Capítulo 2

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Qual a dificuldade do Wattpad de consertar esse maldito bug de trocar o travessão pelo hífen?

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Tankhun estava decidido a não soltar Chay até a próxima vida.

O garoto já estava na porta da mansão, pronto para entrar no carro, quando o mais velho veio correndo com uma velocidade sobre-humana e o agarrou. Segundo ele, teriam que passar por cima do seu cadáver caso quisessem levá-lo. Foi um sacrifício enorme fazer ele soltar o menino, e só foi possível porque Porchay prometeu para ele que voltaria vivo e em segurança. Mas, claro, não foi totalmente isso que o convenceu.

—Se eles tentarem alguma coisa, eu dou uma bandejada neles—sussurrou, para que ninguém além do mais velho ouvisse.

—Como eu ensinei—reforçou e o menor assentiu.

Após isso, conseguiu se libertar do maior, mas foi logo puxado por Porsche. Apertou o irmão como se fosse o seu porto seguro. Se ele tinha aguentado tanta coisa, havia sido pelo menor, então não faria mal retribuir pelo menos um pouco.

—Eu sinto muito. Se eu tivesse... —Porchay o interrompeu.

—Só iria dar problema, você não tem culpa— disse com convicção. O maior apenas o apertou ainda mais, antes de soltá-lo à contra gosto.

O garoto apenas acenou para todos antes de entrar no carro. Kim não estava lá, o que foi um alívio para ele. Não queria ter que enfrentá-lo de novo, então apenas deu um longo suspiro. Logo sentiu Macau sentar do seu lado e o motorista dar partida.

—Parece até que você foi sentenciado à morte— brincou o menino.

—Para eles eu realmente fui—deu um sorriso fraco. O outro repetiu a ação.

O resto da viagem foi com o carro em um silêncio mortal. Se prestasse bem atenção, poderia escutar a batida do coração de todos ali. Seria uma tortura se o caminho não fosse tão curto, pois logo chegaram na mansão. A porta da frente estava escancarada, dando uma boa visão de todos que estavam sentados em volta de inúmeras mesas. Várias pessoas estavam amontoadas, sendo algumas jogando o que parecia ser pocker e outras montando armas. Mas todos pararam o que estavam fazendo quando eles chegaram. Quem entrou primeiro foi o irmão mais velho de Macau, com uma postura firme, porém com mais leveza do que Chay tinha visto na mansão da família principal. A atmosfera do local ficou automaticamente preenchida por respeito dos homens pelo chefe. Logo em seguida Macau e Porchay entraram, causando uma certa curiosidade pelo último. O pai dos irmãos tinha ido a outro lugar, então não deram o trabalho de apresentar o garoto a todos ali. Mas para sua surpresa, o menino ao seu lado se virou para todos com um olhar sério.

—Se mexerem com ele, vocês estão fudidos—declarou simplesmente e seguiu andando. Chay não achava que tinha sido uma ameaça, já que foi mais um fato. Mas ninguém sabia quem ele era, e que algum santo o ajudasse quando descobrissem.

***

Após ter mostrado o seu quarto, Macau se dignou a mostrar a mansão para Porchay. O lugar era enorme, com mais quartos e cômodos que poderia contar. Com certeza em questão de luxo a família menor se igualava com a família principal. Mas com certeza o lugar que mais impressionou o garoto foi a sala de treinamento. Todo o lugar era lotado de armas, sendo algumas expostas em murais e outras empilhadas em prateleiras. Espalhados pelo cômodo também havia sacos de boxe, e mais no fundo da sala tinha cinco corredores separados por altos muros de pedra, sendo que no final de cada um deles tinha um alvo com forma humana.

—Você sabe atirar? —perguntou para Macau. Ele o encarou com um sorriso zombeteiro.

—Já estaria morto se não soubesse.

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