↬Capítulo 11: Doninha idiota...

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-Harry? Harry?- Sons distantes que me chamavam ecoavam em meus ouvidos.

-Harry, acorda!- abri meus olhos assustado e arrumei meus óculos em meu rosto.

Pisquei algumas vezes e depois olhei confundido para os donos das vozes. Hermione e Ron estavam em pé ao meu lado. A loira me olhava preocupada, e o garoto confundido.

-Ah...Sim?- Eu perguntei tentando me lembrar o porquê de suas caras estranhas.

Eu não havia feito nada de errado, não dessa vez.

-Harry, nós estávamos tentando te acordar já faz cinco minutos.- dizia Hermione.

-A aula do professor Binns é entediante, eu sei, mas esse sono pesado aí não pode ser causado só pela aula dele não, amigo.- dessa vez anunciava Ron.

-Você está dormindo bem, não é, Harry?- Hermione me perguntou com um olhar misto de preocupação e raiva.

-Claro que estou, Hermione, porquê a pergunta?- os dois me olharam como se a resposta fosse óbvia.

-Eu só não tomei um bom café da manhã, deve ter sido isso.- eu sorri tentando parecer convencido enquanto me levantava e guardava meus materiais.

Após os dois concordarem ainda um pouco desconfiados, saímos da sala para o almoço.

Enquanto passávamos pelos corredores, passamos pela frente da enfermaria.

Eu não sabia se era uma boa idéia...

-Sabem, eu acho melhor eu pegar uma poção para ficar acordado.... Vocês sabem, para não dormir no resto das aulas.- Não era uma boa desculpa, mas era a única que eu tinha.

Cocei meu pescoço nervosamente e olhei para os dois com um sorriso.

-Claro, quer que nós te acompanhemos?- Hermione se aproximou.

-Não!- Eles me olharam assustados.

-Quer dizer.... Não precisa, madame Pomfrey sempre fica irritada quando tem muita gente na enfermaria.- eu dizia enquanto andava em direção a porta e pegava a maçaneta.

-Podem ir, eu alcanço vocês no salão principal.- sorri e entrei na sala após ouvir a confirmação deles.

Suspirei ao fechar a porta atrás de mim. Agora já de dia, eu conseguia ver com clareza as paredes e camas brancas.

Por sorte, não havia ninguém aqui, ninguém tirando eu e o paciente na segunda cama da parede direita.

Ele ainda continuava dormido, mas dessa vez seu rosto brilhava com a luz do sol, e não da lua.

Quando eu ia dar um passo em sua direção, eu ouvi um barulho vindo da sala ao lado.

De uma porta saiu uma moça loira, com um uniforme de enfermeira e uma expressão calma.

-Ah! Senhor Potter, não me diga que é algum osso quebrado novamente!- Ela dizia enquanto se aproximava da única cama em uso e colocava um pano na testa do paciente.

A enfermeira já estava muito acostumada com meus acidentes. Ossos de todas as partes do corpo quebrados, braços sem ossos, desmaios frequentes, dores de cabeça e muito mais.

Eu vinha aqui tantas vezes que poderia se dizer que nós já tínhamos uma amizade, ou algo do tipo.

Madame Pomfrey cuidava tanto de mim (mesmo que esse fosse seu trabalho) que eu a via como uma figura materna.

Tanto que às vezes eu até a chamava de 'Tia Poppy'. E mesmo que ela atuasse como se estivesse irritada com o apelido, ela nunca me pedia para deixar de chamá-la assim.

Red Blood - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora