A baixo dos meus pés

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Tive que me adaptar a viver entre aspas sozinha, afinal eu tinha os seguranças, meus professores e as empregadas que faziam tudo pra mim, eu também tenho uma amiga de confiança a Jeniffer que na maior parte das vezes estamos conversando de forma online, faço isso pela sua segurança afinal não quero perder mais uma pessoa importante na minha vida. Eu a conheci em uma boate famosa na nossa cidade, eu estava sentada no bar enquanto bebia apenas um copo de refri, ela sentou na cadeira ao meu lado e pediu uma dose de tequila, ela estava com a maquiagem borrada, tinha uns arranhões e algumas marcas pelo corpo roxa, dava pra ver a marca da aliança em seu dedo na mão direita e estava chorando muito, obviamente ela era casada e estava sendo agredida pelo próprio marido, eu virei pro garçom e falei duas doses uma pra mim e outra para ela, a partir daí nós começamos a conversar, ela me contou tudo sobre a sua vida, acabou chorando horrores, bebemos mais, dançamos muito juntas e dei a ideia da gente se divertir com outros caras. 
  Você não achou que eu fosse virgem né?  Nós acordamos no outro dia, peguei o número dela e eu a deixei em casa, após isso passei o resto do dia vigiando seu ex marido, pesquisei tudo sobre sua vida e vi o quão babaca esse cara era, ele já tinha umas fixas criminais por histórico de agressão e raiva, já havia se envolvido em várias brigas tanto com homens quanto com mulheres, após passar o dia o vigiando quando anoiteceu eu o vi saindo com uma garota alguns anos mais novas que ele, aquilo me deixou com tanto nojo, um homem velho extorquindo uma garota de apenas dezoito anos, pra mim foi o melhor motivo para enfiar uma bala em sua cabeça e assim eu fiz. A Jeniffer ficou bem abalada com a morte de seu ex marido, mas ela sentiu um alívio por saber que não vai mais passar pelo o que ela passava, com medo de apanhar ou de ser morta por um homem nojento e imundo.
  Alguns meses se passaram e a Jeniffer me falou um dia que eu precisava de encontrar alguém pra dividir minha vida, eu falei no quão fria eu era em relação a homens, ela sabia o quão solitária eu era e de certa forma ela queria me ajudar, mas eu nunca precisei de ninguém, sempre fiz tudo sozinha e sem dizer com o risco que seria de colocar alguém assim na minha vida, as chances deu entrar na mesma vida que o meu pai tinha eram enormes, mas a diferença seria que esse tal pretendente não saberia sobre essa minha segunda vida, quem iria namorar uma mulher que tem sangue nas mãos? Sem dizer que sou dona de uma máfia.   
  Incrivelmente nessa mesma noite como de rotina eu estava no bar, um homem alto, musculoso, com os olhos azuis, com um sorriso cativante e de terno sentou justo do meu lado, ele pediu para o garçom as duas melhores bebidas da casa, eu olhei no seu rosto e perguntei se ele não estava vendo que eu já estava bebendo a minha bebida, ele me chamou de marrenta e deu um sorriso como todos os outros homens sempre fazem, eu perguntei com quantas ele fazia isso e ele riu, e de forma sincera respondeu que foram com muitas. Bem um homem como os outros diria que apenas comigo, mas essa resposta me deixou interessada, afinal todos os homens mentem e ele não era um completo desperdício, eu peguei as duas bebidas que ele havia pedido e virei de uma vez, eu dei um sorriso debochado e pedi outra, acabamos conversando e eu o chamei para um motel, ele pegou seu carro e me pediu pra entrar para irmos, eu claramente falei que iríamos no meu carro, peguei minha Mercedes e ele ficou completamente chocado, afinal essa minha carinha engana bem.

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