De vonta a Vida.

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Em uma noite fria, uma mulher deu a luz a um bebê, a mulher fraca só teve tempo de dar um nome a seu filho antes de partir com a morte.

O menino ficou aos cuidados do orfanato onde a pobre mulher foi dar a luz. O nome da mulher era Mérope Gaut e seu bebê foi chamado de Tom Marvolo Riddle.

Acompanhando todo o desfecho desta noite estava a figura encapuzada com suas mãos esqueléticas e a foice tão conhecida e descrita pelos mortais.

Ao lado da figura da morte estava um jovem de vinte e três anos, seus cabelos escuros estavam amarados em um rabo de cavalo com alguns fios soltos, os olhos de um verde único brilhavam de forma sobrenatural enquanto observava com atenção uma senhora enrolar o bebê em uma manta velha. 

Toda sua aura indicava poder apesar da aparência jovem e delicada. Seu rosto neutro não demonstrou qualquer emoção diante do que aconteceu, mas seus olhos não deixaram de seguir o bebê silencioso no colo da funcionária do orfanato.

O espírito de Mérope passou por ele com o rosto abatido e foi colhido pela morte que estava parada logo atrás dele.

- você tem certeza de que é isso que quer fazer? – a voz do ser místico soou.

- eu preciso, todos com quem me importei um dia foram mortos. – disse ele com a voz melancólica. – agora eu entendo que não fui capaz de salva-los porque não fui capaz de salvar ele. – Harry apontou para o bebê.

- eu não entendo você. – disse a morte. – você é o mestre da morte, ordene-me para ceifa-lo e eu farei, então no futuro não haverá nenhum Voldemort, e assim você também está salvando a todos, não é?

- não tente brincar comigo morte, você sabe que não podemos fazer isso. – disse Harry com um riso anasalado.

- você que sabe. – devolveu dando de ombros. – você sabe as regras. Então vamos buscar um corpo para você agora ou vamos ficar olhando-o até ele crescer?

Harry revirou os olhos para a impaciente morte e seguiu para fora do orfanato sem se preocupar com as pessoas que estavam em seu caminho, afinal, nenhuma delas poderia vê-lo. A prova disso foi quando duas mulheres com roupas velhas e manchadas passaram por ele, uma deles atravessou Harry e na mesma hora a mulher tremeu.

- o que foi Marry? – perguntou a outra vendo a mulher estremecer.

- senti uma corrente gelada de repente. – respondeu a mulher chamada Marry.

- deve ter alguma entrada de ar no corredor, vou pedir ao senhor Luide para dar uma olhada.

Harry não ouviu mais a conversa delas pois já havia partido. Ele seguiu o pulso invisível que o atraiu até uma ponte. Ele viu o momento em que um homem loiro e muito magro simplesmente saltou, Potter precisava de um corpo mas não pode evitar se sentir um pouco mal pelo homem.

- vá. – foi tudo que a morte disse, então Harry também saltou.

Ele mergulhou e afundou até seus dedos tocarem os cabelos loiros, no momento seguinte a tranquilidade do rio foi quebrada por uma cabeça submergindo em busca de ar.

Ele ofegou e agitou os braço, nadando até a beira da margem onde seu novo corpo encharcado e dolorido caiu entre as folhas e a lama.

- como é estar vivo novamente? – morte perguntou com diversão enquanto ria de forma animalesca.

- horrível. – disse o homem, o que só fez a entidade rir ainda mais.

Três meses se passaram desde a noite em que ele assumiu o controle de um corpo vivo, e nesse tempo Harry estava se adaptando ao novo corpo.

Pelo bem maior.Onde histórias criam vida. Descubra agora