Sammy tem o costume de tocar nas pessoas, não é intencional, ele conversa e toca o braço, ou sacode, ou toca nos cabelos, esse é um habito ao qual fiquei ciente logo na semana que iniciamos a turnê, ele falou algo que não recordo o que era, e apertou minha bochecha, eu tomei um susto com aquela atitude, mas não soube o que dizer, mas logo em seguida o vi fazendo o mesmo com o staff, pedi a pessoa que estava ao meu lado e ela disse que isso era normal, ele abraça, aperta, acaricia os cabelos com frequência daqueles que estão ao seu redor. Um mês depois eu já estava habituada, tanto que algumas vezes ate retribuía, se ele abraçava, eu afagava o rosto dele e zombava, dizendo que ele estava carente e precisava de namorada.
Naquela tarde, ele estava super carente...
Olhando as pequenas esculturas ele me guiava com as mãos sobre meus ombros;
Quando achava algo interessante, ele pegava na minha mão e me puxava pra ver, acho que se eu não tivesse soltado as mãos dele, principalmente por medo que alguém reconhecesse, ele teria andado de mãos dadas a tarde toda;
Ele me abraçou repetidas vezes, inclusive reclamando que eu não retribuía, mas eu estava apavorada que ele fosse reconhecido, como eu iria fazer isso, abraça-lo e brincar com ele onde era seguro tudo bem, mas seria difícil explicar aquela situação para quem não o conhecia, de qualquer maneira iria parecer desculpa para abafar escândalo;
Apertar a minha bochecha e espantar meu cabelo, eu perdi a conta de quantas vezes ele fez;
Mas tudo bem, eu já estava acostumada com isso, tudo bem que estava um pouco intenso, mas eu assimilei isso com a ansiedade dele pelo ultimo show e tudo mais. Era tudo normal.
Já era quase 17h, tínhamos que voltar, mas antes ele quis passar tomar um suco em um quiosque que havia ali perto na beira do mar. Havia o quiosque do bar, e vários outros com as mesas, neles haviam bancos estofados muito confortáveis em dois lados da mesa, um com visão para o mar outro para a feira, ele se sentou no banco virado para o mar, eu automaticamente sentei no outro. O garçom veio e nos atendeu, e nos pedimos os sucos.
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Não quero que me solte
RomanceUm último dia, uma última chance, as vezes é disso que o amor precisa.