- escreva poemas;

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data de publicação: 27/06/2022
quantidade de palavras: 2.000

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quinta-feira

A manhã estava ensolarada, se destacando entre as manhãs nubladas e chuvosas, parecendo iluminar o bom humor de todos que se permitiam tocar o Sol com suas peles coradas.

Mas, embora contente, Mike estava estranhamente nervoso, como dificilmente se sentia. Era um nervosismo que corria dentro de si como seu próprio sangue, podendo ouvir o sentimento em seus ouvidos e senti-lo em sua língua.

Tudo isso por causa de um poema anônimo.

O papel bege estava em sua mão, sentindo seus tremores em suas moléculas de papel, Mike sequer sabia seus nomes.

Precisava encontrar um lugar em que ficaria óbvio para Will, mas não muito óbvio, e também não escondido.

Suspirou alto, ouvindo o chuveiro sendo fechado, e se levantou da cama em um pulo, sentindo seu coração quase lhe deixar o peito como em um desenho animado.

Em dois passos, estava na escrivaninha do Byers, e deixou seu envelope delicado abaixo de um vaso de madeira com erva cidreira e algumas flores pequenas de coloração rosada e amarelada, Will tratava as flores como suas filhas, sempre regando, fazendo questão de deixá-las no Sol e sorrindo pequeno ao vê-las crescer. Era extremamente adorável.

Se virou em um pulo culpado ao ouvir a porta do quarto se abrir, com Will usando um shorts jeans curto com desenhos de canetinha colorida, uma camisa longa listrada e seu costumeiro cardigã, secando seus cabelos castanhos, já usando seu óculos redondo e fofo. Mike sorriu quadrado, ganhando um riso solto do menor.

"Você parece aquelas crianças que foram pegas fazendo algo errado." Comentou, descontraído, buscando sua bolsa ao lado da cama. Seu perfume era igualmente florido, Mike não sabia dizer se era seu perfume natural ou comprado, mas definitivamente pertencia apenas a ele, o seguindo em cada pequeno passo.

"Você me pegou, eu estava prestes a roubar seu livro do Monet." Brincou, e Will arregalou os olhos, sorrindo aliviado ao notar a feição divertida no rosto do garoto.

"Você me assustou de verdade, Mike." O reprovou, mas ele sorria, então estava tudo bem. O Wheeler sorriu em resposta. "Vamos? Temos aula hoje." O lembrou, rindo.

Mike suspirou. "Infelizmente."

"Qual é, Wheeler, não seja cínico."

"Não estou sendo cínico!" Pegou sua bolsa, caminhando para fora ao lado do Byers.

Will riu, parando no corredor, fazendo com que Mike ficasse parado com ele, preso ali. Sua respiração falhou momentaneamente. "Você é um pessimista cínico, admita!"

Mike pousou a mão em seu peito, fingindo estar ofendido.

"Como ousa falar assim de mim, Byers?" Exagerou em sua voz, empinando o nariz, fazendo com que Will risse como uma criança fofa.

O Byers empurrou seus ombros, fazendo com que Mike quase caísse, e saiu correndo porta afora. O Wheeler riu alto, chocado, mas logo retornou a si, correndo atrás de Will pelo corredor, não se importando com os alunos que saíam de seus dormitórios, enquanto gritava o nome do menor, suas risadas se encontrando na distância de seus corpos, e no momento nada importava a não ser eles.

Mike nunca esteve tão feliz. Will nunca riu tanto. E tudo ficaria bem.

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go for it, michael × byler;Onde histórias criam vida. Descubra agora