─ Ouvir falar que você defendeu uma beleza da Besta de Fogo.
Dong Hua exclamou um "o" inexpressivo, mas parecia indiferente ao comentário de Lian Song quando perguntou suavemente:
─ Eles a acham uma beleza?
A mão de Lian Song parou acima da peça do tabuleiro de xadrez que ele ia mover e seus olhos mostraram surpresa quando olhou para o amigo.
─ O falatório dessa manhã é verdadeiro?
Dong Hua apertou os lábios numa linha fina e movendo uma das suas peças no jogo, sua língua afiada apareceu para o terceiro príncipe:
─ Estamos jogando xadrez ou fofocando?
Lian não teve resposta e para acabar com aquele momento desconfortável mudou o tema da conversa deles:
─ Quando vai para o Vale Fan Yin*?
─ Logo.
Lian moveu outra peça e errou a jogada, mas o Di Jun não percebeu ― ele estava olhando para a área leste nos arredores do seu palácio e acompanhando seu olhar o príncipe vincou a testa, vendo a rainha das Terras Orientais de Qing Qiu parecendo muito entediada num almoço improvisado com o filho de um importante lorde do clã Celestial na margem do lago Pundarika ― Que coragem ela tinha para estar numa atividade tão mundana perto do respeitado palácio Tai Chen.
Dong Hua olhou para o tabuleiro e Lian perguntou:
─ Não é a sobrinha de Bai Qian?
O antigo Mestre do Universo só moveu os ombros e numa só jogada venceu aquela rodada entre eles.
Lian expeliu o ar. Nunca vencia Dong Hua e se concentrando no casal perto do lago percebeu que, apesar de não estar consumindo muita bebida alcoólica, Bai Feng Jiu parecia prestes a desmaiar de sono no tampo da mesa que estava compartilhando com o imortal celestial.
─ Pobrezinha. Ela parece estar morrendo de tédio.
Dong Hua não respondeu, mas com um movimento de mão seu o tabuleiro de xadrez com as peças desapareceu e Lian foi abertamente dispensado por ele:
─ Acho que está na sua hora.
Com a boca aberta num "o" e um novo brilho de surpresa no olhar o príncipe sorriu quando o olhou.
Dong Hua tragando vinagre* era uma novidade única, pela qual estava valendo a pena ser expulso e quando ele desapareceu na sua névoa amarela o Di Jun surpreendeu o imortal tagarela que fez Feng Jiu bocejar sem para até ela cair adormecida na mesa:
─ Acho que todo seu falatório inacabável não foi suficiente para manter o interesse dela.
─ Majes...Majes...
Dong Hua colocou um dedo nos lábios como sinal para ele calar e magicamente moveu Feng Jiu para os seus braços antes de desaparecer com ela na sua névoa púrpura. Mas, o jovem imortal estava muito chocado para se mover da sua cadeira à margem do lago Pundarika e quando Dong Hua tentou colocá-la no divã do seu ateliê, pela segunda vez, a pequena raposa se recusou a soltar o manto dele.
Ele aspirou e para não a acordar tirou seu manto para a cobrir com ele quando com os olhos fechados ela esticou seus bracinhos, virando seu peito para o encosto alto do divã com um sorriso suave no rosto e nas próximas horas quando acordou a rainha se assustou com o reconhecimento de estar no ateliê dele.
Como tinha ido parar nele? Ela caiu do divã e numa tentativa de manter sua dignidade massageou a área machucada, só que estava mais preocupada com a ideia de por que estava ali.
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A Saga Três Vidas, Três Mundos: Always
FanfictionE se o amor de Dong Hua com Bai Feng Jiu pudesse estar destinado? E se Dong Hua tivesse que voltar a ser o Rei dos Deuses? Como seria o futuro dos Quatro Mares e Oito Desertos? E Feng Jiu pode ser uma Alta Deusa tão respeitada quanto sua tia Bai Qia...