ADAPTAÇÃO DA HISTÓRIA LET IT SNOW DA LauraMarie
Uma mulher humilde e desiludida do amor. A outra uma milionária, egocêntrica e arrependida pelos erros do passado. Ambas procuram um sentido em suas vidas. O que poderia acontecer se o destino fizessem...
Em um barco à deriva – era esse o sentimento que Juliette tinha sobre o seu relacionamento que mais parecia ser pura perdição. Mesmo sabendo dos riscos que poderiam a levar à infelicidade, a jovem preferiu arriscar.
Fazia quase duas semanas que Juliette e Sarah se comunicavam diretamente. Quando os seus compromissos não as impediam, Sarah a buscava na lanchonete após o fim do expediente, levando-a até sua casa. As duas também se comunicavam pelo celular, através de mensagens de texto e raras ligações. Juliette, obviamente, mantinha este contato em segredo, já que o seu relacionamento não podia ser revelado.
Em uma determinada tarde, Juliette pediu licença no trabalho para que pudesse ir ao centro da cidade, a fim de comprar alguns medicamentos para a sua mãe. Já que eram raras as vezes que a mesma frequentava o centro, ela decidiu aproveitar mais um pouco o tempo de folga que ainda tinha de sobra após ter cumprido sua tarefa. Ela avistou uma lanchonete e decidiu entrar. Ao chegar lá, ela se sentou próximo ao balcão, e pediu apenas um Milk Shake de morango.
Enquanto esperava pela entrega de seu pedido, ela se lembrou de que a última vez que tinha sido servida como cliente foi quando Sarah havia lhe convidado para jantar. Aliás, ela sempre estava pensando na mulher que invadiu a sua vida por completo. Ela parecia estar longe em seus pensamentos e, involuntariamente, sorria sozinha.
Ainda à espera do Milk Shake, Juliette começou a se recordar de certo acontecimento que ocorrera na noite passada.
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Eram quase quatro da manhã quando dormia profundamente em sua cama. A mulher foi retirada do mundo dos sonhos quando ouviu o seu celular vibrar dentro da gaveta da cômoda ao lado da cama. Involuntariamente, Juliette tentou ignorar: tampou sua cabeça com o travesseiro, na esperança de que o chamado não se passasse de um sonho. Porém, para a sua infelicidade (ou não), o celular parecia insistir em ser atendido.
Sendo assim, mesmo coçando os seus olhos de tanto sono, a morena não teve outra escolha a não ser em acordar, abrir a gaveta e atender o celular de uma vez por todas.
- A-Alô !?
- Oi...! – Disse uma voz rouca do outro lado da linha – Te acordei?
- É... Podemos dizer que sim...
- Eu ainda não consegui dormi, então resolvi te ligar.
- Oh, claro! Muito obrigada em querer compartilhar isso comigo! – Disse Juliette, ainda sonolenta, e um pouco zangada por ter sido despertada. A única resposta que tivera do outro lado da linha foi uma leve risada – Aliás, eu não te vi hoje, e agora você aparece me ligando a essa hora... Aconteceu alguma coisa?
