Ciclo.

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tw: Pornô, suicídio, gatilho de abuso sexual e estrupo. Gatilho auto mutilação e muita depressão.

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Após dois dias a turma ainda tentava arrumar um jeito de voltar ao mundo dos bruxos.
Luz estava preocupada com sua família da casa da coruja e seus amigos que estavam lá, ela temia que o Colecionador machucasse algum deles.
Gus por outro lado estava arrasado sem sua família por perto. Se sentia preso em um armário em que, não havia chaves para sair. Por mais que ele gritasse, ninguém o vinha ajudar com a ajuda que ele queria: ir pra casa.
Hunter estava isolado nesses dias. Como sempre. Ele vem pensando nas palavras de Camila, e um terço da culpa desapareceu. Porém, não a torna invisível ou sem existência. Willow sempre esteve ali perto com ele, porém eles não tiveram mais uma conversa profunda após AQUILO.
Porém, hoje, isso mudaria.
Willow estava decidida a mudar a situação. Nos primeiros dias foi incômodo mas agora a faz ficar nervosa. Porquê Hunter estaria agindo daquela forma? Sempre se afastando. Ela se questionava sobre e hoje iria descobrir.
No início do dia o loiro ajudou Camila na cozinha. Cortando tomates e pepinos para uma possível salada. Ele não sabia o quê era a maioria das coisas que usava, como usava, e o quê significavam. Porém ele era ótimo em seguir instruções.
Ele amava, na verdade. Hunter gostava da Camila e do jeito que ela o tratava. Ela ficou sinistra depois das revelações da noite anterior, e seu modo de tratamento com o Hunter mudou. Ela não é mais tão parental ou amigável, mas não é fria. O loiro gosta disso pois odiava a idéia dela o tratar como filho. Ele até pode sentir um pouco de prazer se iniciando na sua virilha.
Nada muito grande. Ela pedia para ele fazer pequenas coisas, ajudar em tarefas da casa. O loiro prefere ver isso como ordens. Ele precisava de alguém comandando o quê ele tem de fazer, sem isso, ele se considera um nada. Quando fazia coisas da cozinha Camila o proibia de usar luvas. Então querendo ou não ela notou seus cortes e cicatrizes nas mãos e os suspeitos também. Ela colocou faixas, porém não quis conversar sobre.
Cortando os pepinos ele percebeu que é muito fácil ele se cortar acidentalmente. A mãe de Luz vem inspecionando o loiro, pode ser medo de ele se suicidar ou fazer algum mal à alguém. Ela nunca mais tentou deixar Hunter a sós com Luz. Ele por outro lado não sabia como se sentir perante isso. Nojento, era o mínimo.
Observando a faca viu que se ele se cortasse "acidentalmente", Camila não iria o culpar. Ele só precisava de um pequeno corte para se satisfazer.
É lógico que, ele prefere quando faz de 20 à 30 cortes. Porém ele só tinha essa privacidade no castelo.
Esta hora seria perfeita.
Ele rapidamente passa a faca em seu dedo em um corte consideravelmente profundo, arrancando um pedaço de carne. Ele sorriu vitorioso sendo atingindo por uma dor insuportável.

- Gh! - suspirou sentindo o sangue escorrer por seu dedo e bater na tábua de madeira. Droga, ele sujou o pepino.

Noceda ouviu seu ranger de dentes e foi com pressa até ele, vendo o corte.

- Dios mio Hunter! - ela pegou na sua mão. Isso fez uma onda de eletricidade percorrer todo o corpo do garoto que se esforçou para não ter um ataque de raiva.

Ela ligou a água da pia e o sangue escorreu para o ralo. Sua mão levemente doía, entretanto, ele não queria fazer barulho.

- Me desculpa - pediu ele - eu acabei molhando a comida.

Apesar de tudo ele estava bem contente. Ele gostou do corte, e se pudesse faria outros. Sente que está enlouquecendo e jura pra si mesmo que se ela não o parar de tocar, ele vai agarrar a faca.
No castelo ele começou a se cortar porquê era uma rota de escape. De Belos. De tudo. Ele chorava todas as noites e fazia cortes; na barriga, pernas em tudo. Tudo quê ele podia ele fazia para parar com aquela dor absurda no peito. Tentou se suicidar mais só conseguiu acordar vivo na sua própria poça de sangue. Mas, com o tempo aquela dor veio com o vazio, ele a maioria das vezes fazia para se sentir melhor depois. Mais nas outras vezes, ele fazia para preencher o vazio.
Se sentir vivo talvez..
Em algumas vezes ele gostava do sentimento e dor que o corte trazia. Ele se considerou masoquista por um tempo.
Porém depois só percebeu que estava afundando em um hábito. E agora, ele tinha um novo.

Presos no armárioOnde histórias criam vida. Descubra agora