Livro 2
Junniper Hellen Leblanc passou por tantas situações ruins, que por incrível que pareça, pegou trauma de homens bonitos, viver com seus três irmãos, incrivelmente lindos, dificultou muito sua vida.
Domenico sempre teve tudo e todos aos seus p...
⚠️ Nesse capitulo pode haver muitos gatilhos, principalmente relacionado a suicídio ⚠️
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Junniper Hellen, 8 anos de idade.
Apertei minha pelúcia de gato e encarei minha mãe.
Estive tão preocupada com mamãe, que não consegui dormir de noite, ela tem gritado e chorado muito.
- Mamãe, você prometeu que iríamos tomar sorvete hoje! _Seria a primeira vez que íamos sair juntas. _Por favor, mamãe, desce daí!
Pedi encarando minha mãe, que estava com o corpo preso por uma corda. Uma corda em volta do pescoço.
- Mamãe?
Chamei ela e não tive resposta.
- JULIANA!
Ouvi o grito de meu pai, e no momento seguinte ele estava na frente de minha mãe, chorando e gritando por ajuda.
Encarei o corpo no ar.
Eu não sinto nada.
Um tempo depois...
Encarei meu pai jogado sobre o sofá, várias garrafas em volta dele e ele chorava.
- Minha bebê... _ Ele me chamou e eu apenas continuei a olhar de longe._ Você é tão parecida com ela.
Ele se levantou do sofá e eu me afastei, senti que deveria me afastar, então o fiz.
- Isso é culpa sua! _ Ele me acusou e eu o olhei, eu não sinto nada..._ Me devolva minha mulher, por favor!
Ele caiu de joelhos em minha frente e agarrou meus ombros, me sacudindo.
- Por favor, eu faço qualquer coisa... Você não deveria ter nascido, isso é culpa sua! Por favor, Juliana...
Eu realmente não sinto nada...
Junniper Hellen, 9 anos de idade.
- Eu sinto muito bebê, você me entende não é? _ Meu pai me abraçou com força, e acariciou meus cabelos._ Você não merece um pai covarde igual a mim.
Encarei tia Jullieta, que nos olhava a uma boa distância, minhas coisas estavam na mão de tio Rommeu, ele me encarava de um jeito carinhoso.
- Eu não quero te fazer sofrer, você ficará melhor longe de mim._ Ele desfez o abraço e acariciou meu rosto._ Espero que um dia, você possa me perdoar, Junna, papai te ama.
Apertei meus punhos.
Se me ama tanto quanto diz, por que está me abandonando? Por que me julgou, como todos me julgaram? Por que não me deixou ver minha mãe uma última vez?
Guardei meus pensamentos e apenas o encarei.
Eu não sinto nada.
Junna Hellen, 10 anos de idade.
Olhei pela janela e vi a família feliz brincando no Jardim, tia Julietta e tio Rommeu, nunca estão em casa, mas quando estão, são sempre carinhosos e brincam com os meninos.
Dês de que fui adotada pela minha tia, não sai do quarto, não tive motivos pra isso.
Eu não os odeio, são bons comigo, não merecem ouvir comentários desagradáveis por minha causa.
Eu passo o tempo todo trancada lendo.
Tirei o olhar da janela, ao ouvir batidas na porta.
- Senhorita, eu trouxe os biscoitos de Damasco que me pediu.
A babá de meus primos, entrou em meu quarto, sorridente, com um prato de biscoito nas mãos.
Foi a primeira coisa que eu pedi, dês do dia que vim pra cá.
- Sabe que pode me pedir o que quiser, não é mesmo pequena senhorita? _ Desviei meu olhar pro livro em meu colo._ Não irei te atrapalhar, quaquer coisa, é só me chamar.
Comi todos os 7 biscoitos, em quanto olhava a janela.
Ela não sabe que sou alérgica a damasco, mas eu sei.
Mesmo assim eu pedi os biscoitos.
Eu sou uma criança, mas não sou boba.
Sorri ao senti meu corpo coçar e minha língua inchar.
Apertei meu peito e cai no chão, olhei a porta se abrir e fechei meus olhos.
Talvez em vez de não sentir nada, eu apenas não queria sentir mais.
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Um pouco das memórias de Junniper, de vez em quando, irei soltar esses extras com memórias dela.
Junna ainda tem muito pra mostrar, ela precisa de muito amor, carinho e de atenção.
