Marília desceu as escadas até a portaria dando de cara com Maiara apoiada em seu carro. Tinha uma cara séria, sabia que era por conta de sua demora para se arrumar mas fingiu que não reparou entrando no carro logo vendo a amiga fazer o mesmo.
- Cê tá linda, mai - Falou.
- Obrigada mas se tá pensando que isso vai me fazer relaxar, está enganada - Riu. - Você demorou, vagabunda.
- Achei que ia me elogiar também, droga - fingiu estar triste.
Marília riu se negando. Ligou o rádio deixando na primeira música que ouvira. Apoiou sua cabeça no vidro fitando o lado de fora, observando a paisagem. Tinha escolhido o lugar certo para morar, Nova York era linda de dia mas a noite carregava seu charme maior, a cidade era toda iluminada pelas luzes dos grandes e bonitos prédios espalhados. As ruas eram movimentadas tanto por pessoas como também por carros que não paravam nunca de fazer barulho por ali.
Seguiu o caminho inteiro assim, fitando a paisage. Alguns pensamentos ainda faziam questão de lhe rondar desde o momento que começara a pensar neles, não sabia ao certo em qual focar, todos lhe pareciam complexo demais.
Ao chegarem os local que era conhecido pelas duas, perceberam que estava movimentado, não esperavam menos para uma sexta feira. Caminharam para a parte mais reservada, não gostavam de ficar no meio da galera toda que costumava lotar. Vez ou outra quem ia até a pista principal era Maiara, mas sempre era pra fisgar alguma paquera que havia encontrado.
Foram em direção ao bar, pediram dois shot's de tequila para iniciar a noite que seria agitada. Alguns rostos não eram conhecidos ali naquela partes, outros eram. Marília se deixou analisar de ponta a ponta procurando alguém que lhe interessasse mas foi em vão, virou-se novamente para o balcão pedindo um drink. Maiara já estava na pista dançando como ninguém.
- Você é muito observadora - Uma voz feminina soou em meio aquele barulho alto.
- Eu? - Questionou.
- Estava lhe observando de longe, você olhou cada canto - Riu. - Prazer, Lauana.
- Prazer, Marília. - Estendeu a mão.
- Posso lhe pagar algum drink?
- Acabei de pedir um, me acompanha então?
A morena balançou a cabeça sorrindo. Marília se deixou observa-lá um pouco enquanto ouvia ela falar algo interessante mas não mais interessante que observa-lá preparando na beleza dela.
Descobriu boas coisas em comum com a mulher em sua frente, o que tornava os assuntos mais empolgantes. Retirou seu pensamento de antes, tinham sim pessoas interessante ali naquela noite. Não demorou para ser arrastada para a pista de dançar, apesar de não gostar, deixou-se envolver com a dança um tanto quanto provocativa que estava acontecendo.
-Você dança muito bem, senhorita Prado.
- Lhe digo o mesmo, senhorita Mendonça.
- Hum.. - Arrastou a voz.
- Me beija? - Lauana sussurrou bem perto para que fosse escutada. O seu tom mandão soou de forma provocativa como ela imaginou, deixou um beijo estalado no pescoço de Marília antes de parar pra olha-lá.
- Como você quiser.
Marília não esperou para avançar nos lábios da morena, como supôs, tinham um gosto bom. Seus língua se misturou no resquício de álcool que havia no hálito de Lauana mas não era ruim, gostou. Aprofundou o beijo a agarrando mais pela cintura a trazendo para si, causando uma tensão entre os corpos de ambas, aquilo era bom.
Se afastaram por falta de ar, sorriram uma para outra.
- Me desculpa atrapalhar mas temos que ir, amanhã acordamos cedo. - Maiara sorriu sem graça.
- Não queria me lembrar disso agora - Marília revirou os olhos. - Me desculpa Lau, realmente tenho que ir.
- Fica tranquila, me dá seu número? - Pediu estendendo o celular para que ela digitasse o número.
- Aqui está, me ligue - Deixou um beijo na bochecha dela e saiu acompanhada da amiga.
- Te odeio, Maiara - Marília cerrou seu olhar.
- Te amo, te amo - A ruiva a olhou. - Mas amanhã trabalhamos mesmo e não fui com a cara dela.
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Lei do amor
Fiksi PenggemarMarília é uma das melhores detetives de Nova York, o peso de seu nome veio depois de anos de trabalho duro e com uma maestria sem igual. Se vê totalmente abalada quando uma nova detetive chega na mesma unidade em que ela trabalha, se integrando em...