Let it Snow - Sariette

Capítulo 61 - Cruzamento

Boa tarde  luazinhas, como vocês estão?

Decepção atrás de decepção né?

Enfim... vamos de fic mesmo.

Boa leitura!!

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Juliette sentiu o seu corpo gelar. Uma voz que não ouvia há bastante tempo ressoou pela sua cela. Com seus olhos arregalados, ela pensou que estava ouvindo um fantasma ou então estava enlouquecendo ali. Lentamente, ela ia levantando sua cabeça, revelando seus olhos arregalados e assustados, ainda cheios de lágrimas.

Quando finalmente olhou para cima, se deparou com um homem a encarando. Era alto, sua pele era pálida, e seu cabelo castanho estava ralo, assim como sua barba, os quais já possuíam ligeiros fios brancos. Além disso, seus olhos eram tão castanhos e brilhantes quanto os dela.

- Pa... Pai? - Juliette, após perder sua fala por completo, sentiu perder suas forças e sua visão a escurecer, até que ela perdeu completamente a consciência.

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Minutos depois, a morena começava a se despertar aos poucos. Ainda com seus olhos fechados, ela se deu conta que estava deitada em uma cama. Pelo visto, o que havia acontecido não se passava de um sonho. No entanto, assim que ela abriu os olhos, avistou o homem novamente em um canto da cela, assustando-se mais uma vez.

- Juli! - Disse ele, assim que a viu acordada, correndo até ela - Você está bem?

Juliette estava completamente em choque. Assim que o homem se aproximou dela, ela se levantou bruscamente, tentando se afastar dele. Ao vê-la assustada, o homem se reaproximou, segurando delicadamente o seu rosto com as duas mãos.

- Juli... Por favor, acalme-se! - Dizia em um tom baixo, fazendo-a fitá-lo diretamente - Sou eu, seu pai!

Agora olhando para dentro de seus olhos e ouvindo tais palavras, a morena teve a certeza de que tudo aquilo era real.

- Pai...? - Tentava recuperar sua voz, ainda sem muito acreditar, com seus olhos já cheios de lágrimas - Mas... Como?

Lourival, o seu pai, simplesmente a abraçou fortemente. Era puro e verdadeiro. No entanto, por alguma razão, ela não conseguia se sentir feliz naquele momento.

- Juli... Eu sinto muito! - Dizia enquanto abraçava a filha. Já ela, ainda em choque, não o correspondia.

Porém, em meio àquele abraço, Juliette se afastou dele, dissipando a surpresa de seu rosto, dando lugar a um olhar indignado.

- Então você está vivo...? Durante todo este tempo? - Dizia já exaltada.

- Sei que há motivos para estar furiosa comigo - Com seu tom ainda calmo, tentava se reaproximar da filha - Mas, por favor, deixe-me explicar!

- Furiosa? Eu? POR ACASO VOCÊ TEM IDEIA DO QUE A GENTE PASSOU?! - Juliette se exaltava ainda mais, não conseguindo segurar as lágrimas em seus olhos - Eu, minha mãe e a Julienne... Não imagina o quanto sofremos por sua causa!

Lourival tinha consciência de que a filha estava certa. O que havia feito, aparentemente, não tinha justificativas.

- Principalmente a minha mãe, ela se sentiu abandonada! Nós nos sentimos abandonadas! - Continuava enquanto já chorava. Era uma mistura de raiva e tristeza - Não sabíamos o que havia acontecido com você, se você estava morto ou tinha fugido da gente! Além da dor de sua perda, passamos por inúmeras dificuldades! Minha mãe quase se matou de tanto trabalhar, eu tive que abrir mão de muitas coisas para ajudá-la, e a Julienne ainda era tão jovem! Por um momento nós quase passamos fome!