Pedras de Eclipse

Projeto Pedregulho.

- Mas, o que é "Eclipse"? - perguntou Luna muito confusa com aquilo que sua avó teria dito segundos antes.

- Você se lembra no que eu trabalhava antes de me aposentar, Luna? - indagou sua avó.

- Claro, a mãe disse que a senhora trabalhava na ONU quando era mais nova.

- Pois é, lá onde tudo começou. Eu trabalhava lá como embaixadora da paz, na década de 80, meu dever era trazer paz para as nações, fui considerada pacifista aliás. Mas bem, depois de um tempo trabalhando lá, cientistas de alguns governos encontraram três construções estranhas espalhadas pela América inteira, uma delas ficava aqui em Salt Lake City, outra na capital de Costa Rica e a última em uma cidade pequena de Salvador no Brasil. - enquanto dizia isso pegou um mapa velho que ela deixava na sala caso precisasse, e mostrou os três lugares no mapa, no qual já estavam circulados.

- Essas três construções foram investigadas pelo governo desses países e logo depois foi passada as pesquisas para a ONU. Eu cheguei a participar apenas da construção daqui, de Salt Lake City. Nós deixamos aquela descoberta totalmente longe do público sendo algo sigiloso, a estrutura daqui era parecida com um anel de pedras na vertical com uma luz magenta claro que emergia de dentro do círculo feito de pedras, não sei exatamente as outras duas. Nas nossas pesquisas descobrimos que a massa daquela luz magenta era equivalente a de um buraco negro, podendo hipoteticamente, levar algo de um lugar daqui da Terra até outro lugar no universo, pelo menos era isso que nos pensávamos, mas era algo mais poderoso. Nossos melhores pesquisadores descobriram que havia algo do outro lado das estruturas, nomeadas como "Projeto Pedregulho" ou "PP". - Liz pega alguns arquivos que ela havia guardado para mostrar para sua neta, mostrando também uma foto do PP: o arco de pedras com símbolos desconhecidos e uma luz emanando de dentro do anel de pedras.

- E-eu já vi isso! Quando eu era criança eu vi esse mesmo anel! Naquele dia da clareira, eu contei uma vez para a senhora! - estando totalmente eufórica, pois achava que aquilo tudo era loucura dela, mas acaba de descobrir que não era.

- Sim minha filha, eu lembro bem, eu fiquei muito intrigada com aquilo que você me contou mas, eu não podia falar nada sobre aquilo quando você era tão pequena, mas agora eu posso. Você tinha me dito que tinha visto ruínas que viraram aquele "anel de pedras" não é? Pois eu vou contar o porque daquilo ter virado apenas ruínas. - ela pega um copo d'água e bebe lentamente, matando sua neta de curiosidade - Quanto mais os estudos se aprofundaram sobre o PP, mais se havia certeza que era possível ir para outro lugar atravéz dele, então começaram a jogar objetos e não se passou muito tempo para fazerem isso com animais, não me orgulho disso mas era preciso, a maioria dos animais iam e voltavam, como se do outro lado fosse um lugar possivelmente habitável. Até que fizeram experimentos com humanos, eles atravessavam até o outro lado e voltavam, diziam ser um lugar bonito mas assustador: Uma floresta com cores muito diferentes das florestas normais, disseram também que havia um sol e outros que existia uma lua, algumas vezes voltavam dizendo que estava acontecendo uma espécie de eclipse enquanto estavam lá. Mas a pior decisão que foi feita da nossa parte, foi levar mais de uma pessoa. Na década de 90 quando os estudos estavam tão avançados, decidimos levar uma equipe de exploradores, na qual eu liderei, procurando por vida inteligente naquele lugar desconhecido, para entender o que era aquele lugar, um planeta, outro lugar da Terra, um outro universo. Lá encontrei animais fascinantes, como gatos com centenas de patas, lagartos que tinham asas como mini dragões além de animais que tinham em sua composição plantas, como um leão com uma juba feita de pétalas de girassol, vacas com cogumelos e flores nas costas. Mas a maior descoberta foi uma forma de vida inteligente, que se chamava de "Elfos" eu achei aquilo incrível! Eles eram muito parecidos com os humanos, as semelhanças era incríveis, mas eram mais altos que a maioria, tendo de um metro e oitenta até dois metros e vinte de altura, além disso eram bonitos e sabiam falar vários idiomas, até mesmo entendiam linguagem dos sinais e linguagem corporal. No começo eles foram muito cautelosos conosco.