Ultimo dia.

7 0 0
                                    

Era a última semana de aulas que Luna iria ter que aguentar, pois logo a frente daquela semana tediosa ela teria suas férias de verão tão merecidas! Luna olhava para seu caderno de desenhos e via ele repleto de árvores, um pequeno bosque desenhado no canto inferior direito de uma das folhas, aquela imagem a hipnotizava pois havia nela um desenho que também estava em quase todas as outras folhas, um pequeno coelho do qual ela não se lembrava, o que tornava aquele desenho mais misterioso ainda, fazendo-a se perder dentro daquela gravura bastante detalhista.

O sinal toca e ela se lembra de onde estava, no final da tediosa aula de Biologia. Por que tediosa? Porque sua professora, Sr. Emma, era incrivelmente preguiçosa, apesar de professora, não preparava sua aula como os seus colegas de trabalho, por isso acabava errando muitos fatos e mentia sobre algumas coisas, fazendo Luna achar ela extremamente entediante, mas pelo lado bom essa professora acabara de sair da sala de aula.

Luna olhando em volta, vê que todos estavam guardando seus materiais, se dando conta que essa era a última aula do dia. Ficou muito contente com isso e então guardou tudo o mais rápido possível e foi em direção a sua casa, aquela quinta-feira não estava tão ruim, finalmente iria para casa almoçar, a aula não foi tão maçante, estava apenas a um dia das férias!

Chegando perto de sua casa, olhou para uma floresta que havia lá perto e reparou no movimento que as árvores faziam pela presença do vento, ela admirava aquilo cada vez mais, até que as árvores pararam de balançar com o ritmo do ar, ela achou estranho porque o vento não parava de uma hora para outra, pelo menos não naquela cidade, lá o vento é bem forte apesar de não fazer nenhum mal aos habitantes de lá, pois eles sabem que o vento é uma força da natureza muito poderosa e perigosa. Havia também várias superstições sobre aquela cidade e sobre o vento de lá, alguns moradores mais antigos diziam que seus avós presenciaram coisas incríveis em relação ao vento lá, como se ele "estivesse vivo", Luna achava aquilo engraçado e a maior besteira, dizia para si mesma que aquilo não passava de histórias inventadas.

Chegando em casa, trouxe algumas cartas que estavam na caixa de correios e deixou-as em cima da mesa de estar, pegou seu prato e comeu aquele delicioso macarrão com queijo que sua mãe havia feito para o almoço e logo em seguida foi para o seu quarto. O quarto de Luna era considerado "O Paraíso" para ela, pois era lá onde podia ser ela mesma, onde se sentia única. Naquele quarto ela colocava alguns de seus melhores desenhos nas paredes, como um que ela havia feito da lua em suas quatro fases (esse era um dos preferidos dela).

Naquelas paredes estava também o desenho de uma heroína mascarada que ela sempre gostava de desenhar, pois se ela fosse uma super heroína pretendia usar um uniforme igual aquele pois ela quem havia projetado aquele traje preto com capuz preto e algumas linhas roxas sobre eles, uma máscara tampando queixo, boca, nariz, e um pouco do olho direito, mas deixando um buraco para ela enxergar bem com os dois olhos, fazendo-a adorar aquele desenho.
Luna pegou alguns lápis e foi direto para sua escrivaninha, para escrever mais outra história sobre aquela heroína (ela já havia escrito outras 5 histórias sobre ela, mas nunca quis publicar em nenhum lugar ou mostrar para ninguém), ela chamava essa heroína de "Purple Blaze".

Enquanto Luna escrevia os primeiros parágrafos de sua história, sua mãe entra no quarto:

- Oi filha, eu tenho uma coisa aqui para você! - disse sua mãe, com um envelope nas mãos que acabara de tirar do meio das contas da casa.

- Mas mãe, meu aniversário ainda está longe!

- Esse aqui parece ser um presente da sua avó, não sei bem ao certo o motivo, mas enviou isso para você. - disse sua mãe entregando o envelope em suas mãos.

- Muito obrigado mãe! - disse Luna segurando o envelope e dando um abraço em sua mãe.

- Agradeça a sua avó, ela que te deu isso, pois bem, eu ainda tenho várias coisas para fazer, se cuida viu filha? Mais tarde não esqueça de vir jantar. - disse sua mãe enquanto ia para fora de seu quarto e fechava a porta.

Pedras de EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora