IV

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Sabo não sabia ao certo para onde estava indo. Ele apenas seguia um caminho que os deixava longe daqueles três, principalmente de Ivankov. Odiava quando a rainha fazia isso, porque ela sabia mais do que ninguém o quão tímido o loiro era para lidar com... esse tipo de situação.

– Onde vamos?

– Qualquer lugar longe deles

– Bem, eles já estão bem longe – A mulher apertou a mão de Sabo que se sentiu aliviado de toda aquela tensão que estava sentindo – Percebi que ela é sempre assim, não precisa ficar irritado

– Isso te incomodou?

– Não como eu achei que fosse – Não foi uma resposta que ele entendeu completamente mas deixou passar – Tá tudo bem, eu não deveria ter feito aquilo

– Você se arrependeu?

– Fica calmo – Só assim, Sabo percebeu o quão sua respiração estava acelerada – Eu consigo sentir seu nervosismo

– Isso é injusto – Sabo deixou um sorriso escapar

– Por que seria?

– Por que eu não consigo saber se se sente como eu

– Não me arrependi. Só recuei por que... você me pareceu assustado

– Não! Não fiquei... não foi assim, é que... eu... droga – Sabo suspirou percebendo como sua mente ainda estava uma tremenda confusão por conta disso e o quanto ele gostaria de parar de ficar nervoso na frente da mulher – Só me pegou de surpresa, não esperava. Eu é quem deveria ter dado o primeiro passo...

– Bobeira – S/n deu de ombros e mudou a posição que estavam segurando as mãos deixando que os dedos se entrelaçassem – Eu quis. E eu decidi por aquilo.

– Isso significa que quer me beijar de novo? – Sabo não soube de onde tirou aquelas palavras ou de onde surgiu a coragem de falar daquela forma como se já estivesse acostumado a galantear mulheres

– Quero. – Ambos sorriram – Mas eu não sei para onde está me levando e eu prefiro não ir lá fora

O loiro olhou pela janela e viu que estava anoitecendo e talvez a mulher não estivesse afim de ficar sem enxergar no momento, pelo menos não agora em que tinha admitido querer beijá-lo. E Sabo realmente preferia que fosse a olhando nos olhos, que ela visse cada detalhe do quanto ele gostava dela.

– E pra onde você gostaria de ir?

– Comer

Sabo sorriu.

– Certo, vou te levar pra comer mas... você vai ter que colocar aquela sua venda por um tempo

– Surpresa?

– Talvez

Não sabia que tipo de surpresa faria pra ela, mas de toda forma quando chegasse na cozinha daria um jeito. Apenas alguma coisa para poder ficar com ela e talvez esquecer que no dia seguinte teriam que ir encontrar o Ruivo e sua irmã.

– Está preocupado com amanhã?

– Um pouco mas não é nada demais, vem – Sabo a puxou mas ela parou o fazendo se virar – O que foi? Vou te levar pra comer

– Bem, acho que posso fazer o contrário

– Como?

S/n puxou a venda de sua cintura e cobriu os olhos do homem antes de prender bem firme em sua cabeça. Sabo não conseguia tirar o sorriso do rosto, por algum motivo em específico que não era tão importante para si naquele momento.

MIND OVER MATTER - SaboOnde histórias criam vida. Descubra agora