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Capítulo 3: homens maus têm o que merecem

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Capítulo 3: homens maus têm o que merecem

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Morte, algo que para muitos é o fim, mas não para mim. Considero um rito de passagem de uma vida dolorida para a chama ardente do inferno ou da paz eterna. No meu caso, a morte me faz aproveitar os prazeres mundanos e aproveitar cada mínimo segundo vivo, até porque, se nem os mais santos da igreja conseguem redenção de Deus, não há chances de nem um mísero dedo meu ascender aos céus.

Bom, eu achava que a morte não devia ser tão temida e nunca estive tão enganado, até porque, hoje eu entendo seu verdadeiro significado. O espírito que se vai desse plano é o que menos precisa ser acudido, uma vez que sua caminhada chegou ao fim. Independente da crença, essa vida nunca mais se repetirá da maneira exata. Contudo, a pobre alma desolada que continua vagando sobre a Terra sofre pela perda. Eu sou a pobre alma desolada.

 Eu tenho uma certeza: nunca mais quero experimentar essa dor de novo. É diferente e muito mais forte do que qualquer outra que já senti. Já levei tiros, facadas, choques, mas nada dói tanto igual meu coração nesse momento. É um buraco no meu peito implorando para ser preenchido, mesmo sendo impossível. Temo caso seja um buraco negro e sugue para dentro de si todas as migalhas restantes de humanidade do meu corpo.

Por isso, como todo assassino a sangue-frio faria, fui chorar no colo de minha mãe.

─ O mundo de hoje está perdido, meu filho ─ ela diz com a voz doce e acaricia meus cachos enquanto lágrimas grossas rolam em meu rosto e molham seu vestido. ─ Como tiveram coragem de envenenar aquela pobre gatinha?

É. Eu não pude dizer que minha gata foi mortacom uma facada na minha mansão pela minha stalker, por isso inventei umadesculpa de que jogaram veneno para ela no quintal de casa, essa que compreiespecialmente para ser meu disfarce diante da minha família.

─ Eu também não sei. ─ Me engasgo em minhaspróprias lágrimas. ─ M-mamãe, faz essa dor parar, por favor ─ imploro e abraçomais seu tronco antes de me afundar mais em suas coxas.

Mamãe afaga meus cachos, fazendo uma massagem gostosa em meu couro cabeludo enquanto sussurra palavras reconfortantes e diz que tudo vai ficar bem. Mesmo sabendo que a situação não mudou em nada, que minha gata ainda está morta e que a stalker ainda está viva, sinto um conforto a mais em meu peito apenas pelas suas palavras.

Depois de um tempo, meu choro foi diminuindo até parar e sobrar apenas minhas fungadas e nariz inchado. Continuo no colo dela com o corpo deitado encolhido no sofá pequeno e a cabeça apoiada em suas coxas enquanto assistimos ao jornal. Na verdade, ela assiste, eu apenas estou olhando as imagens coloridas passando na tela pensando em Harriet.

Meus ouvidos focam levemente na matéria e opouco que escutei me faz prestar atenção, me levantando depois de umas boashoras deitado e me ajeitando no sofá.

𝗧𝗲𝗿𝗺𝗶𝗻𝗮 𝗻𝗼 "𝗲𝘂 𝘁𝗲 𝗮𝗺𝗼" - 𝗙𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰 𝗟𝗮𝗿𝗿𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora