Capítulo 1

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Fic nova, bebês!
Espero que vocês gostem e se envolvam com a história assim como eu estou envolvida para escrever.

— Acorda, Acorda — Gritou mas não obtivera resposta ou movimento algum.

— ACORDA — Gritou mais uma vez.

— Mais que merda, Mai. — Marília levantou quase que em um pulo. — Você não pode entrar na minha casa assim.

— Uh — Deu uma risada anasalada. — Você sabe que eu posso. — Piscou.

— Se eu pudesse, me livraria de você — Resmungou. — É meu dia de folga.

Falou indo em direção ao banheiro que havia em seu quarto, praguejou algo que nem ela mesma havia estendido ao sentir o claro da luz quando a acendeu. Parou na frente do espelho reparando em sua feição, seu cabelo estava bagunçado e o rosto vermelho. Não sabia por quantas horas dormira mas sem dúvidas, sentia que estava necessitada daquilo e nem sabia disso.

Não demorou pra sentir a presença de mais alguém no ambiente.

— Era o seu dia de folga, são nove da noite — Disse rápido.
— Lila, você dormiu o dia todo? — Perguntou.

— Não sei, acho que sim.

— Se lembra que tem uma vida, não é?

— Sim.

— É sério — Se aproximou se apoiando na pia. — Lila, dormir o dia todo nos dias de folga, ficar saindo pra balada, finalizar a noite com alguma mulher que nem vai lembrar o nome no dia seguinte em algum quarto de motel qualquer, não é vida.

— É a vida que eu levo e sou feliz assim, nanica. — Colocou as mãos no ombro da amiga sorrindo

Maiara era Capitã da unidade em que trabalhavam. Quando se conheceram após a transferência de Marília para Nova York, ambas eram policiais das ruas e ao poucos conquitaram lugar dentro da unidade, como detetives. Maiara por ter mais anos na casa automaticamente foi a escolhida pelos superiores para que assumisse o posto de capitã deixando a amiga como seu braço direito, a melhor detetive.

No início de seus trabalhos juntas, tiveram algumas brigas e implicância que com o passar dos anos sempre que lembravam arrancava risada das duas, eram coisas bestas. Quando se deram por si, uma já não vivia mais sem a outra e haviam se tornado unha e carne.

— Quero lhe ver feliz de forma genuína. Não se iludindo numa vida tão rasa como essa que você está.

— Sei que quer me ver feliz, fica tranquila, prometo que está tudo bem.

—  Apena se lembre que você não é mais a menina que eu conheci refém formada na área, no auge dos seus 20 anos.

— Mai, eu sei. — A olhou. — Eu sei dos meus limites, te garanto, viu? Te amo muito

— Certo, te amo também — assentiu.
— Vamos para balada?

— Você me crítica mas me chama pra balada? — Gargalhou.

— Sim mas você vai comigo, então, está tudo na paz. Eu lhe puxo pelo pescoço, sou uma boa amiga.

Marília entrou na banheira deixando seu corpo relaxar na água morna da banheira, estava aproveitando apenas o barulho que fazia conforme ela movimentava seus braços suavemente. Em meio aos seus pensamentos pensou no que ouvira da amiga, lhe fez questionar de fato como andava sua vida.

Havia se tornado uma típica pessoa monótona de sua profissão, sem uma vida totalmente estruturada, de fato. Era trabalho e trabalho, quando tinha tempo era sempre em algum lugar para encher a cara tentando livrar sua cabeça de problemas e o peso que carregava todos os dias.

Ainda não tinha parado para pensar nas coisas. Maiara estava certa, ela não era mais a menina de 20 anos. Agora ela era uma mulher, estava com seus vinte e sete anos anos e ainda não tinha tomado um rumo certo pra sua vida. Quando era menor, nessa idade se imaginava com uma família grande e feliz, com um trabalho muito bom e cachorros.  A única coisa dessa lista que havia conquistado, era o trabalho e isso era bom mas as outras duas coisas falhas, faria a Marília de 10 anos de idade ficar  decepcionada.

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