Entre dois mundos.

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Na manhã seguinte, Luna foi tomar café com a sua avó, comendo aquele delicioso bolo de chocolate do dia anterior. Sentada na mesa com a sua avó, ela pergunta se poderia passar as férias na casa dela, para saber mais sobre tudo aquilo que sua avó sabia sobre Eclipse. Depois dela deixar, dizendo também que seria muito bom passar mais tempo com sua neta, Luna liga para a sua mãe para que trouxesse uma mala para poder passar as férias na sua avó.

Uma hora depois, sua mãe havia chegado, dando um beijo em Luna e entregando suas coisas. Liz e Mary estavam na frente da casa conversando sobre algo que Luna não sabia exatamente, mas ela não ligou muito sobre aquilo, a única coisa que ouviu foi que sua avó disse que iria cuidar bem dela, então realmente não ligou porque era só uma conversa e pequenas preocupações de mãe.

Depois de um tempo sua mãe foi embora com o carro e Liz entrou na casa novamente.

- Vó, eu tava pensando aqui... Porque o portal se tornou ruínas? Eu vi ele ligado e no dia seguinte não funcionava mais. - queria ela responder suas perguntas passadas.

- Bem, antes que eu saísse de Eclipse, naquele mesmo dia, Zeldris convocou mais sete magos que controlavam um tipo de magia, e ele a de Luz, para selar aquele portal. O portal seria aberto somente se tivesse um ser em cada um dos lados do portal, um em nosso mundo e outro em Eclipse, você disse que apareceu um coelho que saiu lá de dentro não é mesmo? Ele era o do lado de Eclipse e você era aqui na terra.

- Então, quando eu fui com meus pais... Não tinha nada do outro lado?

- Exato.

- Mas, vó. Por que você me deu esse colar?

- Ah minha filha, porque eu vejo o futuro em você, eu sei que você consegue continuar o que eu sempre quis: a paz entre todos nós. Você um dia... - diz e depois sussurra carinhosamente. - Mais próximo que imagina... - depois continua falando normalmente - Vai ir a Eclipse e fazer as pazes entre os humanos e Elfos, eu sei que consegue minha filha!

- M-mas vó! Eu não consigo fazer algo assim! Eu nem tenho amigos da minha idade, como que eu iria ficar responsável por fazer as pazes com um outro mundo?! É difícil demais pra mim... Talvez a senhora deveria fazer isso ou ter dado ele para outra pessoa... - disse Luna com semblante triste pois queria ajudar mas sabia que não conseguiria, segurando com pesar seu colar.

- Minha filha... Eu sei que você pode fazer isso! Olha para essa carinha, - disse passando a mão em seu rosto. - você parece triste porque queria fazer isso, mas não pense que não vai conseguir, porque você pode fazer tudo que quiser! É só acreditar em sí mesma!

- Você acha mesmo que eu consigo? - perguntou a menina tendo ao menos um pouco de esperanças em si mesma.

- Todos conseguem fazer o que querem, é só ter foco, determinação e ter um bom motivo pra fazer o que querem.

Luna ficou pensativa sobre o que sua avó havia lhe falado, porque foi impactante para ela.

- Você disse que eu iria para Eclipse "mais próximo que eu imagino", então... Quando a senhora acha que eu deveria ir? - disse enquanto olhava para sua vó com a determinação de que conseguiria fazer aquilo.

- Hoje mesmo! - disse enquanto sorria.

- Hoje?! Mas e a minha mãe? Ela não vai ficar sabendo e ficar preocupada?

- Eu vou ficar por aqui, então eu não vou deixar que sua mãe desconfie de nada. Até porque eu tenho esse probleminha no joelho, e nem daria para eu te acompanhar minha querida, mas saiba que eu vou estar torcendo por você!

- Tudo bem então, o que eu deveria levar? - falou com um brilho nós olhos como nunca antes.

Depois de um tempo, as duas arrumam uma mochila que iria lhe ajudar na jornada, lá dentro, foi colocado duas mudas de roupas completas, um casaco quente que ela tinha, uma garrafa d'água, seu caderno de desenhos e um lápis. Ela estava usando aquela roupa preta com roxo que usava de baixo do uniforme de vôlei dela, uma camisa preta com linhas roxas nas laterais de manga comprida com um buraco para o dedão e uma calça legging preta também com linhas roxas nas laterais, por cima estava usando uma calça moletom cinza e uma camisa preta simples, além de um casaco por cima porque naquele dia em específico estava mais frio que o normal para o verão.

Na porta da casa dela, Luna e Liz se despedem carinhosamente.

- Se cuide minha filha. Eu vou ficar com saudade! - disse abraçando a neta.

- Eu também vou sentir saudade! Mas, eu prometo que eu volto assim que tudo estiver correto!

- Ah, como você cresceu tão rápido! Até a pouco tempo você era só uma garotinha que adorava ouvir minhas histórias, sentada no meu colo! Agora veja só! Está essa linda mulher, determinada a ajudar os outros. Agora pode ir minha filha, não tenha medo de seguir os seus sonhos, porque era isso que você estava destinada a fazer: Juntar os dois mundos!

- Até mais vó! - disse tomando um pouco de distância.

Ela então vai na direção da floresta, a procura da clareira perto de sua escola, mas no caminho enquanto olhava de longe a floresta, viu uma luz brilhando, mesma luz que havia brilhado outro dia, fazendo ela decidir ir até aquela luz para finalmente descobrir o que era.

Chegando lá perto, percebeu que aquele lugar era familiar, olhando de longe ela viu pedras caídas no chão, como ruínas, então que se tocou que aquele lugar era aquela mesma clareira que havia ido quando criança. Ela se aproximou do portal, mas ainda não havia ligado, então ela ficou analisando as pedras enquanto o portal não ligava, nesses últimos minutos, percebeu que aquelas pedras tinham sinais como linhas e pontos.

Alguns minutos depois que ela havia se aproximado do portal, ele se reconstruiu naquele anel de pedras, e uma luz irradiava dentro daquele anel, fazendo Luna tomar coragem e entrar, sem pensar muito pois sabia que como ele abriu a poucos segundos também poderia fechar no mesmo tempo. Ela entrou no portal.

A sensação que ela teve, ao passar pelo portal foi ruim, como se ficasse sem ar por uma fração de segundo, nada que a prejudicaria, mas era realmente um peso por passar entre dois mundos. Quando seus olhos se acostumar com o ambiente, ela viu todas aquelas maravilhas: o céu era mais azul e com algumas tonalidades de ciano, a floresta que ela estava era um verde mais amarelado, como se estivesse chegando ou terminando o outono, olhando para trás, viu o portal que havia de passar, diferente do da clareira ele estava em um lugar como se fosse um lugar específico para a passagem de um lado para o outro, só que estava destruído, tanto o chão quanto os pequenos muros que cercavam o portal, apenas como decoração, até mesmo o próprio portal caiu em ruínas novamente.

Ela então percebeu que para ela entrar no portal, deveria ter algo do outro lado para ela passar, mas ela não viu ninguém, então olhou bem em volta e viu um pouco longe um rato que parecia usar roupas olhando para ela através se escondendo atrás de uma folha, esconderijo que não ajudou tanto.

O rato percebeu que ela estava olhando diretamente para ele, disse algumas palavras bem alto como se chamasse ajuda em alguma língua que ela não conhecia. Ela viu uma figura se aproximando dentre as árvores, era um garoto aparentemente um pouco mais alto que ela, ela estava com medo, pois era realmente parecido com um humano, mas era um elfo, pelas roupas que ele usava. Neste instante que ela viu ele se aproximando, perdeu o equilíbrio de tanto medo.

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