Capítulo 4 | Medicamentos

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Era tão estranho sentir-se assim, pela primeira vez Jess sentiu o que não sentiria a anos, e confessa em si mesma que tem medo do que poderia acontecer

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Era tão estranho sentir-se assim, pela primeira vez Jess sentiu o que não sentiria a anos, e confessa em si mesma que tem medo do que poderia acontecer. Reece permanecia em silêncio assim como Jéssika que não movia nem um só músculo, aquilo talvez tivesse extrapolado tudo, como dois desconhecidos poderiam dizer coisas tão profundas?

— Ah, você está aí, — Felicit mal prestou atenção no que havia acabado de acontecer. — Vamos embora, Jess, já está tarde e seu pai precisa sair bem cedo amanhã para o trabalho. — Puxou os braços da garota ignorando totalmente o loiro.

— Espera! — Reece exclamou em voz alta, — você se esqueceu disso. — Ele entregou um papel com seu número escrito. Jéssika com certeza mais tarde se perguntaria o porquê disso.

Jéssika a seguiu de forma desnorteada, se questionava em meio a tantos embaraços em poucos dias.

🥀

Em uma tarde de domingo a Hansen desembaraçava seus cabelos, mas estava definitivamente perdida em seus pensamentos, sua mãe acabou por notar tal atitude, Jess não ria sozinha não ao ponto de demonstrar.

— O que há de errado com você? — seu tom de voz transmitia desconforto.

— Ãn?.. Como? — a garota saiu de seus devaneios.

— Não se faça de sonsa, eu reparei seus comportamentos mudando de uns dias para cá. Está tomando os remédios? — Jess segurou-se para não revirar os olhos.

— Estou sim, — deu de ombros. — E, estou normal.

Na verdade, Jess tem jogado os medicamentos fora de forma sigilosa, é óbvio que os remédios eram apenas um pretecho para que a garota viesse sentir-se dopada. Mesmo estando a passar por transtornos em sua mente Jéssika não precisaria de tantos medicamentos, mas havia um motivo para tudo isso, seu pais...

— Humrum... — Felicit a olhou de forma desconfiada, mas a deixou sozinha em seu quarto com os comprimidos e um copo de água sobre o criado mudo.

— Dessa vez não mamãe. — A garota pegou os medicamentos e jogou-os dentro da privada, logo após, acionado o botão de descarga.

A Hansen sabia os seus problemas com a depressão e a ansiedade, contudo, havia deixado os medicamentos de lado por um breve momento e se sentiu melhor com a decisão, pois parecia que aquilo não aliviava a dor apenas fazia com que seu cérebro se desligasse um pouco da realidade.
E, mal sabia ela o que ainda descobriria no dia seguinte.

Enquanto não tinha nada para fazer foi até a varanda de forma discreta para que sua mãe não vinhesse repreende-la, com cuidado sentou-se sobre o batente vendo a tamanha altura que era e que grande dano daria se pulasse dali. Seus olhos se agravaram em uma mocinha que caminhava com um sorriso alegre sobre o rosto segurando seu cachorrinho de estimação, aparentemente tinha um semblante radiante, cabelos dourados com cachinhos enrolados, isso à fez lembrar de "Cachinhos dourados", Jess reprimiu um sorrisinho ainda observando a garotinha até que a mesma viesse a sumir de sua vista.

— Jéssika, o que faz aí? Eu já falei sobre sair para fora. — Felicit alterou sua voz, mas percebeu tamanha mancada que faria.

— Não estou do lado de fora, só queria ver um pouco da rua, — suspirou, tendo algo em mente. — Eu quero um cachorrinho. — Retrucou encarando sua mãe.

— Oras, de onde você tirou isso? — olhou-a de forma indignada, era claro que a Sra. Hansen não iria querer uma bolinha de pele correndo pela sua casa.

— Qual é, mãe?! Isso aqui é solitário, pensei que quisesse o meu bem. — fazia drama tentando convencer a mais velha.

— Vou pensar no seu caso, mas primeiro preciso falar com seu pai, e agora vou descer e avisar para que Cíntia prepare nosso chá da tarde. — a mulher massageava a sua pela cheia de colageno.

Jess mordeu os lábios, era óbvio que o Sr. Hansen não iria querer permitir que um animal estivesse no mesmo teto que ele. Mas, não é tão impossível assim.

No dia seguinte a médica estava na sala de estar junto com Felicit, Jess por acaso ou curiosidade saiu de seu quarto e escondeu-se por trás das escadas a fim de escutar o que conversavam.

— Então, como ela está reagindo aos medicamentos? — A médica arrumava discretamente sua blusa social.

— Não faço odeia do que está acontecendo, só sei que ela anda observando muito as coisas, fora que ontem me disse que queria um cachorrinho, acredita? — seu tom de voz revelava indignação.

— Bom, mas o que isso tem de ruim?

— Eu não posso deixar Jess escapar também, preciso que receite outros medicamentos, — disse com autoridade.

— Sinto muito, Sra. Hansen, não posso fazer isso seria quase um crime. Receitar medicamentos fortes ou aumentar as doses poderiam prejudicar ainda mais. Não posso lhe ajudar nisso. — respondeu temendo ao que viria.

— Está ouvindo o que disse? — Felicit levantou-se do sofá, — Jess não pode sair de casa, não quero perdê-la, e o único modo de mantê-la aqui é deixando-a assim, acha que eu não quero o bem para a minha filha? — quase gritou.

— Não Sra. Hansen, não foi minha intenção ofende-la. Só estou tentando dizer que não posso mais fazer isso. — Jess havia se assustado e acabou por fazer barulho.

— O que você está me dizen... Quem está aí? — Felicit caminhou até onde o barulho teria vindo. — Jéssika, o que está fazendo aqui?

Continua...

Suspeito

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Suspeito...

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⏰ Última atualização: Jul 06, 2022 ⏰

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Um Amor Para A Dor (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora