Quando saiu de casa naquela manhã, Amara realmente não esperava se tornar refém do maior assalto de todos os tempos, muito menos criar sentimentos por um de seus sequestradores.
Rio + O.C fem/ Amara.
Universo La Casa de Papel Coreia.
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'A simplicidade é o último grau de sofisticação'
Leonardo da Vinci
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—— Pessoal, vamos chegar em alguns minutos, garantam que vão descer do ônibus com tudo na bolsa...
Foi a última coisa que a mulher se obrigou a entender, antes de fechar os olhos, tentando ignorar os hormônios crescentes naquele espaço. Ela agradecia não usar aparelho auditivo naquele momento, em que certamente haviam vários alunos falando ao mesmo tempo.
Ela tinha um projeto para entregar em três dias, e uma encomenda de um quadro para terminar. Era seu real começo como uma artista, por mais que seu pai odiasse, sua maior paixão era desenhar e pintar.
Amara estava sentada ao lado da irmã, a cabeça encostada contra a janela, que mostrava o caminho percorrido pela unidade escolar, porém, seus olhos se mantinham fechados, e nada a incomodava, desde que nem um mísero som passava por seus tímpanos.
Ela havia desistido, dolorosamente, de usar aparelhos auditivos anos antes, por motivos nunca ditos a qualquer pessoa, guardados em sua mente quase blindada de dor.
Além da professora e do motorista, a Kim era única pessoa adulta em todo o veículo, repleto de estudantes eufóricos por um dia fora do tédio constate das aulas que consumiam suas vidas jovens, ela não poderia os julgar, desde que em seus lugares, estaria tão animada quanto. Não era o caso no entanto, estava ali única e exclusivamente por Anne, que sempre conseguia o que queria com um sorriso bonito e olhinhos brilhantes.
Desde que nasceu, anos depois de Amara, e em solo norte-americano, a garota era amada por todos ao seu redor. Inclusive pela própria irmã.
Amara não a odiava, nunca, amava a irmã mais do que tudo em sua vida, mas não deixava de ser verdade que a mais nova era muito mimada.
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