Capítulo 4

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Aquela manhã estava linda, o sol se fazia presente mas ainda sim, um pouco tímido apesar de seu brilho. Marília tomava seu café enquanto observava com a sobrancelha arqueada, Maraisa falar no telefone próxima de onde ela estava, não ouvia a conversa mas a via gesticular como se estivesse irritada com seja lá quem fossem do outro lado da linha.

Merda.

Se ela fosse como a irmã, seu humor pelo resto do dia seria afetado. E aquele não era um bom dia para testarem o nível de paciência que ela tinha para oferecer a qualquer pessoa.

- Maraisa, vamos - Atraiu a atenção da mulher que guardou o telefone no bolso antes de caminhar até ela. - Precisamos ir.

- Posso dirigir? - Pediu.

- Não - Disse séria. - Sempre dirijo.

Mentiu.

Luisa era quem sempre dirigia mas não queria dar o braço a torcer. Tomou o acento atrás do volante vendo Maraisa fazer o mesmo ao seu lado, em silêncio as duas se dirigiram ao local da ocorrência. Era uma das avenidas movimentadas de New York, eram lojas enormes de grife, entre joalherias cara as fazendo logo imaginar o por que terem sido chamadas.

No local, a movimentação era grande em volta da área que havia sido isolada. Maraisa até iria comentar algo mas Marília saiu mais rápido na frente entrando no local do ocorrido.

- Burges, o que temos? - Marília parou em frente a mulher que estava preenchendo algum tipo de ficha.

- Parece que foi uma tentativade roubo a joalheria dos Every.

Maraisa tomou a liberdade de se aproxima se baixando perto do corpo que havia ali, era um homem. Analisou o local por onde havia entrado a bala, se não tivesse sido algum policial atirando contra ele, algo ali estava muito errado.

- Mas esse é John Connor. - Marília disse confusa.

- Sim, o próprio - Burges se abaixou. - Mas parece que dessa vez algo deu muito errado. 

- Alguma testemunha?

- Sim. A testemunha disse que ele saiu com uma mulher de refém. Ele a segurava pelo pescoço, parecia estar com medo e nervoso, ela falou que começaram a falar pra ele largar a arma e deixar ela ir embora mas ai, parece que ele fez algum movimento errado e a arma disparou.

Marília point view

Me levantei andando um pouco mais para frente, tinha algumas balas pelo lugar mas que deveria contando pelo tipo de arma portada por John. Pedi para que os peritos levassem todas para analisem sem exceção, queria o resultado de todos nem que fossem o mesmo.

Olho em volta e me vejo cercada por prédios altos, era um lugar perfeito pra qualquer crime que precisasse ser bem elaborado.

- Não foi acidental - Maraisa diz atrás de mim.

- É, eu analisei também - Digo sem olha-lá.

- Desculpa.

- Certo - Assenti. - Vamos para unidade, temos que apresentar o caso. Daqui, não temos mais o que fazer.

Me viro e ainda a encontro parada no mesmo lugar como se estivesse me julgando, peço licença silenciosamente e logo vou direto para o carro e assim ela faz também.

Ao chegar na unidade, ajeito o que precisávamos para darmos início as nossas investigações. Pego o quedro branco e coloco a frente das meses em que ficávamos.

- Aqui, temos John Conner. - Aponto para foto no canto do quadro. - 35 anos, norte-americano, um dos ladrões de joelherias mais procurado do país e um dos mais procurados por nós. Tem 4 anos que tentamos pegá-lo mas qualquer tentativa em vão.

- Ao que parece - Maraisa olha para mim parando ao meu lado. - Algo deu errado. Ele morreu hoje em uma tentativa de roubo a uma joalheria na avenida principal. Uma das testemunhas que viu a cena contou que o viu nervoso na hora que mantia uma mulher refém.

- John com a experiência dele, nervoso? - Murilo questionou.

- Sim, mas analisando toda a cena deu a entender que não foi uma acidente.

- Como assim Marília? - Maiara perguntou.

- A posição em que a bala entrou não condiz com um disparo acidental ao menos que alguém tenha atirado.

- Quem era esse alguém então? - A voz de Henrique surgiu no ambiente.

- Isso nós iremosdescobrir, rique - Falei.



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