acho melhor você fazer o mesmo. — dessa vez eu que puxei ele selando nossos lábios.

—Pô, já tô ansioso pra te ver de novo. — continua esfregando as duas mãos, e eu sorrio.

—Até mais Gusta. — digo abrindo a porta e saio antes que alguém me pegasse saindo do carro de um "desconhecido". Entrei praticamente correndo e na sala encontrei um Pedro furioso. Fodeu.

—O que aconteceu pai? — perguntei fazendo ele notar a minha presença.

—Nada filha, um problema dos grandes na facção, mas aonde tu tava e por que tá vestida com roupa de homem?

—Roupa não tem gênero pai, as roupas são da Mel, eu dormir com elas. — minto, e ele só concorda voltando a atenção para o celular. — pai, eu preciso conversar com o senhor, uma coisa muito importante.

—Pô filhota, pode ser mais tarde? O pai vai ter que resolver esse b.o se não tô morto. — ele diz se levantando e vindo até minha direção, deixando um beijo na testa.

—Tudo bem, não precisa ter pressa nenhuma é só uma coisa boba, boa sorte lá. — saio da sala rapidamente e vou direto para o meu quarto.

A coragem que eu tinha adquirido quando estava com o Gustavo, acabou indo para o ralo.

E quanto a ele, não sabia dizer no que daria, mas eu tinha muito medo pois ele é explosivo, e o Carlos também, cada vez eu me afundava em mais problemas.

Mas esse problema chamado Gustavo eu sentia necessidade de me jogar de cabeça, não sei se é por tudo que vivemos no passado, ou por estar passando por um período de caos na minha vida, porém ao lado dele eu me sinto bem, em paz comigo mesma.

E é tão bom!

Tomei um banho e tirei a roupa do bonito que inclusive estava impregnada com o cheiro dele. Coloquei um pijama e desci para cozinha, encontrando minha mãe corrigindo atividade dos alunos dela.

—Oi mãe. — vou até a mesma abraçando, bem forte.

—Bom dia meu bebê, dormiu aonde?

—Na casa da Mel, por que? — perguntei desconfiada e logo ela me olhou com deboche.

—Liguei para saber de você através do seu tio, e ele me avisou que a Mel tinha chegado sozinha, vai continuar mentindo pra sua mãe?

MAYA [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora