↬Capítulo 9: Eu quero...

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Harry

O dia passou bem mais lento do que eu esperava, o que não foi nada bom. Eu estava ansioso pela noite.

Talvez porquê assim eu poderia finalmente descansar.

Ou talvez....

Eu estivesse ansioso para vê-lo.

Mas eu com certeza não admitiria isso em voz alta, nunca. Posso estar ajudando ele, e talvez até não esteja me incomodando com isso, mas eu ainda tenho meu orgulho.

Suspirei pela décima vez do dia enquanto estávamos no jantar. O dia finalmente estava acabando, isso era ótimo.

-O que foi Harry? Você passou o dia todo suspirando, eu já estou ficando preocupada.- disse Hermione após parar de ler um livro qualquer e me olhar com uma expressão duvidosa.

-Ha! Você está até parecendo uma menininha apaixonada, Harry.- Ron dizia enquanto comia um pedaço de frango.

Meu rosto esquentou no momento em que a oração de Ron tinha acabado. Na mesma hora eu virei meu rosto para o lado tampando minha boca com minha mão esquerda.

Hermione, em meu lado direito, repreendeu Ron por dizer de boca cheia enquanto ele se desculpava, por causa dos tapas que levava da loira molesta.

Respirei fundo tentando me acalmar, mas isso só piorou meu estado quando eu me lembrei de um certo garoto arrogante de cabelos platinados.

"Droga! Não se lembre dele agora!" Eu pensei quando meu rosto somente começou a esquentar mais.

Hermione, estranhada pela minha reação, tocou em meu ombro e decidiu perguntar.

-Harry? Você está bem? Está com febre?- Ela dizia tocando minha testa com sua mão.

-Eu estou bem Hermione, só estou com um pouco de frio.- eu sorri tentando parecer convencido.

Ela apenas me olhou por alguns longos segundos, me fazendo pensar que eu não tinha conseguido a convencer. Mas depois apenas sorriu para mim e voltou a ler seu livro, enquanto pedia para Ron comer de modo mais lento.

Os dois já haviam me perguntado mais cedo o porque da minha decisão de voltar as aulas de repente. Coisa que eu respondi com uma mera desculpa que já estava melhor e que já tinha faltado muito.

Hermione por um lado ficou agradecida por eu não agir como um vagabundo que não dá atenção nas matérias, pois isso faria mal ao meu futuro.

Ron por outro lado, me bombardeou de perguntas do tipo: "Sabia que você poderia ter aproveitado mais, não é? Ninguém iria perceber. Era só dizer que você ainda estava mal."

Bem a cara dele. Aposto que se ele pudesse, e se estivesse em meu lugar, nunca teria voltado as aulas.

Quando eu acabei com o suco de laranja que habitava em meu copo, rapidamente me despedí de meus amigos e sai do salão principal.

Já haviam sido quatro dias desde o acidente, murmúrios sobre isso ainda eram muito comuns pelos corredores de Hogwarts (o que não me impressiona).

Mas desde esse dia, a única coisa que foi falado sobre isso, pela parte dos professores, era só que 'não precisávamos nós preocupar' e que 'estava tudo sobre controle'. Mas todos, sem notícias sobre o Malfoy.

Mas agora, menos eu, é claro.

Acho que eu devo ser realmente teimoso para decidir invadir, no meio da noite, a enfermaria para poder saber como está o meu inimigo de infância.

Eu deveria obedecer os professores e esperar por novidades? Sim.

Mas porque, se eu posso ter novidades sobre o estado dele quando eu quiser?

E eu quero.

Eu quero saber como ele está.

Eu quero saber se ele está com dor.

Eu quero saber se ele está bem.

Eu quero saber de tudo.




𝐸 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑜 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑟 𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑜.

𝐸 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑜 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑟 𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑜

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702 palavras, 27/03/22, 10:10

-Saki

Red Blood - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora