* Forest Protector // Thranduil *

Capítulo 3

Acordei cedo e chamei o serviço de quarto enquanto eu me arrumava para à viajem.  Ben estava dormindo no quarto ao lado do meu, faziam alguns meses que namoravamos então não tínhamos intimidade de dormir juntos. Além de eu não estar preparada para esse passo à mais em nossa relação.

Sou despertada de meus pensamentos pelas batidas na porta, caminho até a mesma e abro tanto de cara com Benjamin que parecia bravo.

--- Bom dia amor. - digo beijando sua bochecha e abrindo mais à porta afim de permitir sua entrada.

--- Bom dia, eu só estou passando para lhe avisar.- começou a disser andando nervoso pela sala. --- Que... eu vou ter que voltar pra Chigaco.

--- Oque.. porque ?.- perguntei confusa e um pouco triste.

--- Houve alguns problemas com o meu pai, e terei que ir vê-lo. - contou ele desviando o olhar para a porta.

--- Bom, podemos voltar juntos e...

--- Não, Rose querida. - me interrompeu se aproximando e pegando minhas mãos nas suas. --- Eu preciso resolver isso sozinho, prometo que voltarei pra você o mais rápido possível... e aí eu vou conhecer sua família. - disse ele beijando meus lábios e depois se afastando até à porta.

E mais uma vez ele tinha planos em que não me incluiria, e mais uma vez ele dava à última palavra sem importar-se com minha opinião.  Suspirei cansada e liguei para tia Karol pedindo que vinhe-se me buscar, uma vez que Benjamin provavelmente levou o carro.

--- Olá, advogada Karolina Charlie. Como posso ajuda-lo?.- atendeu ela pensando que eu fosse algum cliente.

--- Olá tia, parece que a Senhora ainda não gravou meu número novo.- digo soltando um riso.

--- Ohh meu Deus, minha pequena Dorothy. - ouvi ela fazer voz infantil ao mencionar meu nome inteiro.

Não pude evitar fazer uma careta pela forma que à mesma falava, as vezes ela agia como se eu ainda fosse uma criança.

--- Sim sou eu, como está? Muito trabalho?.- perguntei torcendo para que ela dissesse não.

--- Não muito na verdade, Cumberland é tão pacífica... que nem tenho muitos clintes.  Ontem no entanto viajei a uma cidade vizinha, para ver uns clientes. - comentou ela animada.

--- Bom, se você não estiver muito... muito ocupada... poderia me buscar. - digo sentindo minha voz fraquejar.

--- Claro que posso meu bem, apenas diga-me o endereço do hotel e estarei aí em breve. - diz ela ainda animada.

Suspirei baixinho, e passei o endereço do hotel. Por sorte ela não me perguntou sobre meu namorado, mais eu sabia que ela ainda faria à pergunta.

Sentei-me na cama e comecei a lembrar-me do sonho que tive ontem.

Um ser belo e alto encontrava-se sentado no chão de uma enorme biblioteca e em sua mão um livro de capa azul e prateada, sentada em sua frente uma jovem elfa de cabelos dourados e olhos azuis lhe olhava com curiosidade infantil enquando o elfo mais velho lia ás histórias em sua língua materna.

--- É tão lindo Duil. - disse a elfa quando o elfo terminou sua leitura.

O elfo de cabelos loiros e olhos de safira, revirou os olhos com à forma que à jovem princesa lhe chamará.

--- Não me chame assim. - diz ele a olhando de maneira reprensiva e fechou o livro que segurava.

--- Chamarei sua alteza assim até os fins dos tempos. - retrucou ela com olhos nublados de sono, e deitou-se no chão sem se importar com à etiqueta.

--- Um dia serei Rei, então degredarei que estará proibida de chamar-me desta maneira. - rebateu ele com falsa irritação, deixando seus olhos vagarem pelo rosto delicado e perfeito da elfa petulante.

A elfa revirou os olhos e os fechou entregando-se ao sono.  Thranduil observou à jovem princesa e acariciou seu rosto com ternura admirando sua beleza celestial.

--- Es à criatura mais bela que já vi... bela es Amarië.- susurrou ele deixando um beijo suave na testa da jovem.

Eu provavelmente está ficando louca, aquele ser parecia-se comigo mais ao mesmo tempo não poderia ser eu.  Confusa era assim que eu me sentia nesse momento, talvez eu esteja lendo livros de fantasia demais e distorcendo à realidade da ficção.
Meu telefone apitou e olhei a mensagem da minha tia, ela havia chegado.  Olhei à hora assustada e vi que fiquei por mais de duas horas imersa em meus pensamentos profundos.

Chega de ficção Dorothy, está na hora de ver a realidade... digo à mim mesma enquando abro à porta e pego minhas malas.