* Forest Protector // Thranduil *

Capítulo 4

Entrei calmamente para dentro da casa de minhas tias, à antiga casa dos meus avós. 

Senti um sentimento de saudades e melancólia, tudo estava exatamente como o dia em que saí do Canadá, somente às paredes que eram brancas agora azul marinho.

--- Seu quarto tornou-se o de Oscar após nossa volta do Canadá, mais mandamos reformar o quarto antigo de sua mãe para você.- explicou minha tia deixando sua bolsa e chaves em cima da mesa.

--- Tudo bem. - concordo desviando o olhar para o quadro de família na mesinha de centro.

--- Esse foi o aniversário de quinze anos do Oscar. - diz ela me abraçando de lado e sorrindo.

--- Uau, ele cresceu muito. - comentei pegando a foto em minhas mãos.

Olhei com atenção o rapaz de cabelos de escuros e encaracolados, sorrindo alegremente ao lado de tia Kelly e senti uma estranha familiaridade.

--- Quem é esse?.- perguntei curiosa.

Tia Karol ficou corada e revirou os olhos soltando um suspiro chateado.

--- O vizinho. - respondeu com certo desdém e afastou -se rapidamente. --- Natanael Gonzáles, ele é professor de biologia e ecologia do Oscar. - explicou indo até à cozinha. --- Você teve estar com fome, Kelly fez biscoitos ontem e hoje cedo deixou um bolo de cenoura com chocolate. - disse em voz alta.

Segui até a cozinha e vi à mesma tirar as delícias culinárias da tia. 

--- Senti falta de ser mimada assim em Chicago. - digo soltando um riso.

--- Tenho certeza que sim. - murmurou ela com divertimento. --- Aliás, achei no sótão algumas coisas suas de quando era criança... se quiser olhar mais tarde.....

Soltei um suspiro inaudível e assenti levemente com à cabeça.  Um silêncio bom caiu sobre nós, mais logo foi quebrado pelo som de uma chamada.

--- Alô, aqui é a Karolina Charlie em que posso ajuda-ló. - diz ela atendendo o telefonema. --- Sinto muito, mais podemos marcar essa reunião para amanhã à tarde ?.- indagou para a pessoa ao outro lado da linha. --- Ótimo obrigada. - diz desligando em seguida.

--- Tia, não precisa se preocupar comigo. - digo chamando sua atenção. --- Se tiver algum compromisso, eu posso ficar aqui sozinha... não precisa remarcar. - continuo calmamente, escondendo minha tristeza.

--- Não querida. - negou ela aproximando-se e me abraçando. --- Não à nada que seja mais importante que minha sobrinha... minha família.- sussurou Karol acariciando meus cabelos.

Aquele carinho lembrou-me de quando eu era criança e acordava assustada após um pesadelo, seus abraços acolhedores que lembravam minha mãe.

--- Você está bem?.- perguntou baixinho ainda me abraçando.

--- Não sei.- respondi com sinceridade e sorri levemente, me afastando aos poucos.

--- Vou fazer um café, vai comendo os biscoitos e o bolo. E nem venha me disser que já comeu naquele hotel de beira de estrada. - resmungou ela dando as costas e indo preparar o café.

Peguei um biscoito da bandeja e fechei os olhos me deliciando com às maravilhas de tia Kelly.

--- hmm, tinha quase me esquecido de como era delicioso os biscoitos da tia. - confessei pegando outro.

--- Não deixe que ela escute isso ou vai ficar furiosa.- brincou tia Karol soltando um riso. 

--- É bom estar de volta. - murmurro com a voz suave, e pego meu celular no meu bolso.

Não haviam nenhuma mensagem de Benjamim, apenas à resposta para o currículo que enviei ao escritório do ambientalista Tomás Wendel. 

--- Ahh. - gritei de animação assustando tia Karol.

--- Meu Deus menina, oque foi?.- perguntou com preocupação e virando-se para me encarar.

--- Eu fui aceita como assistente do Sr. Wendel. - respondi sorrindo alegremente.

--- Wendel?.- perguntou ela confusa e pálida.

--- Sim, Tomás Wendel. - respondi olhando com confusão para à expressão perdida dela. --- O conhece?.- pergunto curiosa.

--- Oque? Ah não, não conheço e nem nunca ouvi falar. - respondeu virando-se novamente e pegando uma xícara de café e servindo-se. --- Aqui querida. - disse colocando à xícara na mesinha. --- Vou ligar para Kelly e pedir para passar no mercado. - avisou saindo em direção à sala.

Bebi um gole do café quente e sem açúcar, parece que esqueci que tia Karol não é a melhor na cozinha.