A Mansão Da Esquina

Assassinato na biblioteca

Íris

Tinha deixado Nilo na escola e ido para a faculdade, eu e minha amiga Emily estudávamos astronomia juntas.

Alguns estavam andando pelos  corredores outros conversavam em algum canto.

Vou direto para a sala de aula que sempre estava vazia, onde Emily adorava ficar para ler antes de começar a aula.

Porém dessa vez ela não estava segurando um livro em suas mão escorada na parede da janela.

Ela estava em pé em frente a janela, quando cheguei ela se virou para mim e sorriu.

- Oiê !

Ela disse vindo em minha direção e me dando um abraço apertado.

- Porque gosta tanto de abraçar ?

- Tava com saudades.

- A gente se viu as férias inteiras.

Ela se solta do abraço e volta para a janela.

- O que tá olhando aí.

Digo me aproximando.

- Lembra da mansão ? - ela fala ainda olhando pela janela.

- Que mansão fi, se tá doente ?

- A mansão abandonada as pressas.

- A da minha rua.

- É...essa.

- Por que perguntou.

- Sabe eu tô fazendo reportagem, lembra aquele clube da escola.

- Sei.

- Eles pediram uma reportagem que fosse espantosa, algo nunca dito antes, acho que seria legal fazer isso com você.

Ela me olhou.

- Você pode entrar no grupo também !

Ela sorriu, e seu sorriso me atingiu em cheio.

- Ah, não é uma má ideia.

Digo desviando o meu rosto corado para a janela.

- Pode chamar Nilo e aquele amigo baixinho dele Ryan.

- Seria uma boa ideia.

- Podemos ir para a biblioteca no almoço, talvez achamos alguma coisa.

- Não íamos chamar Nilo.

Olho para ela confusa.

- Vá por mim ele odiaria.

Ela diz sorrindo.

Nós encaramos e caímos na risada.

- Sua raposa fumante - falo zombando da cara dela.

- Olha o bullying.

Continuamos rindo e contando piadas uma para a outra até dar o horário.

                               ...

Na hora do almoço eu e Emilly fomos a biblioteca.

Chegando lá não havia quase ninguém, uns estavam lendo livros afastados com lanches ou marmitas, sempre limpando as mãos antes de virar as páginas.

Fomos até o balcão principal e a bibliotecaria como uma marmita lendo o jornal.

Chegamos até ela e Emily tocou o sininho.

Ela nos olhou com os cabelos  caídos no rosto, tinha um coque bagunçado com uma pena enfia nele de qualquer jeito.

- Olá o que desejam ?