𝟬𝟴. 𝗖𝗮𝘀𝘀𝗶𝗲

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𝗛𝗮𝘄𝗸𝗶𝗻𝘀, 𝗜𝗻𝗱𝗶𝗮𝗻𝗮 𝟭𝟵𝟴𝟲 [𝗮𝘁𝘂𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲]

Escrevo a última carta e escrevo no verso o nome "Lily", a carta é endereçada á minha irmã

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Escrevo a última carta e escrevo no verso o nome "Lily", a carta é endereçada á minha irmã. Por que eu estava escrevendo cartas, bem, eu tenho quase certeza - talvez tenha alguma esperança no fim do túnel - de que irei morrer hoje - ou nas próximas 24 horas - então, escrevi algumas cartas, para pessoas importantes para mim.

- Sei que estão me encarando - falo ainda de costas para o grupo que estava sentado no sofá que tinha no porão dos Wheeler's

- Oi? - eles falam fingindo estarem confusos

- precisa de algo? - ouço Dustin perguntar

- Só estamos de boa - Steve fala

- Não sei por que acham que ficar secando minha cabeça vai me proteger do Vecna, mas ok - falo organizando as cartas. Me levanto e ando até eles - podem me olhar agora - falo vendo que eles continuam fingindo estar distraídos

- Valeu

- Foi mal

- Pra você - digo entregando a primeira carta ao Dustin - vai, pega - digo vendo que ele estava exitando em pegar a carta - essa é pra você - entrego uma carta ao Lucas - uma para você - agora entrego a carta da Max. Deixei a carta mais "importante" para o final - e Steve, essa é para você... Ah, e entreguem essa a Robin, On, Mike e Will - entrego mais quatro cartas para o Dustin - se algum dia os verem de novo - Steve é o único que começa a abrir a carta, então eu rapidamente o paro - O que está fazendo? Não é para abrir agora, seria muito vergonhoso para mim, quer me fazer passar vergonha nas minhas últimas horas de vida?

- Ok, desculpa aí, e pare com esse negócio

- Que negócio? - pergunto confusa

- "Minhas últimas horas de vida", nós vamos dar um jeito de te salvar, tá legal? Eu prometo - Ele diz confiante

- Obrigada Steve, mas esse papo não vai me convencer, posso até para com o papinho de últimas horas de vida, mas isso infelizmente não muda nada

- Tá, ainda nesse tópico de morte e tudo mais, me desculpe, mas, o que é isto? - Dustin questiona

- É...só por segurança - respondo um pouco exitante - para depois. Para caso não dê certo. Nas cartas, eu escrevi algumas coisas que sempre quis falar mas não tive coragem, e olha, eu prometo que, se eu não morrer, vou falar pessoalmente as coisas que não tive coragem

- Ei, Cass, vai dar certo, aí você vai poder nos dizer as coisas pessoalmente - Lucas diz

- Não - respondo rapidamente - não precisam me confortar, dizendo que vai dar tudo certo, por que eu sei que não é verdade, não é a primeira vez que lutamos com algo sobrenatural, eu sei como acaba, por que sempre acaba do mesmo jeito, alguém sempre morre no final - Eles prestam muita atenção no que eu digo, e parecem refletir sobre isso - na minha primeira vez, ninguém morreu, mas quase aconteceu, caso não lembrem, a On poderia ter morrido fechando o portal, o devorador de mentes poderia ter matado o Will antes de conseguirem tirar ele. Na segunda, o Hopper morreu, meu pai morreu, a minha irmã e o Billy também morreram, e ainda teve as vítimas do devorador de mentes. Então não venham com esse papinho de "tudo vai ficar bem" ou "vamos salvar o mundo, relaxa", eu sei que não é verdade, pelo menos, não dessa vez - todos estavam em silêncio, parecia que não se atreviam a respirar, como ninguém falou nada, eu continuei - É claro que esse babaca ia me amaldiçoar. Eu devia ter imaginado - eles continuaram em silêncio. Respirei fundo e fui até a mesa onde estava o Walkie Talkie do Dustin.

- Se formos para Zona Leste, dá para alcançar Pennhurst? - pergunto

- Claro - Dustin responde saindo dos seus pensamentos

- Por que estamos falando de lá? - Steve pergunta confuso. Eu encaro o garoto, ele pareceu entender meu olhar e respondeu - Não, não e não

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Eu tinha acabado de sair da casa dos Wheeler - eu estava indo até a rua um pouco mais acima -, os garotos estavam bem atrás de mim.

- Cass, é serio - Steve fala tentando acompanhar minha caminhada - falo sério. Não vou te levar a lugar nenhum

- Se acha que vou passar o provável último dia da minha vida na pocilga que é o porão do Mike, você com certeza não me conhece - falo caminhando mais rápido - ou me leva onde preciso ir ou me amarra, o que seria um sequestro. E se eu viver mais um dia que seja, nem que for só por uma hora, juro que te processo - tínhamos chegado ao carro do Steve, então puxo a maçaneta da porta, porém, ela não abre - abra a porta

- Não - ele diz de um jeito debochado

- conheço um bom advogado

- Não me importo

- Vai começar a se importar quando receber um processo

- Está blefando

- Estou Steve? Será? - ele ficou quieto, pareceu está pensando - Steve Harrington, abra essa porta agora.

O garoto se vê por vencido, e então abra a porta do carro

- Henderson, acho bom esse seu Walkie Talkie alcançar Pennhurst - Steve diz ameaçando o cacheado. Antes de entrar no carro, eu observo a casa dos Wheeler's uma última vez e então finalmente entro no carro, fechando a porta logo após entrar.


𝗩𝗲𝗰𝗻𝗮'𝘀 𝗖𝘂𝗿𝘀𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora